Cemig vê interesse de investidores estrangeiros

18/08/2016 Energia POR: Valor
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que está tentando implementar um plano de venda de ativos para reduzir o endividamento, está confiante no interesse de investidores estrangeiros no país, disse Fabiano Maia Pereira, diretor financeiro e de relações com investidores da estatal. 
Segundo a diretoria da empresa, o cancelamento do leilão de privatização da Celg Distribuição (Celg D), por falta de ofertas, não deve ser visto como sinal de pouco interesse de investidores estrangeiros em ativos de energia no Brasil. Para Pereira, a percepção da empresa é que o capital externo está, sim, disposto a apostar no país. 
"Temos conversado com muitos investidores e eles têm se mostrado muito interessados no Brasil", disse Pereira ontem, em uma coletiva de imprensa para comentar os resultados do segundo trimestre do ano. 
O leilão de privatização ocorreria amanhã e estava sendo encarado como um teste importante do tamanho do interesse de investidores e empresas estrangeiras no Brasil. Na terça¬feira, no entanto, o leilão foi cancelado, por falta de interessados. 
A Cemig trabalha em um plano de venda de ativos com o objetivo de reduzir sua dívida. O presidente da companhia, Mauro Borges, disse recentemente ao Valor que tem conversado com empresas dos EUA, Europa, Japão e China sobre potenciais vendas. 
A Cemig divulgou na sexta¬feira seus resultados do segundo trimestre, que incluíram queda do lucro líquido de 62,2% para R$ 202 milhões, em relação ao segundo trimestre de 2015. 
Enquanto não vende ativos e reduz seu endividamento, a Cemig tem pela frente o desafio de rolar dívidas, cujos vencimentos se concentram neste ano e nos próximos. Segundo Pereira, a estatal tem o "dever de casa" de conseguir rolar os R$ 3,773 bilhões que vencem ainda em 2016. A maior parcela, de R$ 3,09 bilhões, se refere à Cemig Geração e Transmissão (Cemig GT), e os R$ 628 milhões restantes são da Cemig Distribuição (Cemig D).
"Temos trabalhado com os bancos no sentido de fazer essa rolagem, temos uma diretriz de tentar evitar rolar para o próximo ano", disse Pereira. Segundo ele, a expectativa da companhia é de tentar fazer uma rolagem "mais longa", como de três anos ou até um prazo maior, "justamente para evitar anos em que já temos dívida a vencer relevante".
Para 2017, a Cemig tem R$ 3,77 bilhões vencendo. Em 2018, são outros R$ 3,695 bilhões. O cenário só melhora a partir de 2019, quando há a concentração de R$ 1,099 bilhão em vencimentos. 
Segundo Pereira, apesar do aumento do custo da dívida em termos nominais, em termos reais, esse custo começou a se estabilizar, o que é um ponto positivo. Em termos nominais, o custo saiu de 15,13% em março para 15,67% em junho. Em termos reais, caiu de 5,58% para 5,33%. 
Ainda assim, o custo da dívida está muito superior ao que a companhia tinha no mesmo período do ano passado. Em junho de 2015, o custo real da dívida era de 4,16%, enquanto o nominal era de 13,38%. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquido e Ebitda chegou a 5,26 vezes no fim de junho. Em junho do ano passado, era de 1,8 vez.
Por Marcos de Moura e Souza e Camila Maia
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que está tentando implementar um plano de venda de ativos para reduzir o endividamento, está confiante no interesse de investidores estrangeiros no país, disse Fabiano Maia Pereira, diretor financeiro e de relações com investidores da estatal. 
Segundo a diretoria da empresa, o cancelamento do leilão de privatização da Celg Distribuição (Celg D), por falta de ofertas, não deve ser visto como sinal de pouco interesse de investidores estrangeiros em ativos de energia no Brasil. Para Pereira, a percepção da empresa é que o capital externo está, sim, disposto a apostar no país. 
"Temos conversado com muitos investidores e eles têm se mostrado muito interessados no Brasil", disse Pereira ontem, em uma coletiva de imprensa para comentar os resultados do segundo trimestre do ano. 
O leilão de privatização ocorreria amanhã e estava sendo encarado como um teste importante do tamanho do interesse de investidores e empresas estrangeiras no Brasil. Na terça¬feira, no entanto, o leilão foi cancelado, por falta de interessados. 
A Cemig trabalha em um plano de venda de ativos com o objetivo de reduzir sua dívida. O presidente da companhia, Mauro Borges, disse recentemente ao Valor que tem conversado com empresas dos EUA, Europa, Japão e China sobre potenciais vendas. 
A Cemig divulgou na sexta¬feira seus resultados do segundo trimestre, que incluíram queda do lucro líquido de 62,2% para R$ 202 milhões, em relação ao segundo trimestre de 2015. 
Enquanto não vende ativos e reduz seu endividamento, a Cemig tem pela frente o desafio de rolar dívidas, cujos vencimentos se concentram neste ano e nos próximos. Segundo Pereira, a estatal tem o "dever de casa" de conseguir rolar os R$ 3,773 bilhões que vencem ainda em 2016. A maior parcela, de R$ 3,09 bilhões, se refere à Cemig Geração e Transmissão (Cemig GT), e os R$ 628 milhões restantes são da Cemig Distribuição (Cemig D).
"Temos trabalhado com os bancos no sentido de fazer essa rolagem, temos uma diretriz de tentar evitar rolar para o próximo ano", disse Pereira. Segundo ele, a expectativa da companhia é de tentar fazer uma rolagem "mais longa", como de três anos ou até um prazo maior, "justamente para evitar anos em que já temos dívida a vencer relevante".
Para 2017, a Cemig tem R$ 3,77 bilhões vencendo. Em 2018, são outros R$ 3,695 bilhões. O cenário só melhora a partir de 2019, quando há a concentração de R$ 1,099 bilhão em vencimentos. 
Segundo Pereira, apesar do aumento do custo da dívida em termos nominais, em termos reais, esse custo começou a se estabilizar, o que é um ponto positivo. Em termos nominais, o custo saiu de 15,13% em março para 15,67% em junho. Em termos reais, caiu de 5,58% para 5,33%. 
Ainda assim, o custo da dívida está muito superior ao que a companhia tinha no mesmo período do ano passado. Em junho de 2015, o custo real da dívida era de 4,16%, enquanto o nominal era de 13,38%. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquido e Ebitda chegou a 5,26 vezes no fim de junho. Em junho do ano passado, era de 1,8 vez.
Por Marcos de Moura e Souza e Camila Maia