Preocupada em atender as necessidades de seus associados, a Canaoeste, em parceria com a Copercana e Sicoob Cocred, realizou um Encontro de Variedades com o objetivo de levar até o fornecedor informações valiosas sobre as principais variedades de cana-de-açúcar disponíveis atualmente no mercado. Participaram deste encontro os principais institutos de pesquisas e melhoramento genético, sendo eles: Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), IAC (Instituto Agronômico), CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) e Canavialis.
O evento aconteceu na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro e contou com o apoio de empresas parceiras como LL Cultivar, Syngenta, Ihara, DuPont, Stoller, Basf, Bio Soja, Omex e FMC e com a presença de fornecedores, produtores, representantes de unidades industriais e as equipes técnicas da Canaoeste e Copercana, reunindo aproximadamente 270 pessoas.
O professor Hermann Paulo Hoffmann, coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA) da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), que faz parte da Ridesa, foi quem iniciou as apresentações sobre o manejo das principais variedades desenvolvidas pela equipe. Durante sua exposição, ele abordou temas relacionados à fitossanidade das plantas, apresentou os resultados do censo varietal realizado anualmente pela Ridesa (área de cultivo e área de plantio) e apresentou os clones RB’s mais promissores: RB97-5201, RB97-5157, RB97-5184, RB97-5242, RB97-5952, RB97-5932 e RB98-5476.
Hoffmann falou também sobre as variedades RB’s mais plantadas nos Estados de São Paulo e Mato Grosso, realizou importantes recomendações e discorreu sobre as principais características destas variedades.
Variedades RB’s:
RB86-7515: rústica e produtiva, adaptada a solos de média e baixa fertilidade e colheita no meio e fim da safra;
RB85-5453: rica e precoce, excelente colheitabilidade, para ambientes de alta fertilidade e colheita no início da safra;
RB96-6928: precoce e produtiva, para ambientes B, C e D e colheita no início da safra;
RB85-5536: excelente brotação de soqueira, para ambientes de alta e média fertilidade, para colheita no meio da safra;
RB85-5156: hiper precoce, para ambientes de alta e média fertilidade e colheita em abril e maio;
RB92-579: muito produtiva, exigente em água, para ambientes A, B e C e colheita no meio da safra;
RB96-5917: alta produtividade, para ambientes B e C e colheita no meio da safra.
O diretor do Centro de Cana e pesquisador do IAC, (Instituto Agronômico) de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Marcos Landell, conversou com os presentes sobre manejo varietal. Também aproveitou a oportunidade para falar sobre as características das principais e futuras variedades do instituto agronômico, como:
- IAC87-3396: boa estabilidade de produção e boa adaptação ao plantio mecânico;
- IACSP93-3046: excelente colheitabilidade, ereta, rica e possui crescimento lento;
- IACSP94-2094: novo biótipo, ótima colheitabilidade, ereta, elevada tolerância a seca e pode ser alocada em ambientes restritivos;
- IACSP95-5000: ótima colheitabilidade, ereta, vai bem em final de safra e em solos médios até ambientes D;
- IACSP95-5094: estável, ereta, excelente plantio mecânico e desempenho similar a RB86-7515;
Futuras variedades:
- IACSP96-7569: não tem hábito ereto;
- IACSP97-4039: precoce com alta produtividade, elevado teor de sacarose, boa brotação, ótima soqueira, produtiva e PUI longo.
Para o coordenador Técnico do CTC, Rodrigo de Almeida, hoje a realidade do produtor é diferente de antigamente, têm-se o plantio e a colheita mecânicos e variedades que são mais produtivas, e é por este motivo que a instituição, através de pesquisas, busca evoluir junto com as necessidades do produtor.
Durante sua apresentação, Almeida falou sobre as características das variedades precoces, médias e tardias e também destacou a série CTC9000, desenvolvida para climas restritivos (cerrados), colheita e plantio mecânicos.
Variedades CTC:
- CTC9: início de safra, ambientes B, C e D, desenvolvimento rápido, riqueza e plantio mecanizado;
- CTC 17: início de safra, ambientes restritivos (C, D e E), rusticidade, plantio mecanizado e longevidade de soqueira;
- CTC 2: meio de safra, ambientes A, B, C e D, longevidade de soqueira, estabilidade de soqueira, produtividade e plantio mecanizado;
- CTC 4: meio de safra, ambientes A, B e C, longevidade de soqueira, estabilidade de soqueira, produtividade e plantio mecanizado.
- CTC 15: meio de safra, ambientes A, B, C, D e E, rústica, produtividade alta
- CTC 20: meio de safra, ambientes A, B e C, alta produtividade e perfilhamento alto;
- CTC 21: precoce e alta produtividade;
- CTC 24: tardia, melhores ambientes, alta produtividade, alto perfilhamento e não floresce.
O representante da área de desenvolvimento tecnológico da Canavialis, Mauro Violante, dividiu com os participantes a experiência da empresa com a cultura de sorgo sacarino e apresentou as variedades lançadas pela empresa em 2012. São elas:
- CV7231: vigor e riqueza, alta produtividade e ambientes intermediários;
- CV 7870: boa produtividade, ereta, ótima brotação de soqueira, ambientes C e D;
- CV6654: ciclo médio, ambientes intermediários, ereta e boa colheitabilidade.