Cana-de-Açúcar: Moagem no CS deve crescer para 618 MI/t em 2014/15

22/01/2014 Cana-de-Açúcar POR: Fábio Rübenich | Safras & Mercado
A produção de cana-de-açúcar do centro-sul e do Brasil deve continuar crescendo em 2014/15, mas de forma menos acelerada. É o que aponta a primeira sondagem de Safras & Mercado para a temporada.
 
Para o centro-sul, a expectativa é de uma safra de 618 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, representando um crescimento de 3% sobre os números da safra anterior, que teve uma produção de 600 milhões de toneladas. Enquanto isso, a projeção para a produção nacional total de cana-de-açúcar de Safras & Mercado é de 675 milhões de toneladas, crescimento de 15 milhões de toneladas (+2,3%).
 
Segundo a sondagem, a produção de açúcar do centro-sul deve crescer para 35 milhões de toneladas em 2014/15, ou 2,9%, contra as 34 milhões de toneladas indicadas para 2013/14. Já a produção total de etanol da região deve crescer expressivamente, passando de 25,74 bilhões de litros para 28 bilhões de litros (+8,75%).
 
Segundo o analista de Safras & Mercado para o setor de açúcar & etanol, Maurício Lima Muruci, de 2011/12 para 2012/13 a moagem da cana no centro sul cresceu 7,7%, e saltou mais 12,6% em 2013/14, alcançando as 600 milhões de toneladas estimadas pela consultoria desde janeiro de 2013.
 
Tanto a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) como a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) anunciaram ainda durante o início da safra números mais conservadores, que tiveram que ser ajustados conforme os meses foram passando. "Vale ressaltar que os números indicados por SAFRAS & Mercado ainda em janeiro de 2013 não precisaram ser revisados. Para chegar a essas 600 milhões de toneladas, levamos em conta os expressivos níveis de renovação dos canaviais que vinham sendo verificados desde 2012 até 2013", salienta Muruci.
 
Embora as 618 milhões de toneladas previstas para 2014 representem ainda um crescimento em relação a 2013, está configurada uma forte desaceleração da expansão da produção canavieira. "A renovação de áreas não é mais prioridade para as usinas em função da queda de rentabilidade. Não podemos esperar, muito menos, aumento de área cultivada, principalmente mais na regiãocentro-sul, onde os preços do arrendamento de terras são os mais altos do Brasil", finaliza.