Chuvas de novembro de 2021 & previsões para janeiro a maio de 2022

05/01/2022 Oswaldo Alonso POR: Oswaldo Alonso

Quadro 1 - Chuvas anotadas durante o mês de novembro 2021

A média de chuvas de novembro de 2021 (175 mm) foi semelhante à média das normais climáticas do mês (181 mm), mas 2,2 vezes superior que a média das chuvas de novembro de 2020 (78 mm). Os menores volumes foram anotados em Dumont-Algodoeira Donegá, 115 mm; em Sertãozinho-Uname, 116 mm e 124 mm em Barretos-INMET; enquanto que foram registrados 293 mm em Ituverava-INMET, 216 mm, em Serrana-Usina da Pedra, 215 mm em Pitangueiras-CFM-Faz Três Barras e 213 mm em Luiz Antonio-C.E.Moreno.

Mapa 1: Na área sucroenergética do Estado de São Paulo, a soma de chuvas no mês de novembro de 2021- mapa (1A) foi normal na área correspondente a da Canaoeste e foi um tanto melhor que as de novembro de 2020 mapa (1B), que recebeu menos chuvas na faixa Centro-Oeste do Estado; porém mesmo assim acentuando ainda mais a secura em todo estado em razão dos escassos volumes de chuvas deste mês e os de março a outubro de 2021

Quadro 2: Chuvas de novembro de 2021 registradas pelos Escritórios Regionais e que foram computadas em Pitangueiras. Os dados de chuvas acumuladas de janeiro a novembro de 2021, suas respectivas médias mensais e normais climáticas, foram processadas e comentadas pela Consultoria Canaoeste.

Obs: Médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro 2), referem-se às médias das chuvas registradas em setembro de 2021. As Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha) referem-se às médias de muitos anos dos locais numerados de 1 a 12.

Nota-se na última linha (em negrito) que as somas das Normais Climáticas (na última linha) foram quase iguais; entretanto, as diferenças foram bem (até) marcantes entre as somas das Médias Mensais destes mesmos meses (na penúltima linha, grifadas em vermelho).
Vale destacar que a soma das Médias Mensais dos meses de janeiro a novembro de 2020 e 2021, respectivamente 848 e 965 mm, foi bem inferior à soma de janeiro a novembro de 2018 (1.228) e 2019 (1.222 mm).
Entretanto, nestes últimos (2018 e 2019) foram os únicos meses da série em que estas Médias Mensais ficaram bem próximas das Normais Climáticas (respectivamente 1.203 e 1.208 mm).
Convém mencionar sobre as médias mensais de 848 e 965 mm, respectivamente, entre as somas de chuvas de janeiro a novembro de 2020 e a de janeiro a novembro de 2021. Estas somas em outubro de 2020 e 2021 eram praticamente iguais, 773 e 771 mm. O diferencial a maior em novembro de 2021, quase 120 mm, deveu-se às generosas chuvas de outubro e novembro deste ano. Vamos aguardar a totalização em dezembro deste ano para mais considerações.

Mapa 2: Na região Centro-Sul, além dos comentados para São Paulo, ocorreram semelhantes e mais baixos volumes de chuvas em novembro de 2021 (mapa 2A) e novembro de 2020 (mapa 2B) em praticamente toda totalidade dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Ainda, a região sucroenergética do Paraná foi severamente castigada neste mês de novembro de 2021.

Pelos dados do Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas em janeiro, fevereiro e março em Ribeirão Preto e proximidades são, pela ordem, 270 e 215 e 160 mm.

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL: Pela análise acima, a Climatempo assinala que as condições climáticas para a região de Ribeirão Preto e áreas adjacentes poderão ser:

• Janeiro: chuvas e temperaturas médias dentro a ligeiramente abaixo da normalidade climática;
• Fevereiro: as chuvas poderão ficar ligeiramente abaixo da média climática;
• Março: chuvas poderão ficar próximas das normais climáticas.

FENÔMENOS EL NIÑO e LA NIÑA: A NOAA Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte-Americana, pela ilustração a seguir, procura resumir as recentes análises e comentários de Institutos e Consultorias Climatológicas.
ANÁLISE: A NOAA-Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana, pela atualização de 09 de dezembro 2021, informa que as temperaturas do Oceano Pacífico indicam a presença de La Niña até meados do Outono (abril e maio). Havendo, também, possibilidade de influência da Oscilação (inter) Decadal do Pacìfico, que pode ocasionar menor volume de chuvas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Ainda, outro efeito do La Niña será a ausência de calor intenso e persistente na maior parte do Brasil.

RECOMENDAÇÕES: Com esta tendência climática, a Canaoeste sugere aos produtores que nas áreas com canaviais (quase) fechando, as adubações aéreas irão contribuir para crescimento mais rápido. Efetuar tratos mecânicos tardios, os prejuízos em produtividades poderão ser maiores que os benefícios, face ao arranquios de raízes (até de touceiras). Plantios de cana entre fevereiro e março será mais prudente que deixar para meados de abril em diante, a não ser sob irrigação e/ou com mudas bem jovens (menos que nove meses).
Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos ou Fale Conosco Canaoeste.