Chuvas de março e abril de 2021 e previsões para maio e junho

22/04/2021 Oswaldo Alonso POR: Edição 177 Abril e Maio 2021

Quadro 1: Chuvas anotadas durante o mês de março de 2021.

A média das chuvas de março de 2021 (101 mm) ficou 60% das Normais Climáticas do mês (165 mm) e quase 90% das chuvas do mês de março de 2020 (115 mm). Houve extremos entre 154 mm (Centro de Cana IAC), 147 mm (Usina Batatais), 141 mm (Copercana Uname) e 135 mm (Usina da Pedra); enquanto que ocorreram 50 mm (Faz. Sta. Rita), 60 mm (Usina S.Francisco), 65 mm e 67 mm (UNESP-Jaboticabal e Barretos, respectivamente).


Mapa 1: Em quase toda área entretanto, as somas de chuvas nos meses de março de 2021 (1A) e 2020 (1B) ficaram abaixo das normais climáticas.

 

Quadro 2: As chuvas de março de 2021 foram anotadas pelos escritórios regionais e computadas em Pitangueiras; enquanto que os dados de chuvas acumuladas de dezembro de 2017 a 2020 e as de janeiro e fevereiro de 2021, com suas respectivas médias mensais e normais climáticas, foram processadas e comentadas pela CANAOESTE.


Obs:- Médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro), referem-se às médias das chuvas registradas no mês em questão. As Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha) referem-se às médias de muitos anos dos locais numerados de 1 a 12.

Nas duas últimas linhas das colunas dos meses de março de 2018 a 2021, nota-se que as somas das normais climáticas (na última linha) foram praticamente iguais; entretanto, as diferenças foram bem marcantes entre as somas das médias mensais (na penúltima linha) destes mesmos meses. Vale destacar que a soma das médias mensais dos meses de março de 2018, 2020 e 2021, respectivamente 111, 113 e 105 mm, foi  bem inferior à soma de março de 2019 (202 mm) e às respectivas normais climáticas (175, 177 e 172 mm - na última linha). 

Complementando o quadro 2 com as últimas quatro colunas à direta, onde são apresentados dados de dezembro de 2017 a 2020 somados aos meses de janeiro a março de 2018 a 2021, compondo acumulados destes quatro meses como sendo de “verões” de 2017/18 a 2020/21. Notar que estas médias mensais (penúltimas linhas) diferem bem das respectivas normais climáticas (últimas linhas). Devendo-se destacar as duas últimas linhas da última coluna - médias mensais (768 mm) e normais climáticas (903 mm) - cuja diferença é de 135 mm de chuvas a menos e em um período de máximo desenvolvimento, que impacta ainda mais na produtividade dos canaviais para a próxima safra.

Mapa 2: Na região Centro-Sul, além dos comentários efetuados para São Paulo, comparativamente a março de 2020 (mapa 2B), notou-se diferença entre os melhores volumes de chuvas que ocorreram em março de 2021 (mapa 2A) nos estados de Goiás e Minas Gerais, mas que foram mais severas para os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná.

Mapas 3: Prognósticos INMET-Instituto Nacional de Meteorologia para maio e junho.

Pelo Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas, para Ribeirão Preto e municípios próximos, são de 55 e 30 mm para maio e junho, respectivamente .      

 

Análise dos fenômenos El NiÑo e La NiÑa:

Em atualização no dia  8 de abril de 2021, a Agência de Meteorologia e Oceanografia NorteAmericana (NOAA) indica que La Niña está quase no final para o fim do outono (junho) e, no decorrer do inverno (julho a setembro) o cenário se mostra como de neutralidade. De acordo com a simulação pelo Centro Canadense para Modelagem e Análises Climáticas (CanSIPS), o bimestre maio-junho será caracterizado por chuva abaixo da média no Centro e Sul do Brasil. As temperaturas permanecerão mais elevadas que o normal em boa parte da região Centro- Sul; entretanto, temperaturas mais baixas poderão ser notadas no litoral das regiões Sudeste e Sul, em função de passagens de frentes frias costeiras. Durante julho a setembro - prevê um inverno tipicamente seco, mas sem extremos. Além disso, o interior do Brasil permanecerá sob temperatura acima da média, especialmente estados como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

 Prognóstico trimestral: pela análise acima, a SOMAR Meteorologia assinala as condições climáticas para São Paulo e áreas adjacentes, poderão ser:

  • maio e junho: chuvas abaixo da média e temperaturas mais elevadas que a média histórica,
  • julho: poderá ter chuvas dentro da normal climática e temperatura acima da média.

Com esta tendência climática, a Canaoeste recomenda aos associados que monitorem a qualidade e perdas durante a colheita. Tratos culturais de soqueiras dificultados em função de solos secos.

Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos relevantes serão noticiados em www.canaoeste.com.br e www.revistacanavieiros.com.br.

Persistindo dúvidas, consultem os técnicos mais próximos ou Fale Conosco CANAOESTE.