As atividades e serviços prestados pela Canaoeste, sua área de atuação, indicadores e história da associação, que comemora seus 70 anos em 2015, foram apresentados a Robert Magarey, fitopatologista da SRA (Sugar Research Australia), principal órgão de pesquisa de variedades de cana-de-açúcar australiano, durante uma visita à entidade, no dia 10 de fevereiro. O pesquisador também conheceu a Uname (Unidade de Grãos da Copercana) acompanhado pela gestora técnica Alessandra Durigan, pelo gestor operacional Gustavo Nogueira, e pelo gestor de RRP (Relacionamento, Recursos e Projetos), Almir Torcato, todos da associação.
O especialista estava no Brasil para ministrar palestra sobre doenças e pragas que atingem a cana-de-açúcar durante o XXXVIII Congresso Paulista de Fitopatologia, realizado em fevereiro, no Centro de Ciências Agrárias da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), em Araras-SP, e aproveitou para se informar mais sobre a agroindústria canavieira brasileira. “É bastante extraordinário o tamanho da cadeia de produção de cana-de-açúcar aqui no Brasil porque é 10 vezes maior do que na Austrália, então essa escala de produção é o que mais impressiona”, alegou.
De acordo com ele, na Austrália, a cana-de-açúcar é a segunda cultura agrícola mais importante, atrás apenas do trigo. “O setor canavieiro australiano produz de 28 a 35 milhões de toneladas de cana por ano, o que equivale a cerca de US$ 2 bilhões de faturamento”, informa o dr. Magarey, que na ocasião estava acompanhado por Danilo Eduardo Cursi, engenheiro agrônomo e pesquisador da Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético da Universidade Federal de São Carlos. Essa foi a segunda vez que Magarey, que atua na área de biossegurança da SRA, concentrando esforços em estudos sobre doenças que ocorrem tanto no colmo como nas folhas da cana-de-açúcar, visita o Brasil. A primeira ocorreu em 2007, a convite da Ridesa/UFSCar para palestrar sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar.
Ao falar sobre os desafios fitossanitários da Austrália, o pesquisador alegou que enfrentam muitas dificuldades. “Temos muitos problemas com doenças, como o carvão da cana, a escaldadura, o mosaico, as ferrugens alaranjada e marrom, além da ‘pachymetra root rot’, uma espécie de podridão radicular que não é incidente no Brasil”, contou. O carvão da cana também tem sido motivo de dor de cabeça para os produtores brasileiros lembrou Gustavo Nogueira, ao advertir que a doença poderá impactar as próximas safras nacionais, caso uma solução não seja tomada. “No Brasil plantam variedades intermediárias ao carvão, mas como a quantidade de inóculo está muito grande, essas variedades também estão pegando a doença”, explicou Alessandra Durigan, informando que já é o terceiro ano que estão evitando algumas variedades como as RB 966928; CTC 2 e RB 92579 devido a este problema.
Além da estrutura da Canaoeste, o dr. Magarey conheceu também as instalações do PMGCA (Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar) da UFSCar, integrante da Ridesa, situado no campus da UFSCar de Araras, incluindo o Laboratório de Biotecnologia de Plantas. Também visitou o Centro de Cana do IAC (Instituto Agronômico), em Ribeirão Preto - SP e a Usina São Martinho, em Pradópolis-SP.
Durante a sua presença em solo brasileiro, a Ridesa/UFSCar divulgou contrato que firmou com o centro de pesquisa australiano de cana-de-açúcar para troca de variedades. O acordo prevê que a instituição receberá 50 variedades australianas e enviará outras 50 para a Austrália, sendo trocadas 10 variedades por ano, ao longo de cinco anos. Estes materiais serão utilizados somente para fins de pesquisa e cruzamento de variedades de cana.
De acordo com Danilo Cursi no primeiro grupo de materiais RB que vai para a Austrália estão a RB935744, a RB855536, a RB855156 e RB855113, entre outras, todas desenvolvidas pela Ridesa/UFScar. A primeira remessa de materiais RB embarca para a Oceania já em março de 2015, e a Ridesa/UFSCar receberá as primeiras 10 variedades australianas em setembro deste ano.
