Chuvas de julho de 2021 & previsões para setembro a novembro

Chuvas anotadas durante o mês de julho de 2021.

A média das chuvas de julho de 2021 (6 mm) foi quase 32% das normais climáticas do mês (19 mm) e seis vezes das chuvas do mês de julho de 2020 (1 mm, que só não ficou zerado pela “chuva extra” de 14 mm na
Usina São Francisco). Não houve chuva acima de 20 mm, entretanto foram notados muitos locais com 1, 2mm e outros sem chuva.

Mapa 1: Em quase toda área sucroenergética do Estado, as somas de chuvas nos meses de julho de 2021 (1A) e as de julho de 2020 (1B) ficaram quase zeradas. Acentuando, ainda mais a secura na faixa Centro-Norte do estado em razão dos volumes de chuvas de março a junho terem ficado aquém das normais climáticas.

Quadro 2: As chuvas de julho de 2021 foram anotadas pelos escritórios regionais e computadas em Pitangueiras; enquanto que os dados de chuvas acumuladas de janeiro a julho de 2021, suas respectivas médias mensais e normais climáticas, foram processadas e comentadas pela Consultoria Canaoeste.

Nas duas últimas linhas das colunas dos meses de janeiro a julho de 2.018 a 2.021, nota-se que as somas das Normais Climáticas (na última linha) foram quase iguais; entretanto, as diferenças foram bem marcantes entre as somas das Médias Mensais (na penúltima linha, grifadas em vermelho) destes mesmos meses. Vale destacar que a soma das Médias Mensais dos meses de janeiro a julho de 2018, 2020 e 2021, respectivamente 608, 674 e 477 mm, foi bem inferior à soma de janeiro a julho de 2019 (827 mm). Lembrando, de passagem, que foi o único mês da série em que as Médias Mensais ficaram bem próximas das Normais Climáticas.

Complementando o quadro 2, vale destacar as duas últimas linhas da última coluna - Médias Mensais de janeiro a julho de 2021 (477 mm) e respectivas Normais Climáticas (822 mm), cuja diferença de 350 mm de chuvas a menor, e com um mês e meio à frente sem ou com poucas chuvas, certamente, está e será muito impactante para a produtividade da cana nesta safra.

Pelo Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas de setembro em Ribeirão Preto e proximidades são de 60 mm.

Mapas 2: Na região Centro-Sul, além dos comentários efetuados para São Paulo, foram notados menores volumes de chuvas que ocorreram em julho de 2021 (mapa 2A) e em julho de 2020 (mapa 2B) em praticamente toda totalidade dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (exceto nos extremos sul) e Minas Gerais (exceto faixa nordeste). Em julho destes anos houve muita semelhança na região sucroenergética do Paraná.

Mapas 3: Setembro - Prognósticos Climatempo, INMET e SOMAR Meteorologia

Pelo Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas de setembro em Ribeirão Preto e proximidades são de 60 mm.

Análise dos fenômenos El NiÑo e La NiÑa:

ANÁLISE: Em atualização pela NOAA-Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Ame­ricana, em 16 de agosto de 2021, tem-se informação de que as temperaturas do Oceano Pacífico estão próximas das normais climatológicas, resultando em neutralidade entre os fenômenos El Niño e La Niña. Será prudente aguardar a(s) próxima(s) atualização(ções), para se conhecer a real tendência destes fenômenos após o início da Primavera (meados a final de dezembro).

A NOAA Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana, pela ilustração a seguir, procura resumir as recentes análises e comentários de Institutos e Consultorias Climatológicas.

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL: Pela análise acima, a Somar Meteorologia e Climatempo assinalam que as condições climáticas para a região de Ribeirão Preto e áreas adjacentes, pode­rão ser:

• Setembro: chuvas concentradas ao final do mês e abaixo das Médias Históricas e as tem­peraturas (também ao fim do mês) podem ser mais quentes que as Normais deste período;
• Outubro: poderá chover bem durante a primeira quinzena do mês e as temperaturas serão mais amenas que setembro, a não ser ao final do mês;
• Novembro: as chuvas poderão ser promissoras durante o mês e temperaturas serão mais quentes apenas no início do mês.

RECOMENDAÇÕES: Com esta tendência climática, a Canaoeste sugere aos produtores que monitorem a qualidade e perdas durante a colheita. Tratos culturais profundos de soqueiras ainda estarão dificultados em função de solos bem secos.

E ... muito importante: os plantios em outubro e novembro, de culturas anuais ou em rotação de cultura, estarão sob risco, face aos períodos secos entre meados de outubro e durante novem­bro, podendo comprometer estes plantios destas áreas, se os solos destas áreas ESTIVEREM SEM COBERTURA.

Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos rele­vantes serão noticiados em www.canaoeste.com.br e www.revistacanavieros.com.br.

Persistindo dúvidas, consultem os técnicos ou Fale Conosco Canaoeste.