Cenário global de produção foi debatido no 5º Sugar & Ethanol Summit – Brazil Day

03/08/2016 Cana-de-Açúcar POR: Andréia Vital – Revista Canavieiros –Edição 121
A DATAGRO realizou a 5ª edição do Sugar & Ethanol Summit – Brazil Day no dia 20 de junho, em Londres, e reuniu líderes do mais alto nível para discutir o mercado de açúcar e etanol nas indústrias brasileira e europeia. As boas-vindas aos participantes foram dadas pelo embaixador do Brasil no Reino Unido, Eduardo dos Santos, seguidas por apresentação do representante da ApexBrasil, em Moscow, Almir Américo, sobre a ação de promoção comercial, tanto dos produtos gerados – açúcar e etanol, e suas utilizações – quanto de bens de capital, tecnologia e serviços relacionados ao setor sucroenergético do Brasil, que podem ser exportados para outros países.
Na ocasião, foi realizada uma ação de promoção comercial de tecnologia e serviços relacionados ao segmento canavieiro, com apresentação das mais avançadas tecnologias de turbinas e de cogeração. A iniciativa teve como foco
disseminar a experiência do Brasil em relação à diversificação de sua indústria
na direção da produção de etanol e cogeração, mostrando que essa diversificação pode ser implementada em outros países produtores de açúcar, principalmente as ex-colônias europeias da África, Caribe e Pacífico. As vantagens econômicas e ambientais desta diversificação também fizeram parte dos debates. 
A ação foi coordenada por Flavio Castelar, diretor executivo do APLA (Arranjo Produtivo Local do Alcool), e contou com a participação dos dirigentes do Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), Paulo Roberto Gallo e Silvio Geraldini.
Fez parte ainda do primeiro painel a discussão sobre a viabilidade técnica e as vantagens ambientais do uso do etanol como combustível, tanto em mistura à gasolina quanto como combustível único e a experiência e as avaliações do IDIADA, maior centro de pesquisas europeu sobre engenharia automotiva sediado em Barcelona, abordado com grande profundidade pela engenheira Suzana Paz.
Durante o evento, o representante da direção geral de Agricultura da Comissão Europeia, Pierluigi Londero, e o economista chefe da Confederação Geral dos Produtores de Beterraba Açucareira da França, Timothé Masson, discorreram sobre as consequências da abolição das cotas de produção de açúcar a partir de outubro de 2017, com uma previsão conservadora sobre a capacidade da União Europeia gerar excedentes significativos de açúcar para exportação a partir deste ano. Segundo Masson, o fiel da balança poderá ser o volume de isoglucose e de bioetanol a ser produzido após a abolição das cotas.
O cenário de produção no Brasil, tanto nas regiões Centro-Sul quanto Norte-Nordeste, com análises apresentadas pelo presidente e vice-presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha e Renato Cunha, respectivamente, também esteve em pauta. Na avaliação dos executivos, há perspectivas de produção e de competitividade do etanol com a gasolina, a partir de possíveis alterações na CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina. Igualmente foi debatido o atual cenário de produção de açúcar. Para os expositores e participantes, este contexto impacta diretamente o comércio global da commodity, que continua em déficit.
De acordo com o presidente da DATAGRO, Plínio Nastari, este deficit no mercado deve atingir 7,1 milhões de toneladas na safra 2016/2017. “A perspectiva deste crescimento é o principal motor por trás da recente alta do preço internacional do açúcar, além da queda dos estoques mundiais”, afirmou. 
Já para Elizabeth Farina, presidente da UNICA, a produção em queda de países asiáticos, incluindo a Índia, tem contribuído para alterar o balanço de oferta e demanda global de açúcar para este deficit.
A programação contou ainda com palestra de Gustavo Leite, do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), que, na ocasião, descreveu como o desenvolvimento da biotecnologia poderá permitir um maior controle da broca e de besouros que atacam a cana-de-açúcar e causam uma perda de produção que varia de 5% a 15% do total. E de Simon Usher, CEO da Bonsucro, que mostrou o volume crescente de produção de açúcar e etanol produzido segundo critérios sustentáveis e avançados de produção.
