A ocorrência do fenômeno El Niño neste ano deixa pouca certeza sobre o comportamento do clima nesta reta final da safra 2015/16 de cana-de-açúcar no Centro-Sul. Em São Paulo, Estado que deve definir o número definitivo da temporada, a previsão é de chuvas abaixo da média em outubro e dentro da média histórica em novembro. A expectativa é de que a moagem fique próxima das 600 milhões de toneladas. Ainda que esse cenário se confirme, dizem especialistas, as cotações do açúcar devem ser manter sustentadas.
Na visão do consultor da FG Agro, Willian Hernandez, se, em vez de processar 580 milhões o Centro-Sul processar 600 milhões, no fim das contas, o volume adicional será de 1 bilhão de litros de etanol e de 1 milhão de toneladas de açúcar, que resultaria em um volume de 31 milhões de toneladas da commodity. "O mercado já entendeu que, mesmo que o Centro-Sul tenha uma grande safra, a produção de açúcar não vai voltar para 34 milhões de toneladas se o preço não for remunerador", afirma Hernandez.
Essa conjuntura se deve à decisão das usinas de direcionar o máximo possível do caldo da cana para a produção de etanol. Os cálculos da FG Agro consideram o mix predominante da safra, de 41% do caldo para açúcar e 59% para etanol.
Grande parte da percepção de que haverá déficit global de açúcar na safra 2015/16, que começou em 1º de outubro, advém desse mix alcooleiro em vigor no país há algumas temporadas. No acumulado dos últimos cinco anos, o Brasil deixou de produzir em torno de 5 milhões de toneladas de açúcar para "privilegiar" o etanol, que estava mais remunerador ou possibilitando às usinas com problemas de caixa levantar recursos mais rapidamente para saldar dívidas.
Hernandes atenta para o fato de que, se o clima não for favorável à colheita da cana nesta etapa final da safra, os preços do açúcar e do etanol, já em alta, podem subir ainda mais. Mas, conforme dados da Somar Meteorologia, a tendência é de um cenário climático favorável. As chuvas devem ficar abaixo da média neste mês nas áreas de cana de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. Em novembro, no entanto, as precipitações tendem a ficar dentro da média histórica.
Já para as regiões canavieiras do Paraná, a previsão é de chuvas acima da média nos próximos dois meses, o que tende a atrapalhar os trabalhos de colheita. Mas na visão do diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues, é no Estado de São Paulo que a safra vai se definir. Segundo ele, até 1º de outubro, a moagem paulista estava atrasada em 12 milhões de toneladas.
Conforme a Somar Meteorologia, as principais regiões canavieiras de São Paulo devem receber chuvas abaixo da média em outubro. Para Ribeirão Preto, estão previstos 77 milímetros (mm), 43% abaixo da média histórica. Em Araçatuba, 89 mm, 23% abaixo da média histórica de 116 mm. Já em novembro, devem ocorrer chuvas dentro da média em Ribeirão Preto e 26% abaixo da média em Araçatuba.
O meteorologista da Somar, Tiago Robles, observa que mais do que o volume de chuva, sua distribuição é importante na agricultura. "Se ficar concentrada em poucos dias, pode atrapalhar a colheita", explica.
A ocorrência do fenômeno El Niño neste ano deixa pouca certeza sobre o comportamento do clima nesta reta final da safra 2015/16 de cana-de-açúcar no Centro-Sul. Em São Paulo, Estado que deve definir o número definitivo da temporada, a previsão é de chuvas abaixo da média em outubro e dentro da média histórica em novembro. A expectativa é de que a moagem fique próxima das 600 milhões de toneladas. Ainda que esse cenário se confirme, dizem especialistas, as cotações do açúcar devem ser manter sustentadas.
Na visão do consultor da FG Agro, Willian Hernandez, se, em vez de processar 580 milhões o Centro-Sul processar 600 milhões, no fim das contas, o volume adicional será de 1 bilhão de litros de etanol e de 1 milhão de toneladas de açúcar, que resultaria em um volume de 31 milhões de toneladas da commodity. "O mercado já entendeu que, mesmo que o Centro-Sul tenha uma grande safra, a produção de açúcar não vai voltar para 34 milhões de toneladas se o preço não for remunerador", afirma Hernandez.
Essa conjuntura se deve à decisão das usinas de direcionar o máximo possível do caldo da cana para a produção de etanol. Os cálculos da FG Agro consideram o mix predominante da safra, de 41% do caldo para açúcar e 59% para etanol.
Grande parte da percepção de que haverá déficit global de açúcar na safra 2015/16, que começou em 1º de outubro, advém desse mix alcooleiro em vigor no país há algumas temporadas. No acumulado dos últimos cinco anos, o Brasil deixou de produzir em torno de 5 milhões de toneladas de açúcar para "privilegiar" o etanol, que estava mais remunerador ou possibilitando às usinas com problemas de caixa levantar recursos mais rapidamente para saldar dívidas.
Hernandes atenta para o fato de que, se o clima não for favorável à colheita da cana nesta etapa final da safra, os preços do açúcar e do etanol, já em alta, podem subir ainda mais. Mas, conforme dados da Somar Meteorologia, a tendência é de um cenário climático favorável. As chuvas devem ficar abaixo da média neste mês nas áreas de cana de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. Em novembro, no entanto, as precipitações tendem a ficar dentro da média histórica.
Já para as regiões canavieiras do Paraná, a previsão é de chuvas acima da média nos próximos dois meses, o que tende a atrapalhar os trabalhos de colheita. Mas na visão do diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues, é no Estado de São Paulo que a safra vai se definir. Segundo ele, até 1º de outubro, a moagem paulista estava atrasada em 12 milhões de toneladas.
Conforme a Somar Meteorologia, as principais regiões canavieiras de São Paulo devem receber chuvas abaixo da média em outubro. Para Ribeirão Preto, estão previstos 77 milímetros (mm), 43% abaixo da média histórica. Em Araçatuba, 89 mm, 23% abaixo da média histórica de 116 mm. Já em novembro, devem ocorrer chuvas dentro da média em Ribeirão Preto e 26% abaixo da média em Araçatuba.
O meteorologista da Somar, Tiago Robles, observa que mais do que o volume de chuva, sua distribuição é importante na agricultura. "Se ficar concentrada em poucos dias, pode atrapalhar a colheita", explica.