As atividades e serviços prestados pela Canaoeste, sua área de atuação, indicadores e história da associação, que comemora seus 70 anos em 2015, foram apresentados a Robert Magarey, fitopatologista da SRA (Sugar Research Australia), principal órgão de pesquisa de variedades de cana-de-açúcar australiano, durante uma visita à entidade, no dia 10 de fevereiro. O pesquisador também conheceu a Uname (Unidade de Grãos da Copercana) acompanhado pela gestora técnica Alessandra Durigan, pelo gestor operacional Gustavo Nogueira, e pelo gestor de RRP (Relacionamento, Recursos e Projetos), Almir Torcato, todos da associação.
O especialista estava no Brasil para ministrar palestra sobre doenças e pragas que atingem a cana-de-açúcar durante o XXXVIII Congresso Paulista de Fitopatologia, realizado em fevereiro, no Centro de Ciências Agrárias da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), em Araras-SP, e aproveitou para se informar mais sobre a agroindústria canavieira brasileira. “É bastante extraordinário o tamanho da cadeia de produção de cana-de-açúcar aqui no Brasil porque é 10 vezes maior do que na Austrália, então essa escala de produção é o que mais impressiona”, alegou.
De acordo com ele, na Austrália, a cana-de-açúcar é a segunda cultura agrícola mais importante, atrás apenas do trigo. “O setor canavieiro australiano produz de 28 a 35 milhões de toneladas de cana por ano, o que equivale a cerca de US$ 2 bilhões de faturamento”, informa o dr. Magarey, que na ocasião estava acompanhado por Danilo Eduardo Cursi, engenheiro agrônomo e pesquisador da Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético da Universidade Federal de São Carlos. Essa foi a segunda vez que Magarey, que atua na área de biossegurança da SRA, concentrando esforços em estudos sobre doenças que ocorrem tanto no colmo como nas folhas da cana-de-açúcar, visita o Brasil. A primeira ocorreu em 2007, a convite da Ridesa/UFSCar para palestrar sobre a ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar.
Ao falar sobre os desafios fitossanitários da Austrália, o pesquisador alegou que enfrentam muitas dificuldades. “Temos muitos problemas com doenças, como o carvão da cana, a escaldadura, o mosaico, as ferrugens alaranjada e marrom, além da ‘pachymetra root rot’, uma espécie de podridão radicular que não é incidente no Brasil”, contou. O carvão da cana também tem sido motivo de dor de cabeça para os produtores brasileiros lembrou Gustavo Nogueira, ao advertir que a doença poderá impactar as próximas safras nacionais, caso uma solução não seja tomada. “No Brasil plantam variedades intermediárias ao carvão, mas como a quantidade de inóculo está muito grande, essas variedades também estão pegando a doença”, explicou Alessandra Durigan, informando que já é o terceiro ano que estão evitando algumas variedades como as RB 966928; CTC 2 e RB 92579 devido a este problema.
Além da estrutura da Canaoeste, o dr. Magarey conheceu também as instalações do PMGCA (Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar) da UFSCar, integrante da Ridesa, situado no campus da UFSCar de Araras, incluindo o Laboratório de Biotecnologia de Plantas. Também visitou o Centro de Cana do IAC (Instituto Agronômico), em Ribeirão Preto - SP e a Usina São Martinho, em Pradópolis-SP.
Durante a sua presença em solo brasileiro, a Ridesa/UFSCar divulgou contrato que firmou com o centro de pesquisa australiano de cana-de-açúcar para troca de variedades. O acordo prevê que a instituição receberá 50 variedades australianas e enviará outras 50 para a Austrália, sendo trocadas 10 variedades por ano, ao longo de cinco anos. Estes materiais serão utilizados somente para fins de pesquisa e cruzamento de variedades de cana.
De acordo com Danilo Cursi no primeiro grupo de materiais RB que vai para a Austrália estão a RB935744, a RB855536, a RB855156 e RB855113, entre outras, todas desenvolvidas pela Ridesa/UFScar. A primeira remessa de materiais RB embarca para a Oceania já em março de 2015, e a Ridesa/UFSCar receberá as primeiras 10 variedades australianas em setembro deste ano.