A média das chuvas de dezembro de 2020 (364 mm) foi quase 50% acima das normais climáticas do mês (246 mm) e 65% acima das chuvas do mês de dezembro de 2019 (221 mm). Houve extremos entre 525 mm (Usina da Pedra-Serrana, 468 mm nas EMAs de Descalvado e Centro de Cana-Ribeirão Preto e 467 mm na Biosev-Unidade Santa Elisa; enquanto que ocorreram 238 mm em Ituverava, 254 mm na CFM-Pitangueiras, 255 mm na Faz. Santa Rita e 268 mm na Unidade Andrade da Tereos.
Mapa 1: Em quase toda área sucroenergética de São Paulo é possível notar, no geral, o diferencial dos melhores volumes de chuvas que ocorreram em dezembro de 2020 (mapa 1A), comparativamente aos de dezembro de 2019 (mapa 1B).
Quadro 2: As chuvas de dezembro de 2020 foram anotadas pelos Escritórios Regionais e computadas em Pitangueiras; enquanto que os dados de chuvas acumuladas de janeiro a dezembro de 2017 a 2020, com suas respectivas médias mensais e normais climáticas, foram processados e comentados pela Consultoria Canaoeste.
Obs.: Médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro), referem-se às médias das chuvas registradas nos meses observados; enquanto que as Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha) são de médias de muitos anos, dos locais numerados de 1 a 12. Nota-se que as Médias Mensais das chuvas entre os meses de janeiro a dezembro em 2018 e 2019 foram próximas das respectivas Normais Climáticas, mas ficaram bem aquém em 2017 e em 2020.
Destacadas no canto inferior direito do Quadro 2, nota-se que as Normais Climáticas, entre os meses de janeiro a dezembro de 2.017 a 2.020, foram praticamente iguais. Entretanto, as diferenças foram marcantes entre as Médias Mensais, onde a soma das chuvas que ocorreram entre janeiro a dezembro de 2.018 e 2019 (1.378 e 1.447 mm) foi próxima, mas superior as de janeiro a dezembro de 2017 (1.140 mm) e de 2020 (1.226 mm).
Como comparativo, deve-se citar 2.014 como muito seco e, pelos dados do Centro de Cana IAC-Ribeirão Preto, o total de chuvas no ano de 2.014 foi de apenas 802 mm.
Ainda, a média das chuvas de dezembro de 2.020 na região de abrangência da Canaoeste, vide quadro 2 acima, foi de 360 mm. Desconsiderando-se estas chuvas durante as moagens, uma vez que encerraram ao longo do mês, a defasagem de 340 mm (média histórica de 1.205 mm, menos 866 mm que foi a média mensal até novembro) poderia significar perda de 20t cana/ha.na safra 2020/21
Mapa 2: Além dos comentários efetuados para o Estado de São Paulo, na área sucroenergética da região Centro-Sul, também foi notável a diferença entre os menores volumes de chuvas que ocorreram em dezembro de 2020 (mapa 2A) no meio-norte do Espírito Santo, Sudeste de Goiás, Sudoeste do Mato Grosso e quase todo Mato Grosso do Sul e Paraná, comparativamente a dezembro de 2019 (mapa 2B).
Mapa 3 :- Prognóstico de chuvas pelo INPE-INMET, em todo o Brasil, para fevereiro de 2.021
Pelo Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas em fevereiro para Ribeirão Preto, com validade para municípios próximos de 40 km, são de 175 mm.
Análise fenômenos el niño e la niña:
Em atualização em 14 de janeiro de 2021, a Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana (NOAA) manteve a presença do fenômeno La Niña, com tendência de 95% de probabilidade de se manter durante o trimestre janeiro-fevereiro-março, e com potencial transição para neutralidade durante o outono de 2021 (abril - junho). Essa projeção está também em concordância com as simulações da Universidade de Colúmbia (IRI), mas com previsão de chuvas (pelo IRI) abaixo da média no Paraná e maior parte do Rio Grande do Sul. Na maior parte do Sudeste e Centro-Oeste, o trimestre janeiro-março, mais chuvoso do ano, receberá precipitação entre a média e abaixo da média, o que indica que as invernadas típicas da época do ano não serão tão duradouras. Entretanto, é que partes de São Paulo (oeste, centro e sul do Estado) e o sul de Mato Grosso do Sul terão chuva abaixo da média, algo comum sob La Niña entre o fim do verão e início do outono. Por outro lado, o La Niña deixará o início do outono mais chuvoso entre oeste de Minas Gerais e todo estado de Goiás e Mato Grosso. No Nordeste, o IRI aponta para chuva abaixo da média, sobretudo na faixa norte. Por fim, boa parte da região Norte permanece sob chuvas acima da média.
Prognóstico trimestral:- Pela análise acima e do portal INPE/INMET, a SOMAR Meteorologia assinala condições climáticas para São Paulo e áreas adjacentes, como sendo:
Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos climáticos relevantes serão noticiados em www.canaoeste.com.br e www.revistacanavieros.com.br.
Persistindo dúvidas, consultem os técnicos mais próximos ou Fale Conosco Canaoeste.