Segundo Antônio de Padua Rodrigues, da Unica, o atraso na retirada da matéria-prima dos campos paulistas impede que 11 milhões de toneladas cheguem às usinas
O excesso de chuvas das últimas semanas tem atrasado a colheita de cana-de-açúcar da safra 2015/2016 em São Paulo, maior produtor brasileiro, mas em outras federações o volume disponibilizado do produto aumentou no primeiro trimestre da temporada. A informação é do diretor-técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio de Padua Rodrigues, que condeceu rápida entrevista coletiva antes da abertura do Ethanol Summit, que ocorre em São Paulo até terça-feira (7/7).
Segundo ele, o atraso na retirada da matéria-prima dos campos paulistas impede que 11 milhões de toneladas cheguem às usinas. No entanto, outros Estados da região Centro-Sul aumentaram em 8 milhões de toneladas a oferta de cana. "A moagem total é a mesma do ano passado, próxima de 200 milhões de toneladas", disse.
O índice de colheita está ligeiramente adiantado em relação a esta época do ano passado. Cerca de um terço da safra foi colhida. Apesar de a estimativa de colheita estar mantida, Pádua não descarta que possa haver alteração na projeção da entidade. "Se de um lado não moe, a planta continua desenvolvendo e crescendo. O quanto de cana que vai ser processado ainda é uma interrogação. A safra será longa e muitas empresas terão de moer até a véspera do Natal", estima.
Renovação
O diretor-técnico da Unica confirmou ainda que 14,5% da colheita da safra atual são de primeiro plantio e que a produtividade média dessas áreas tem variado entre 90 quilos por hectare e 120 quilos por hectare, conforme a época de plantio. "A renovação está acontecendo. Quanto vai ser renovado no próximo ano, vai depender de como vai ser o ano. Essa decisão deve acontecer só em janeiro e fevereiro de 2016. O dinheiro é menor, mas não é diferente do que foi captado pelas empresas no ano passado. O que não está regulamentdo é a linha de financiamento a ainda dependemos de uma resolução do Banco Central com o Conselho Monetário Nacional (CMN). O governo está definindo o valor de plantio por hectare a ser financiado", acrescentou Pádua.
Demanda elevada
A presidente da Unica, Elizabeth Farina, disse que o aumento da mistura do etanol à gasolina e o retorno da Cide ao combustível fóssil já impactaram no consumo do biocombustível nos primeiros meses da safra."O aumento da demanda já é uma realidade. Nesse ano teve um crescimento muito importante da venda de etanol hidratado e de anidro. O consumidor veio beneficiado por uma redução de preço relativo de etanol. Realmente vale a pena pela conta econômica e vamos fazer um esforço pelo atributo ambiental no futuro", disse.
Em dois dias de programação, o Ethanol Summit vai discutir as alternativas e o futuro das energias renováveis no Brasil e no globo, o impacto do Pré-Sal nos biocombustíveis, a competitividade do setor, novas tecnologias para ganho de produtividade agrícola, a mobilidade urbana, políticas públicas e avanços ambientais no setor sucroenergético.
Segundo Antônio de Padua Rodrigues, da Unica, o atraso na retirada da matéria-prima dos campos paulistas impede que 11 milhões de toneladas cheguem às usinas
O excesso de chuvas das últimas semanas tem atrasado a colheita de cana-de-açúcar da safra 2015/2016 em São Paulo, maior produtor brasileiro, mas em outras federações o volume disponibilizado do produto aumentou no primeiro trimestre da temporada. A informação é do diretor-técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio de Padua Rodrigues, que condeceu rápida entrevista coletiva antes da abertura do Ethanol Summit, que ocorre em São Paulo até terça-feira (7/7).
Segundo ele, o atraso na retirada da matéria-prima dos campos paulistas impede que 11 milhões de toneladas cheguem às usinas. No entanto, outros Estados da região Centro-Sul aumentaram em 8 milhões de toneladas a oferta de cana. "A moagem total é a mesma do ano passado, próxima de 200 milhões de toneladas", disse.
O índice de colheita está ligeiramente adiantado em relação a esta época do ano passado. Cerca de um terço da safra foi colhida. Apesar de a estimativa de colheita estar mantida, Pádua não descarta que possa haver alteração na projeção da entidade. "Se de um lado não moe, a planta continua desenvolvendo e crescendo. O quanto de cana que vai ser processado ainda é uma interrogação. A safra será longa e muitas empresas terão de moer até a véspera do Natal", estima.
Renovação
O diretor-técnico da Unica confirmou ainda que 14,5% da colheita da safra atual são de primeiro plantio e que a produtividade média dessas áreas tem variado entre 90 quilos por hectare e 120 quilos por hectare, conforme a época de plantio. "A renovação está acontecendo. Quanto vai ser renovado no próximo ano, vai depender de como vai ser o ano. Essa decisão deve acontecer só em janeiro e fevereiro de 2016. O dinheiro é menor, mas não é diferente do que foi captado pelas empresas no ano passado. O que não está regulamentdo é a linha de financiamento a ainda dependemos de uma resolução do Banco Central com o Conselho Monetário Nacional (CMN). O governo está definindo o valor de plantio por hectare a ser financiado", acrescentou Pádua.
Demanda elevada
A presidente da Unica, Elizabeth Farina, disse que o aumento da mistura do etanol à gasolina e o retorno da Cide ao combustível fóssil já impactaram no consumo do biocombustível nos primeiros meses da safra."O aumento da demanda já é uma realidade. Nesse ano teve um crescimento muito importante da venda de etanol hidratado e de anidro. O consumidor veio beneficiado por uma redução de preço relativo de etanol. Realmente vale a pena pela conta econômica e vamos fazer um esforço pelo atributo ambiental no futuro", disse.
Em dois dias de programação, o Ethanol Summit vai discutir as alternativas e o futuro das energias renováveis no Brasil e no globo, o impacto do Pré-Sal nos biocombustíveis, a competitividade do setor, novas tecnologias para ganho de produtividade agrícola, a mobilidade urbana, políticas públicas e avanços ambientais no setor sucroenergético.