Usinas do estado deve processar 43,3 mi de t de cana nesta safra. Ciclo está sendo mais alcooleiro que o anterior e safra pode ser estendida.
Efeitos climáticos voltaram a afetar o desempenho dos canaviais de Mato Grosso do Sul, assim como vem ocorrendo a quatro safras consecutivas, fazendo com que a Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul) fizesse uma revisão para baixo da estimativa de produção para a safra 2014/2015. A nova projeção foi apresentada pelo presidente da entidade, Roberto Hollanda, nesta segunda-feira (1º), na sede da associação, em Campo Grande.
Na primeira estimativa apresentada pela associação em abril, na abertura da safra, a projeção inicial era que as 22 usinas em operação em Mato Grosso do Sul processassem nesta temporada 44,3 milhões de toneladas de cana, o que representariam um incremento de 6,76% em relação as 41,4 milhões de toneladas moídas na anterior (2013/2014).
Neste novo levantamento, o presidente da Biosul aponta que em razão das geadas que atingiram os canaviais na região da grande Dourados em julho e agosto de 2013, e que afetaram não somente a cana pronta para ser colhida, mas também a rebrota, e ainda da distribuição irregular de chuvas neste ano, em alguns momentos excessiva e em outros escassa, que a projeção de moagem para a safra foi reduzida em 1 milhão de toneladas, ou seja, 43,3 milhões de toneladas. O volume é 4,3% maior do que o do ciclo passado.
Hollanda explica que como a cana que está sendo colhida tem baixo teor de sacarose, em decorrência dos efeitos das geadas, já que a planta utiliza o açúcar armazenado como fonte de energia para voltar a crescer, a produção de açúcar neste ciclo deve cair 11,60% em relação a safra anterior, passando de 1,369 milhão de toneladas para 1,210 milhão de toneladas.
Em contrapartida, ele diz que com matéria-prima de menor qualidade disponível, as usinas estão utilizando mais cana para produzir etanol em detrimento do açúcar. O mix de produção, ou seja, a quantidade de cana destinada ao processamento de cada produto, que em Mato Grosso do Sul era de 72% para o biocombustível no ciclo 2013/2014, subiu para 77% no atual.
Com isso, a produção de etanol que na temporada anterior foi de 2,231 bilhões de litros deve subir para 2,500 bilhões de litros, o que representa um incremento de 12,08%.
Entretanto, Hollanda diz que é um outro produto que deve registrar o grande salto de produção do setor nesta temporada, a bioeletricidade. Se no ciclo anterior, as usinas do estado exportaram 1.517 GWh para Sistema Interligado Nacional (SIN), neste a quantidade de energia disponibilizada deve subir para 2.180 GWh. Isso seria suficiente, conforme ele, para atender todo o consumo residencial do estado.
Além de aumentar a cogeração, o presidente da Biosul destaca que exportação de bioeletricidade deve ser alavancada também pela concretização de um antigo pedido do setor sucroenergético, a realização de um leilão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a contratação de energia para o sistema nacional voltado exclusivamente para geradores que utilizam a biomassa como matéria-prima, sem a concorrência de outros geradores de fontes alternativas, como as usinas eólicas, por exemplo.
Por fim, Hollanda projeta que se mantidas as condições climáticas previstas para os próximos meses que as usinas do estado devem estender a moagem que terminaria normalmente em dezembro até o mês de janeiro.
Usinas do estado devem processar 43,3 mi de t de cana nesta safra. Ciclo está sendo mais alcooleiro que o anterior e safra pode ser estendida.
Efeitos climáticos voltaram a afetar o desempenho dos canaviais de Mato Grosso do Sul, assim como vem ocorrendo a quatro safras consecutivas, fazendo com que a Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul) fizesse uma revisão para baixo da estimativa de produção para a safra 2014/2015. A nova projeção foi apresentada pelo presidente da entidade, Roberto Hollanda, nesta segunda-feira (1º), na sede da associação, em Campo Grande.
Na primeira estimativa apresentada pela associação em abril, na abertura da safra, a projeção inicial era que as 22 usinas em operação em Mato Grosso do Sul processassem nesta temporada 44,3 milhões de toneladas de cana, o que representariam um incremento de 6,76% em relação as 41,4 milhões de toneladas moídas na anterior (2013/2014).
Neste novo levantamento, o presidente da Biosul aponta que em razão das geadas que atingiram os canaviais na região da grande Dourados em julho e agosto de 2013, e que afetaram não somente a cana pronta para ser colhida, mas também a rebrota, e ainda da distribuição irregular de chuvas neste ano, em alguns momentos excessiva e em outros escassa, que a projeção de moagem para a safra foi reduzida em 1 milhão de toneladas, ou seja, 43,3 milhões de toneladas. O volume é 4,3% maior do que o do ciclo passado.
Hollanda explica que como a cana que está sendo colhida tem baixo teor de sacarose, em decorrência dos efeitos das geadas, já que a planta utiliza o açúcar armazenado como fonte de energia para voltar a crescer, a produção de açúcar neste ciclo deve cair 11,60% em relação a safra anterior, passando de 1,369 milhão de toneladas para 1,210 milhão de toneladas.
Em contrapartida, ele diz que com matéria-prima de menor qualidade disponível, as usinas estão utilizando mais cana para produzir etanol em detrimento do açúcar. O mix de produção, ou seja, a quantidade de cana destinada ao processamento de cada produto, que em Mato Grosso do Sul era de 72% para o biocombustível no ciclo 2013/2014, subiu para 77% no atual.
Com isso, a produção de etanol que na temporada anterior foi de 2,231 bilhões de litros deve subir para 2,500 bilhões de litros, o que representa um incremento de 12,08%.
Entretanto, Hollanda diz que é um outro produto que deve registrar o grande salto de produção do setor nesta temporada, a bioeletricidade. Se no ciclo anterior, as usinas do estado exportaram 1.517 GWh para Sistema Interligado Nacional (SIN), neste a quantidade de energia disponibilizada deve subir para 2.180 GWh. Isso seria suficiente, conforme ele, para atender todo o consumo residencial do estado.
Além de aumentar a cogeração, o presidente da Biosul destaca que exportação de bioeletricidade deve ser alavancada também pela concretização de um antigo pedido do setor sucroenergético, a realização de um leilão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a contratação de energia para o sistema nacional voltado exclusivamente para geradores que utilizam a biomassa como matéria-prima, sem a concorrência de outros geradores de fontes alternativas, como as usinas eólicas, por exemplo.
Por fim, Hollanda projeta que se mantidas as condições climáticas previstas para os próximos meses que as usinas do estado devem estender a moagem que terminaria normalmente em dezembro até o mês de janeiro.