A DATAGRO realizou a 5ª edição do Sugar & Ethanol Summit – Brazil Day no dia 20 de junho, em Londres, e reuniu líderes do mais alto nível para discutir o mercado de açúcar e etanol nas indústrias brasileira e europeia. As boas-vindas aos participantes foram dadas pelo embaixador do Brasil no Reino Unido, Eduardo dos Santos, seguidas por apresentação do representante da ApexBrasil, em Moscow, Almir Américo, sobre a ação de promoção comercial, tanto dos produtos gerados – açúcar e etanol, e suas utilizações – quanto de bens de capital, tecnologia e serviços relacionados ao setor sucroenergético do Brasil, que podem ser exportados para outros países.
Na ocasião, foi realizada uma ação de promoção comercial de tecnologia e serviços relacionados ao segmento canavieiro, com apresentação das mais avançadas tecnologias de turbinas e de cogeração. A iniciativa teve como foco disseminar a experiência do Brasil em relação à diversificação de sua indústria na direção da produção de etanol e cogeração, mostrando que essa diversificação pode ser implementada em outros países produtores de açúcar, principalmente as ex-colônias europeias da África, Caribe e Pacífico. As vantagens econômicas e ambientais desta diversificação também fizeram parte dos debates. 
 
A ação foi coordenada por Flavio Castelar, diretor executivo do APLA (Arranjo Produtivo Local do Alcool), e contou com a participação dos dirigentes do Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), Paulo Roberto Gallo e Silvio Geraldini.
Fez parte ainda do primeiro painel a discussão sobre a viabilidade técnica e as vantagens ambientais do uso do etanol como combustível, tanto em mistura à gasolina quanto como combustível único e a experiência e as avaliações do IDIADA, maior centro de pesquisas europeu sobre engenharia automotiva sediado em Barcelona, abordado com grande profundidade pela engenheira Suzana Paz.
Durante o evento, o representante da direção geral de Agricultura da Comissão Europeia, Pierluigi Londero, e o economista chefe da Confederação Geral dos Produtores de Beterraba Açucareira da França, Timothé Masson, discorreram sobre as consequências da abolição das cotas de produção de açúcar a partir de outubro de 2017, com uma previsão conservadora sobre a capacidade da União Europeia gerar excedentes significativos de açúcar para exportação a partir deste ano. Segundo Masson, o fiel da balança poderá ser o volume de isoglucose e de bioetanol a ser produzido após a abolição das cotas.
O cenário de produção no Brasil, tanto nas regiões Centro-Sul quanto Norte-Nordeste, com análises apresentadas pelo presidente e vice-presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha e Renato Cunha, respectivamente, também esteve em pauta. Na avaliação dos executivos, há perspectivas de produção e de competitividade do etanol com a gasolina, a partir de possíveis alterações na CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina. Igualmente foi debatido o atual cenário de produção de açúcar. Para os expositores e participantes, este contexto impacta diretamente o comércio global da commodity, que continua em déficit.
De acordo com o presidente da DATAGRO, Plínio Nastari, este deficit no mercado deve atingir 7,1 milhões de toneladas na safra 2016/2017. “A perspectiva deste crescimento é o principal motor por trás da recente alta do preço internacional do açúcar, além da queda dos estoques mundiais”, afirmou. 
Já para Elizabeth Farina, presidente da UNICA, a produção em queda de países asiáticos, incluindo a Índia, tem contribuído para alterar o balanço de oferta e demanda global de açúcar para este deficit.
A programação contou ainda com palestra de Gustavo Leite, do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), que, na ocasião, descreveu como o desenvolvimento da biotecnologia poderá permitir um maior controle da broca e de besouros que atacam a cana-de-açúcar e causam uma perda de produção que varia de 5% a 15% do total. E de Simon Usher, CEO da Bonsucro, que mostrou o volume crescente de produção de açúcar e etanol produzido segundo critérios sustentáveis e avançados de produção.