Canaoeste e STAB promovem seminário sobre fisiologia vegetal aplicada à cana

21/08/2015 Cana-de-Açúcar POR: Igor Savenhago – Revista Canavieiros
Reduzir custos e aumentar a produtividade são os principais caminhos apontados por especialistas no setor sucroenergético para enfrentar a crise que atinge a cadeia produtiva da cana-de-açúcar desde 2008. Nesse sentido, conhecer a fisiologia da cultura, com todas as suas necessidades e potencialidades para o desenvolvimento, é condição determinante para quem busca sobreviver na atividade.
Pensando nisso, a Canaoeste realizou, no último dia 18 de junho, no auditório da associação, em Sertãozinho--SP, o I Seminário de Fisiologia Vegetal Aplicada à Cana-de-Açúcar. O evento, em parceria com a STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil), contou com oito palestras, que abordaram desde o plantio da
cana, passando por propagação, etapas do desenvolvimento da cultura, papel da água no crescimento, aspectos do florescimento, da fotossíntese e da respiração, nutrição mineral, translocação orgânica, até micropropagação.
O professor Paulo Castro, da ESALQ--USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba-SP), deu nome ao seminário e foi homenageado pelos serviços prestados em prol da cana-de-açúcar. “É uma homenagem que considero até imerecida, porque ainda não trabalhei o suficiente com cana--de-açúcar. Sou fisiologista de plantas em geral. Apesar de fazer pesquisas com cana desde o início, ela é apenas uma das culturas. Ao mesmo tempo, considero uma honra, já que demonstra que tive alguma contribuição para o cultivo e a produtividade dos canaviais”.
Além de mestre de cerimônias do seminário, Castro palestrou sobre dois temas: “Relações hídricas: absorção passiva e transpiração, absorção osmótica e gutação e transporte intercelular: aquaporinas” e “Hormônios endógenos e biorreguladores”. O principal recado aos participantes foi simples: quem trabalha com cana deve conhecê-la detalhadamente.
“A planta precisa de cuidados, fundamentados numa série de processos fisiológicos que precisam ser conhecidos: propagação, desenvolvimento, produtividade e, depois, o processo de mecanização, tão evoluído. Com os processos conhecidos, é possível determinar medidas para maximizar a produtividade de maneira econômica”.
Também foram convidados o líder de pesquisa do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), Silvio Christo foletti Júnior, que foi responsável por outros dois assuntos – “Propagação: emergência, enraizamento e perfilhamento” e “Micropropagação: cultura
de tecidos e biologia molecular” –, Paulo de Figueiredo (Unesp-Dracena), que falou sobre “Fotossíntese e respiração: fotossíntese C4 e Ciclo de Krebs”, Willian Rodrigues Macedo (UFV), com “Translocação orgânica: transporte de sacarose e incorporação no colmo”, Samira Cavallari (APTA-IAC), com “Florescimento: floração e produção de
sementes”, e Carlos Alexandre Crusciol (FCA/Unesp), que abordou “Nutrição mineral: macronutrientes, micronutrientes, nutrientes benéficos e potencial hidrogeniônico”.
“Um evento como esse é muito importante para o setor, uma vez que a gente consegue reunir tanto acadêmicos quanto a parte da produção. Envolver, no mesmo local, o pessoal que faz a pesquisa e o que se utiliza dela traz benefícios a curto, médio e longo prazos. 
Então, é bom aproveitar um momento como esse, de crise, para aprimorar aspectos ligados à fisiologia da cana”, afirmou Christofoletti.
Para os participantes, uma oportunidade de trocar experiências sobre o assunto. “Iniciativas assim permitem a quem está no setor atualizar as informações. Sobretudo com palestrantes de alto nível, de renome, como esses que estão aqui hoje”, disse João Francisco Maciel, agrônomo da filial da Canaoeste em Ituverava-SP.
Parceria
Na avaliação do presidente da STAB, José Paulo Stupiello, que fez a abertura do evento, um debate sobre fisiologia vegetal, em que conceitos básicos sobre a cana são colocados em discussão, é uma oportunidade de integrar produtores, agrônomos e representantes de usinas e empresas fornecedoras de insumos em torno de um objetivo comum: o aumento da produtividade das lavouras, especialmente neste momento em que o setor passa por instabilidades.
“Quem não conhece fisiologia não conhece a planta. Diante disso, qual a nossa preocupação? Simplificar o conhecimento para que as pessoas absorvam ao máximo”.
Nesse processo, pelo qual são divulgadas as mais recentes pesquisas sobre fisiologia
da cana, Stupiello destaca o trabalho das entidades representativas. “Cabe à Canaoeste e à STAB, por exemplo, que têm uma parceria antiga e que agora vem sendo intensificada, trazer este conhecimento. É só através de parcerias como essa que vamos atravessar essa crise”.
Aproveitando a proximidade do aniversário da Canaoeste, que comemoraria 70 anos de existência no dia 22 de julho, ele lembrou do presidente que teve o mandato mais longo na associação: Fernandes dos Reis, que ficou no cargo por 31 anos, de 1968 a 1999. “O Fernandes pensava muito nisso: ‘cadê os fundamentos?’. Então, acho que vamos conseguir fazer ótimos trabalhos nessa parceria com a Canaoeste, que tem um
espírito diferente de muitas outras associações, ao trazermos os fundamentos básicos da cana para os eventos”.
O gerente operacional da Canaoeste, Gustavo Nogueira, concorda. “É o primeiro evento do ano que estamos realizando com a STAB. Importante falar de fisiologia porque é a base para todo o conhecimento da cultura da cana-de--açúcar, no nosso caso. E o melhor é que contamos com um bom público, entre pesquisadores, associados e unidades industriais”. Segundo ele, outros eventos serão realizados com a STAB.
Reduzir custos e aumentar a produtividade são os principais caminhos apontados por especialistas no setor sucroenergético para enfrentar a crise que atinge a cadeia produtiva da cana-de-açúcar desde 2008. Nesse sentido, conhecer a fisiologia da cultura, com todas as suas necessidades e potencialidades para o desenvolvimento, é condição determinante para quem busca sobreviver na atividade.
Pensando nisso, a Canaoeste realizou, no último dia 18 de junho, no auditório da associação, em Sertãozinho--SP, o I Seminário de Fisiologia Vegetal Aplicada à Cana-de-Açúcar. O evento, em parceria com a STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil), contou com oito palestras, que abordaram desde o plantio da cana, passando por propagação, etapas do desenvolvimento da cultura, papel da água no crescimento, aspectos do florescimento, da fotossíntese e da respiração, nutrição mineral, translocação orgânica, até micropropagação.
 
