Quadro 1 - Chuvas anotadas durante o mês de setembro 2021
As chuvas de setembro, surpreendentes pelas inferioridades e heterogeneidades às médias históricas desta região de abrangência da Canaoeste, mostradas pelos Mapas 1A e 1B, foram de 24 mm em 2021 como também 19 mm em 2020. As menores chuvas foram registradas em Descalvado IAC Ciiagro, 3 mm; 7 mm na Faz. Monte Verde (Bulle Arruda); e 8 mm em Barretos (INMET); enquanto que na Algodoeira Donegá Dumont choveu 54 mm, 51 mm na UNESP de Jaboticabal e 43 mm na Usina São Francisco Barrinha-Sertãozinho.
Mapa 1: Em quase toda área sucroenergética do Estado, as somas de chuvas no mês de agosto de 2020(1B) recebeu mais chuvas, principalmente na faixa Centro-Sul do Estado; enquanto que em agosto de 2021(1A) ficou quase sem chuvas, com exceção do extremo Sudoeste e pequena área no Leste do Estado, acentuando ainda mais a secura em todo Estado, em razão dos escassos volumes de chuvas deste mês e as de março a julho.
Quadro 2: Chuvas de agosto de 2021, anotadas pelos escritórios regionais, foram computadas em Pitangueiras. Os dados de chuvas acumuladas de janeiro a agosto de 2021, suas respectivas médias mensais e normais climáticas, foram processadas e comentadas pela Consultoria Canaoeste.
Obs: As médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro), referem-se às médias das chuvas registradas no mês em questão. As Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha) referem-se às médias de muitos anos dos locais numerados de 1 a 12.
Nas duas últimas linhas das colunas dos meses de janeiro a agosto de 2.018 a 2.021, nota-se que as somas das Normais Climáticas (na última linha) foram quase iguais; entretanto, as diferenças foram bem (até) marcantes entre as somas das Médias Mensais (na penúltima linha, grifadas em vermelho) desses mesmos meses. Vale destacar que a soma das Médias Mensais dos meses de janeiro a agosto de 2018, 2020 e 2021, respectivamente 641, 675 e 477 mm, foi bem inferior à soma de janeiro a agosto de 2019 (851 mm). Lembrando, de passagem, que foi o único mês da série em que as Médias Mensais ficaram bem próximas das Normais Climáticas.
Complementando o quadro 2, vale destacar as Médias Mensais de janeiro a agosto de 2021, que foram de (477 mm). Comparando-se com as chuvas anotadas na Estação Experimental IAC Ribeirão Preto, representativa desta grande região, hoje Centro de Cana. Este volume de chuvas (477 mm) só não foi inferior ao de janeiro a agosto de 2014, que foi de 345 mm, volume menor não acontecia desde 1937, que a Canaoeste tem os registros desta Estação.
Mapa 2: Na região Centro-Sul, além dos comentados para São Paulo, ocorreram menores e semelhantes volumes de chuvas em agosto de 2021 (mapa 2A) e agosto de 2020 (mapa 2B) em praticamente toda totalidade dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (exceto nos extremos sul) e Minas Gerais (exceto faixa leste). A região sucroenergética do Paraná foi, também, severamente castigada neste mês de agosto de 2021.
Pelos dados do Centro de Cana IAC, as médias históricas de chuvas em agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro em Ribeirão Preto e proximidades são, respectivamente, 20, 60, 125, 170 e 270 mm.
Fenômenos El Niño e La Niña:
A NOAA - Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte-Americana, pela ilustração a seguir, procura resumir as recentes análises e comentários de Institutos e Consultorias Climatológicas.
Análise: Com atualização em 10 de setembro 2021, a NOAA informa que as temperaturas do Oceano Pacífico estão próximas das normais climatológicas, mas La Niña está para retornar e poderá ter efeito fraco. Entre outubro e novembro, a chuva será mais intensa que o normal sobre o centro e norte do país, entretanto, há previsão de chuva abaixo da média na região Sul e nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul. No Sul, a estiagem será mais sentida a partir de novembro.
Prognóstico Trimestral: Pela análise acima, a Nova Climatempo assinala que as condições climáticas para a região de Ribeirão Preto e áreas adjacentes poderão ser:
Recomendações: Com esta tendência climática, a Canaoeste sugere aos produtores que monitorem a qualidade e perdas durante a colheita nestas semanas finais. Tratos culturais mecânicos das soqueiras podem ser beneficiados pela melhor umidade do solo. Porém, tratos mecânicos vigorosos apenas em soqueiras recém-colhidas. Caso contrário, em função dos cortes e arranquios de raízes (até de touceiras), os prejuízos em produtividades poderão ser maiores que os benefícios.
Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros.
Fatos relevantes serão noticiados em www.canaoeste.com.br e www.revistacanavieiros.com.br. Persistindo dúvidas, consultem os técnicos ou Fale Conosco Canaoeste
