As usinas de açúcar e etanol do centro-sul do Brasil voltaram a acelerar os trabalhos de moagem na segunda quinzena de janeiro, com um tempo mais seco favorecendo as atividades de unidades em dificuldades financeiras que buscam operar nesta época de entressafra para gerar caixa.
O processamento de cana na segunda metade do mês passado atingiu 3,93 milhões de toneladas, um volume relativamente baixo na comparação com os meses de pico de safra, mas 115 por cento acima da quinzena anterior e 380 por cento acima do mesmo período no ano passado, informou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) nesta quinta-feira.
Com o prolongamento dos trabalhos, o centro-sul deverá moer um volume recorde de cana de mais de 600 milhões de toneladas na safra 2015/16 (abril/março).
Até o final de janeiro, a moagem havia somado 599,9 milhões de toneladas, alta de 5,2 por cento ante o mesmo período da temporada anterior.
"Essa situação desse primeiro trimestre não é típica, reflete a situação financeira das usinas, e particularmente das usinas que estão moendo", comentou o consultor Júlio Maria Borges, da Job Economia, ressaltando que as empresas que operam nesta época de custos mais altos o fazem porque não têm outra alternativa para gerar caixa.
Ele observou também que a segunda quinzena de janeiro foi mais seca, e isso favoreceu as unidades que estão em operação.
"O começo de fevereiro está tendo chuvas alternadas com sol, não é tão bom quanto a segunda quinzena de janeiro, mas permite a moagem", acrescentou.
O analista, no entanto, avalia que essa condição não deverá alterar significativamente os números finais da safra 15/16.
A Unica ressaltou em nota nesta quinta-feira que, seguindo orientação do Ministério da Agricultura, a produção realizada pelas unidades produtoras até 31 de março de 2016 será contabilizada nos dados da safra 2015/16.
Do ponto de vista econômico, não é recomendável moer cana nesta época porque o custo é mais alto pelo baixo rendimento industrial da cana, além de a colheita ser mais cara.
Segundo a Unica, 39 unidades produtoras estavam em atividade na segunda quinzena de janeiro. No início de janeiro, havia 56 usinas operando.
Até o final de janeiro, as usinas do centro-sul haviam produzido 30,7 milhões de toneladas de açúcar no acumulado da safra 15/16, queda de 4 por cento ante o mesmo período do ano anterior, com o setor privilegiando a fabricação de etanol, que cresceu 5,4 por cento no mesmo período, para 27,4 bilhões de litros.
VENDAS DE HIDRATADO EM QUEDA
As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul em janeiro somaram 2,21 bilhões de litros, com 117,08 milhões de litros direcionados para exportação e 2,09 bilhões de litros ao mercado interno, segundo a Unica, que reportou recuo nas vendas de hidratado pela primeira vez na safra, em meio a preços mais altos na bomba.
O volume de etanol hidratado comercializado pelas usinas atingiu 1,26 bilhão de litros em janeiro, ante 1,3 bilhão de litros no mesmo período da safra anterior.
As vendas de etanol anidro (misturado à gasolina), por sua vez, totalizaram 832,05 milhões de litros em janeiro, ante 809,81 milhões de litros verificados no mesmo mês de 2015.
As usinas de açúcar e etanol do centro-sul do Brasil voltaram a acelerar os trabalhos de moagem na segunda quinzena de janeiro, com um tempo mais seco favorecendo as atividades de unidades em dificuldades financeiras que buscam operar nesta época de entressafra para gerar caixa.
O processamento de cana na segunda metade do mês passado atingiu 3,93 milhões de toneladas, um volume relativamente baixo na comparação com os meses de pico de safra, mas 115 por cento acima da quinzena anterior e 380 por cento acima do mesmo período no ano passado, informou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) nesta quinta-feira.
Com o prolongamento dos trabalhos, o centro-sul deverá moer um volume recorde de cana de mais de 600 milhões de toneladas na safra 2015/16 (abril/março).
Até o final de janeiro, a moagem havia somado 599,9 milhões de toneladas, alta de 5,2 por cento ante o mesmo período da temporada anterior.
"Essa situação desse primeiro trimestre não é típica, reflete a situação financeira das usinas, e particularmente das usinas que estão moendo", comentou o consultor Júlio Maria Borges, da Job Economia, ressaltando que as empresas que operam nesta época de custos mais altos o fazem porque não têm outra alternativa para gerar caixa.
Ele observou também que a segunda quinzena de janeiro foi mais seca, e isso favoreceu as unidades que estão em operação.
"O começo de fevereiro está tendo chuvas alternadas com sol, não é tão bom quanto a segunda quinzena de janeiro, mas permite a moagem", acrescentou.
O analista, no entanto, avalia que essa condição não deverá alterar significativamente os números finais da safra 15/16.
A Unica ressaltou em nota nesta quinta-feira que, seguindo orientação do Ministério da Agricultura, a produção realizada pelas unidades produtoras até 31 de março de 2016 será contabilizada nos dados da safra 2015/16.
Do ponto de vista econômico, não é recomendável moer cana nesta época porque o custo é mais alto pelo baixo rendimento industrial da cana, além de a colheita ser mais cara.
Segundo a Unica, 39 unidades produtoras estavam em atividade na segunda quinzena de janeiro. No início de janeiro, havia 56 usinas operando.
Até o final de janeiro, as usinas do centro-sul haviam produzido 30,7 milhões de toneladas de açúcar no acumulado da safra 15/16, queda de 4 por cento ante o mesmo período do ano anterior, com o setor privilegiando a fabricação de etanol, que cresceu 5,4 por cento no mesmo período, para 27,4 bilhões de litros.
VENDAS DE HIDRATADO EM QUEDA
As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul em janeiro somaram 2,21 bilhões de litros, com 117,08 milhões de litros direcionados para exportação e 2,09 bilhões de litros ao mercado interno, segundo a Unica, que reportou recuo nas vendas de hidratado pela primeira vez na safra, em meio a preços mais altos na bomba.
O volume de etanol hidratado comercializado pelas usinas atingiu 1,26 bilhão de litros em janeiro, ante 1,3 bilhão de litros no mesmo período da safra anterior.
As vendas de etanol anidro (misturado à gasolina), por sua vez, totalizaram 832,05 milhões de litros em janeiro, ante 809,81 milhões de litros verificados no mesmo mês de 2015.