O professor Paulo Castro, da ESALQ--USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba-SP), deu nome ao seminário e foi homenageado pelos serviços prestados em prol da cana-de-açúcar. “É uma homenagem que considero até imerecida, porque ainda não trabalhei o suficiente com cana--de-açúcar. Sou fisiologista de plantas em geral. Apesar de fazer pesquisas com cana desde o início, ela é apenas uma das culturas. Ao mesmo tempo, considero uma honra, já que demonstra que tive alguma contribuição para o cultivo e a produtividade dos canaviais”.
Além de mestre de cerimônias do seminário, Castro palestrou sobre dois temas: “Relações hídricas: absorção passiva e transpiração, absorção osmótica e gutação e transporte intercelular: aquaporinas” e “Hormônios endógenos e biorreguladores”. O principal recado aos participantes foi simples: quem trabalha com cana deve conhecê-la detalhadamente.
“A planta precisa de cuidados, fundamentados numa série de processos fisiológicos que precisam ser conhecidos: propagação, desenvolvimento, produtividade e, depois, o processo de mecanização, tão evoluído. Com os processos conhecidos, é possível determinar medidas para maximizar a produtividade de maneira econômica”.
Também foram convidados o líder de pesquisa do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), Silvio Christo foletti Júnior, que foi responsável por outros dois assuntos – “Propagação: emergência, enraizamento e perfilhamento” e “Micropropagação: cultura de tecidos e biologia molecular” –, Paulo de Figueiredo (Unesp-Dracena), que falou sobre “Fotossíntese e respiração: fotossíntese C4 e Ciclo de Krebs”, Willian Rodrigues Macedo (UFV), com “Translocação orgânica: transporte de sacarose e incorporação no colmo”, Samira Cavallari (APTA-IAC), com “Florescimento: floração e produção de sementes”, e Carlos Alexandre Crusciol (FCA/Unesp), que abordou “Nutrição mineral: macronutrientes, micronutrientes, nutrientes benéficos e potencial hidrogeniônico”.
 
“Um evento como esse é muito importante para o setor, uma vez que a gente consegue reunir tanto acadêmicos quanto a parte da produção. Envolver, no mesmo local, o pessoal que faz a pesquisa e o que se utiliza dela traz benefícios a curto, médio e longo prazos. 
Então, é bom aproveitar um momento como esse, de crise, para aprimorar aspectos ligados à fisiologia da cana”, afirmou Christofoletti.
Para os participantes, uma oportunidade de trocar experiências sobre o assunto. “Iniciativas assim permitem a quem está no setor atualizar as informações. Sobretudo com palestrantes de alto nível, de renome, como esses que estão aqui hoje”, disse João Francisco Maciel, agrônomo da filial da Canaoeste em Ituverava-SP.
Parceria
Na avaliação do presidente da STAB, José Paulo Stupiello, que fez a abertura do evento, um debate sobre fisiologia vegetal, em que conceitos básicos sobre a cana são colocados em discussão, é uma oportunidade de integrar produtores, agrônomos e representantes de usinas e empresas fornecedoras de insumos em torno de um objetivo comum: o aumento da produtividade das lavouras, especialmente neste momento em que o setor passa por instabilidades.
“Quem não conhece fisiologia não conhece a planta. Diante disso, qual a nossa preocupação? Simplificar o conhecimento para que as pessoas absorvam ao máximo”. Nesse processo, pelo qual são divulgadas as mais recentes pesquisas sobre fisiologia da cana, Stupiello destaca o trabalho das entidades representativas. “Cabe à Canaoeste e à STAB, por exemplo, que têm uma parceria antiga e que agora vem sendo intensificada, trazer este conhecimento. É só através de parcerias como essa que vamos atravessar essa crise”.
 
Aproveitando a proximidade do aniversário da Canaoeste, que comemoraria 70 anos de existência no dia 22 de julho, ele lembrou do presidente que teve o mandato mais longo na associação: Fernandes dos Reis, que ficou no cargo por 31 anos, de 1968 a 1999. “O Fernandes pensava muito nisso: ‘cadê os fundamentos?’. Então, acho que vamos conseguir fazer ótimos trabalhos nessa parceria com a Canaoeste, que tem um espírito diferente de muitas outras associações, ao trazermos os fundamentos básicos da cana para os eventos”.
 
O gerente operacional da Canaoeste, Gustavo Nogueira, concorda. “É o primeiro evento do ano que estamos realizando com a STAB. Importante falar de fisiologia porque é a base para todo o conhecimento da cultura da cana-de--açúcar, no nosso caso. E o melhor é que contamos com um bom público, entre pesquisadores, associados e unidades industriais”. Segundo ele, outros eventos serão realizados com a STAB.