Os caminhos para a China ficam cada vez mais abertos para os brasileiros. Após o país asiático ser o principal comprador de minério de ferro e de soja do Brasil, assume agora a liderança nas importações de açúcar, outro importante item da balança comercial brasileira.
Os chineses importaram 1,8 milhão de toneladas de açúcar do Brasil de janeiro a outubro, 12% das vendas externas nacionais. Pagaram US$ 900 milhões por esse volume de produto.
A China desbanca a Rússia, que importou 1,2 milhão nos dez primeiros meses deste ano. Os russos, que querem maior autonomia no abastecimento interno de açúcar, haviam importado 3,2 milhões de toneladas de janeiro a outubro do ano passado.
Além de China e Rússia, Argélia, Egito e Marrocos aparecem na lista dos principais parceiros do Brasil no setor de açúcar. Os argelinos e os egípcios levaram 1,1 milhão de toneladas de açúcar cada um, enquanto Marrocos importou 865 mil.
Dos US$ 35,2 bilhões de receitas totais obtidas pelo Brasil neste ano com as exportações para a China, 71% vieram desses três produtos: soja, minério e açúcar.
Tradicionalmente o líder isolado em receitas, o minério perdeu participação neste ano nas exportações para a China. A commodity rendeu US$ 12 bilhões de janeiro a outubro, mesmo valor obtido pela soja em grãos. O açúcar vem bem abaixo, com US$ 900 milhões.
A soja é o produto brasileiro mais dependente do mercado chinês, que responde por 69% das vendas externas do Brasil.
Além da China, Espanha e Taiwan também tiveram boa participação nas importações da oleaginosa. A Espanha comprou 2 milhões de toneladas, 10% do volume adquirido pelos chineses, enquanto as compras de Taiwan somaram 1,1 milhão de toneladas nos dez primeiros meses.
Os chineses tiveram participação de 47% no total de minério de ferro exportado pelo Brasil. Japão e Coreia do Sul também se destacam nessa lista, mas com percentuais bem menores.
Já a participação chinesa no total de açúcar brasileiro exportado foi de 11% nos dez primeiros meses deste ano.
Sem açúcar Produtores e cooperativas europeias rechaçam qualquer aumento na quantidade de entrada de açúcar de cana em bruto nos países da União Europeia.
Discussões A ofensiva dos produtores ocorre porque a Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu vai discutir o assunto.
Como está Representantes da Copa-Cogeca (entidades do setor produtivo) dizem que é crucial não só impedir uma elevação das importações mas manter as cotas atuais de produção da União Europeia até 2020.
Equilíbrio Além disso, os produtores agrícolas querem que se desenvolvam mecanismos que retirem do mercado o açúcar fora da cota. Isso manterá o equilíbrio do mercado, dizem eles.
Mauro Zafalon
Os caminhos para a China ficam cada vez mais abertos para os brasileiros. Após o país asiático ser o principal comprador de minério de ferro e de soja do Brasil, assume agora a liderança nas importações de açúcar, outro importante item da balança comercial brasileira.
Os chineses importaram 1,8 milhão de toneladas de açúcar do Brasil de janeiro a outubro, 12% das vendas externas nacionais. Pagaram US$ 900 milhões por esse volume de produto.
A China desbanca a Rússia, que importou 1,2 milhão nos dez primeiros meses deste ano. Os russos, que querem maior autonomia no abastecimento interno de açúcar, haviam importado 3,2 milhões de toneladas de janeiro a outubro do ano passado.
Além de China e Rússia, Argélia, Egito e Marrocos aparecem na lista dos principais parceiros do Brasil no setor de açúcar. Os argelinos e os egípcios levaram 1,1 milhão de toneladas de açúcar cada um, enquanto Marrocos importou 865 mil.
Dos US$ 35,2 bilhões de receitas totais obtidas pelo Brasil neste ano com as exportações para a China, 71% vieram desses três produtos: soja, minério e açúcar.
Tradicionalmente o líder isolado em receitas, o minério perdeu participação neste ano nas exportações para a China. A commodity rendeu US$ 12 bilhões de janeiro a outubro, mesmo valor obtido pela soja em grãos. O açúcar vem bem abaixo, com US$ 900 milhões.
A soja é o produto brasileiro mais dependente do mercado chinês, que responde por 69% das vendas externas do Brasil.
Além da China, Espanha e Taiwan também tiveram boa participação nas importações da oleaginosa. A Espanha comprou 2 milhões de toneladas, 10% do volume adquirido pelos chineses, enquanto as compras de Taiwan somaram 1,1 milhão de toneladas nos dez primeiros meses.
Os chineses tiveram participação de 47% no total de minério de ferro exportado pelo Brasil. Japão e Coreia do Sul também se destacam nessa lista, mas com percentuais bem menores.
Já a participação chinesa no total de açúcar brasileiro exportado foi de 11% nos dez primeiros meses deste ano.
Sem açúcar Produtores e cooperativas europeias rechaçam qualquer aumento na quantidade de entrada de açúcar de cana em bruto nos países da União Europeia.
Discussões A ofensiva dos produtores ocorre porque a Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu vai discutir o assunto.
Como está Representantes da Copa-Cogeca (entidades do setor produtivo) dizem que é crucial não só impedir uma elevação das importações mas manter as cotas atuais de produção da União Europeia até 2020.
Equilíbrio Além disso, os produtores agrícolas querem que se desenvolvam mecanismos que retirem do mercado o açúcar fora da cota. Isso manterá o equilíbrio do mercado, dizem eles.
Mauro Zafalon
