Chuvas de abril de 2021 & previsões para junho a agosto 2021

01/06/2021 Oswaldo Alonso POR: Oswaldo Alonso

A média das chuvas de abril de 2021 (35 mm) ficou a pouco menos de 30% das normais climáticas do mês (73 mm) e o mesmo percentual das chuvas do mês de abril de 2020 (74 mm). Houve extremos entre 88 mm (Dumont-Algodoeira Donegá) e 62 mm (Barretos-INMET); enquanto que ocorreram 11 mm (Descalvado-por interpolação), 20 mm (Luiz Antonio - C.E.Moreno) e 22 mm (Bebedouro-. Esp.Citricultura).

Mapa 1: Em quase toda área sucroenergética do Estado, as somas de chuvas nos meses de abril de 2021 (1A) e 2020 (1B) ficaram abaixo das normais climáticas. Porém, neste ano, foram mais críticas na faixa Centro-Oeste do estado.

Quadro 2: As chuvas de abril de 2021 foram anotadas pelos Escritórios Regionais e computadas em Pitangueiras; enquanto que dados de chuvas acumuladas de janeiro e abril de 2021, suas respectivas médias mensais e normais climáticas foram processadas e comentadas pela Consultoria Canaoeste.

As médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro), referem-se às médias das chuvas registradas no mês em questão. As Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha) referem-se às médias de muitos anos dos locais numerados de 1 a 12.

 

Nas duas últimas linhas das colunas dos meses de janeiro a abril de 2.018 a 2.021, nota-se que as somas das Normais Climáticas (na última linha) foram praticamente iguais; entretanto, as diferenças foram bem marcantes entre as somas das Médias Mensais (na penúltima linha) destes mesmos meses. Vale destacar que a soma das Médias Mensais dos meses de janeiro a abril de 2018, 2020 e 2021, respectivamente 586, 649 e 445 mm, foi bem inferior à soma de janeiro a abril de 2019 (785 mm).

Complementando o quadro 2, vale destacar as duas últimas linhas da última coluna - Médias Mensais de janeiro a abril de 2021 (445 mm) e respectivas Normais Climáticas (728 mm) - cuja diferença é de 283 mm de chuvas a menos e em um período que, normalmente, é de máximo desenvolvimento. Diferença esta que impacta ainda mais a produtividade para esta safra.

Mapa 2: Além dos comentários efetuados para São Paulo, na região Centro-Sul notou-se melhores volumes de chuvas que ocorreram em abril de 2021 (mapa 2A) nas faixas meio-Norte dos estados de Goiás e Minas Gerais; entretanto, ficou mais crítico no Leste de Mato Grosso do Sul e toda área sucroenergética do Paraná.

Mapas 3: Prognósticos INMET-Instituto Nacional de Meteorologia para maio e junho.

Pelo Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas, para Ribeirão Preto e municípios próximos são de 30 mm para junho e 22 mm para julho e agosto.

 

Análise dos fenômenos El NiÑo e La NiÑa:

Em atualização em 13 de maio de 2021, pela Agência de Meteorologia e Oceanografia NorteAmericana (NOAA) e informada pela SOMAR Meteorologia, indica que terminou o fenômeno La Niña e que todo Brasil está sob neutralidade climática, com tendência de manutenção desta neutralidade durante o inverno brasileiro, mas com possibilidade de retorno de um La Niña fraco ao final do ano. Em razão disso, a previsão trimestral pelo Instituto canadense CanSIPS indica que o período entre junho e julho poderá ficar com chuvas abaixo da média nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e para o Paraná. Apesar desta previsão, a seca não deverá ser tão persistente como a observada no ano passado. Para temperaturas, a simulação CanSIPS indica desvio acima do normal especialmente no norte do Paraná, interior de São Paulo e de Minas Gerais, bem como para toda região Centro-Oeste. Para agosto, a simulação CanSIPS ainda mantém chuvas abaixo da média em São Paulo

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL:- Pela análise acima, a SOMAR Meteorologia assinala as condições climáticas para São Paulo e áreas adjacentes, que poderão ser:

Junho a Agosto:- chuvas abaixo das Normais Climáticas e temperaturas mais elevadas que a média histórica;

Com esta tendência climática, a Canaoeste recomenda aos associados que monitorem a qualidade e perdas durante a colheita. Tratos culturais profundos de soqueiras estarão bem dificultados em função de solos secos.

Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos relevantes serão noticiados em www.canaoeste.com.br e www.revistacanavieros.com.br.

Persistindo dúvidas, consultem os técnicos mais próximos ou Fale Conosco Canaoeste.