Chuvas de Janeiro e Fevereiro de 2021 & previsões para Abril e Maio

Quadro 1: Chuvas anotadas durante os meses de janeiro e fevereiro de 2021

Na região sucroenergética do estado de São Paulo, a média das chuvas de janeiro de 2021 (174 mm) foi exatos 100 mm abaixo das médias históricas do mês (274 mm) e quase 110 mm abaixo das do mês de janeiro de 2020 (282 mm), vide mapas 1A e 1B. Enquanto que a média das chuvas deste fevereiro (121 mm), vide (mapa 2A), foi significativamente inferior às chuvas do mês de fevereiro de 2020 (261 mm) (mapa 2B).

Quadro 2:- As chuvas de janeiro e fevereiro de 2021 foram anotadas pelos Escritórios Regionais e computadas em Pitangueiras; enquanto que os dados de chuvas acumuladas de dezembro de 2017 a 2020, janeiro e fevereiro de 2018 a 2021, com suas respectivas médias mensais e normais climáticas, foram processados e comentados pela Consultoria Canaoeste.

Obs:- Médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro), referem-se às das chuvas registradas no mês em questão. As Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha) referem-se às médias históricas dos locais numerados de 1 a 12.

• Destacadas no canto inferior direito do Quadro 2, nota-se que as somas das Normais Climáticas, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2.018 a 2.021, foram praticamente iguais. Entretanto, as diferenças foram bem marcantes entre as somas das Médias Mensais destes mesmos meses. Vale destacar que a soma das médias mensais de janeiro e fevereiro de 2018 (449 mm), de 2019 (452 mm) ficou abaixo e, a de 2021 (302 mm), muito abaixo da soma das respectivas Normais Climáticas. Nota-se, ainda, que a soma das Médias Mensais de janeiro e fevereiro de 2020 (511 mm) foi superior às Medias Mensais de 2018, 2019 e 2021, como também foi ligeiramente superior às correspondentes Normais Climáticas (486 mm). Vide as quatro penúltimas colunas do quadro em análise.
• Complementando o Quadro 2 com as últimas 4 colunas à direta, onde são apresentados dados de dezembro de 2017 a 2020, somados aos meses de janeiro e fevereiro de 2018 a 2021, compondo acumulados destes três meses como sendo de “verões” de 2017/18 a 2020/21 (ainda que parciais, a serem somados aos de março de 2021). Pode-se notar, até então e com exceção de 2018/19, que as Médias Mensais (penúltimas linhas) de 2017/18, 2019/20 e 2020/21 pouco diferem das respectivas Normais Climáticas nas últimas linhas.
• Mapas 3 e 4: Além das considerações para a área sucroenergética do Estado de São Paulo, na região Centro-Sul, também foi notável a diferença entre os melhores volumes de chuvas que ocorreram em janeiro de 2021 (mapa 3A) em quase todo Estado do Paraná, Mato Grosso do Sul e Sudoeste de Goiás, comparativamente a janeiro de 2020 (mapa 3B). Também foram significativos os menores volumes de chuvas de fevereiro de 2021 (mapa 4A) nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, além do Pontal do Triângulo Mineiro e faixas Sul de Goiás e Mato Grosso. No Estado do Paraná, está sendo o segundo mês consecutivo com chuvas aquém das normais climáticas.

Mapa 5 : Prognóstico de chuvas pelo INPE-INMET para março de 2.021 em todo Brasil.

Pelo Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas em Ribeirão Preto e proximidades são de 165 mm em março.

Análise dos fenômenos El Niño e La Niña: A Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana (NOAA), indicou que há grande chance do fenômeno La Niña enfraquecer e se neutralizar durante o outono (abril-junho) do Hemisfério Sul. Mas, esta previsão deverá ser monitorada durante os próximos meses, pois existe chance real de haver efeitos do La Niña durante todo o ano de 2021, o que poderia deixar todo o período do inverno no Centro e Sul do Brasil mais seco que o normal e atrasar o retorno das chuvas na primavera.

Prognóstico para Abril e Maio de 2021:- A SOMAR Meteorologia assinala que as condições climáticas, na faixa Centro-Norte do estado de São Paulo, poderão ser:

• Abril:- mais chuvoso no início da 1ª quinzena e ao longo da 2ª quinzena;
• Maio:- chuvas bem no início, em continuidade com abril, mas poderá ser mais seco até o final do mês.

Com esta tendência climática, a Canaoeste, nesta sua região de abrangência, recomenda aos associados que se atentem a estes períodos para plantios de cana, pois mostram que as chuvas serão mais escassas. Após os primeiros dias de abril, sem irrigação, os plantios serão operações de risco. Já as operações de colheita poderão ser beneficiadas. Tornam-se necessários, ainda, as atenções com as infestações de cigarrinhas-das-raízes.

A Canaoeste continua monitorando a probabilidade de florescimento de cana.
Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros e fatos relevantes serão noticiados em www.canaoeste.com.br e www.revistacanavieros.com.br.

Persistindo dúvidas, consultem os técnicos mais técnicos mais próximos ou Fale Conosco Canaoeste.