Qual a previsão de entrega de cana-de-açúcar na safra 2015/16 pelos associados da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana)?
Acredito que em torno de 120 milhões de toneladas. Deverá ficar 5% acima do fornecimento da safra 14/15, embora ainda não chegaram as estimativas de entrega da safra em vigor.
A entrega de cana do fornecedor costumava ocorrer em períodos entre junho a agosto. Continua assim?
Com a mecanização isso mudou. Praticamente são as usinas que definem a condição da entrega. Como antes havia grande concentração de entrega entre agosto e setembro, no auge da seca, com maior teor de açúcar e de ATR, com maior valor cana, as usinas ficavam com o início e o final da safra, trazendo até um certo desequilíbrio em suas frentes de trabalho. Com isso é que foi implantado o ATR relativo.
O ATR relativo é bom?
Ele é justo quando se entrega cana durante toda a safra, porque se ganha mais com a entrega no primeiro terço da safra, haverá remuneração menor no meio e uma maior no fim da safra. Ou seja, com o ATR relativo haverá uma remuneração igual. Antes, com a queima, você escolhia trecho no começo, outro no meio da safra. O fato é que o ATR relativo desvirtuou com a colheita mecanizada, porque as usinas determinam quando irão recolher a cana, e se você, como fornecedor, entrega 30% da cana processada, deveria entregar 30% ao longo do ciclo. Mas nem isso é feito mais. Isso gerou certa insatisfação e associações já trabalham para que nós [Orplana] atuemos pelo fim do ATR relativo.
Como está o problema das pragas?
Passamos por uma mudança significativa em função, também, da colheita mecanizada. Na medida em que se começou a deixar a palha no canavial, criou-se clima mais favorável para o desenvolvimento de algumas pragas. São pragas praticamente novas, como o Sphenophorus levis, que se multiplica, e a cigarrinha. E se tem as pragas que ficam dentro do solo que, em anos secos, encontram uma situação perfeita para se desenvolver com mais intensidade. 2014 foi um ano no qual o ataque das pragas foi mais intenso e, como resultado, houve o grande número de falhas nas soqueiras. E há variedades que são mais suscetíveis que outras.
E o custo para combater essas pragas, é proibitivo? Ninguém faz?
Não é proibitivo e há gente fazendo [esse combate]. Por exemplo: a broca é controlada pela vespa, a cigarrinha pode ser combatida pela pulverização, assim como há produtos para atacar as pragas de solo.
E o caso das doenças como ferrugem, como está?
Em ano muito seco ela afeta pouco. Em anos com períodos de muita chuva, como nesse, em que tivemos uma semana direta de chuva, com tempo nublado, é mais propício para o ataque da ferrugem. Às vezes com uma pulverização se resolve. Às vezes é preciso fazer três aplicações.
Qual a previsão de entrega de cana-de-açúcar na safra 2015/16 pelos associados da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana)?
Acredito que em torno de 120 milhões de toneladas. Deverá ficar 5% acima do fornecimento da safra 14/15, embora ainda não chegaram as estimativas de entrega da safra em vigor.
A entrega de cana do fornecedor costumava ocorrer em períodos entre junho a agosto. Continua assim?
Com a mecanização isso mudou. Praticamente são as usinas que definem a condição da entrega. Como antes havia grande concentração de entrega entre agosto e setembro, no auge da seca, com maior teor de açúcar e de ATR, com maior valor cana, as usinas ficavam com o início e o final da safra, trazendo até um certo desequilíbrio em suas frentes de trabalho. Com isso é que foi implantado o ATR relativo.
O ATR relativo é bom?
Ele é justo quando se entrega cana durante toda a safra, porque se ganha mais com a entrega no primeiro terço da safra, haverá remuneração menor no meio e uma maior no fim da safra. Ou seja, com o ATR relativo haverá uma remuneração igual. Antes, com a queima, você escolhia trecho no começo, outro no meio da safra. O fato é que o ATR relativo desvirtuou com a colheita mecanizada, porque as usinas determinam quando irão recolher a cana, e se você, como fornecedor, entrega 30% da cana processada, deveria entregar 30% ao longo do ciclo. Mas nem isso é feito mais. Isso gerou certa insatisfação e associações já trabalham para que nós [Orplana] atuemos pelo fim do ATR relativo.
Como está o problema das pragas?
Passamos por uma mudança significativa em função, também, da colheita mecanizada. Na medida em que se começou a deixar a palha no canavial, criou-se clima mais favorável para o desenvolvimento de algumas pragas. São pragas praticamente novas, como o Sphenophorus levis, que se multiplica, e a cigarrinha. E se tem as pragas que ficam dentro do solo que, em anos secos, encontram uma situação perfeita para se desenvolver com mais intensidade. 2014 foi um ano no qual o ataque das pragas foi mais intenso e, como resultado, houve o grande número de falhas nas soqueiras. E há variedades que são mais suscetíveis que outras.
E o custo para combater essas pragas, é proibitivo? Ninguém faz?
Não é proibitivo e há gente fazendo [esse combate]. Por exemplo: a broca é controlada pela vespa, a cigarrinha pode ser combatida pela pulverização, assim como há produtos para atacar as pragas de solo.
E o caso das doenças como ferrugem, como está?
Em ano muito seco ela afeta pouco. Em anos com períodos de muita chuva, como nesse, em que tivemos uma semana direta de chuva, com tempo nublado, é mais propício para o ataque da ferrugem. Às vezes com uma pulverização se resolve. Às vezes é preciso fazer três aplicações.