A seca que castigou parte importante das lavouras de soja no médionorte de Mato Grosso nesta safra 2015/16 foi menos danosa para a produção no oeste do Estado. A maioria dos agricultores da região espera ao menos manter as médias de produtividade do ciclo passado, embora persista a preocupação com as chuvas durante a colheita, o que vem acelerando os trabalhos em campo nos últimos dias.
"Perco até quatro sacas por hectare porque a planta está meio verde, mas tenho que colher", diz Anilson Rotta, que cultiva 7 mil hectares no município de Sapezal. Com pouco mais de 30% de sua área já colhida, Rotta tem registrado rendimentos acima de 60 sacas de soja por hectare, e prevê fechar a temporada com uma média de 65 sacas acima das 62 sacas de 2014/15.
As chuvas mais intensas de meados de janeiro deram lugar na última semana a precipitações de menores volumes e mais esporádicas em Sapezal, o que favoreceu o retorno das máquinas às lavouras. "Essas chuvas não chegaram a prejudicar a produção no oeste do Estado, nem o veranico [no fim de 2015], que foi mais pontual, de no máximo 15 dias", avalia André Debastiani, analista da Agroconsult.
A situação do oeste do Estado é bem diferente do médionorte, que concentra a maior área de produção da soja matogrossense, principalmente nos municípios de Sorriso e Sinop.
Lá, a soja precoce (plantada mais cedo) sofreu inicialmente com a seca e mais recentemente com as chuvas, o que derrubou a produtividade em muitas áreas e aumentou o nível de grãos avariados. Já no oeste, as lavouras estão mais homogêneas e o potencial de produtividade é visivelmente mais elevado, ainda que o plantio também tenha atrasado nesta temporada.
Sérgio Introvini, de Campo Novo do Parecis, começou a semear a soja em 7 de outubro do ano passado, parou em função da escassez de chuvas e só retornou com os trabalhos no dia 22 daquele mês.
Com o adiamento do plantio, a colheita também foi empurrada e está concluída em apenas 6% da área no mesmo período do ano passado, esse número já ultrapassava 50%. O rendimento até o momento é de 40 sacas por hectare, mas o produtor estima que vai superar a marca das 53 sacas do último ciclo, quando também sofreu com o clima adverso. "Este ano está bem melhor", diz.
Já o produtor José Guarino Fernandes, presidente do sindicato rural de Sapezal, afirma que enfrentou apenas nove dias sem chuvas nesta temporada. "Houve microrregiões com estiagem de até 30 dias, mas para mim foi um ano praticamente normal", afirma.
Depois de perdas de produtividade nos últimos três anos devido ao excesso de umidade na colheita, Guarino chegou a contar com uma queda de rendimento de 5% a 6% em relação à safra passada, para 49 sacas por hectare.
"Mas ainda acho que o clima pode ajudar a me manter na média da região, com 52 a 53 sacas por hectare".
A seca que castigou parte importante das lavouras de soja no médionorte de Mato Grosso nesta safra 2015/16 foi menos danosa para a produção no oeste do Estado. A maioria dos agricultores da região espera ao menos manter as médias de produtividade do ciclo passado, embora persista a preocupação com as chuvas durante a colheita, o que vem acelerando os trabalhos em campo nos últimos dias.
"Perco até quatro sacas por hectare porque a planta está meio verde, mas tenho que colher", diz Anilson Rotta, que cultiva 7 mil hectares no município de Sapezal. Com pouco mais de 30% de sua área já colhida, Rotta tem registrado rendimentos acima de 60 sacas de soja por hectare, e prevê fechar a temporada com uma média de 65 sacas acima das 62 sacas de 2014/15.
As chuvas mais intensas de meados de janeiro deram lugar na última semana a precipitações de menores volumes e mais esporádicas em Sapezal, o que favoreceu o retorno das máquinas às lavouras. "Essas chuvas não chegaram a prejudicar a produção no oeste do Estado, nem o veranico [no fim de 2015], que foi mais pontual, de no máximo 15 dias", avalia André Debastiani, analista da Agroconsult.
A situação do oeste do Estado é bem diferente do médionorte, que concentra a maior área de produção da soja matogrossense, principalmente nos municípios de Sorriso e Sinop.
Lá, a soja precoce (plantada mais cedo) sofreu inicialmente com a seca e mais recentemente com as chuvas, o que derrubou a produtividade em muitas áreas e aumentou o nível de grãos avariados. Já no oeste, as lavouras estão mais homogêneas e o potencial de produtividade é visivelmente mais elevado, ainda que o plantio também tenha atrasado nesta temporada.
Sérgio Introvini, de Campo Novo do Parecis, começou a semear a soja em 7 de outubro do ano passado, parou em função da escassez de chuvas e só retornou com os trabalhos no dia 22 daquele mês.
Com o adiamento do plantio, a colheita também foi empurrada e está concluída em apenas 6% da área no mesmo período do ano passado, esse número já ultrapassava 50%. O rendimento até o momento é de 40 sacas por hectare, mas o produtor estima que vai superar a marca das 53 sacas do último ciclo, quando também sofreu com o clima adverso. "Este ano está bem melhor", diz.
Já o produtor José Guarino Fernandes, presidente do sindicato rural de Sapezal, afirma que enfrentou apenas nove dias sem chuvas nesta temporada. "Houve microrregiões com estiagem de até 30 dias, mas para mim foi um ano praticamente normal", afirma.
Depois de perdas de produtividade nos últimos três anos devido ao excesso de umidade na colheita, Guarino chegou a contar com uma queda de rendimento de 5% a 6% em relação à safra passada, para 49 sacas por hectare.
"Mas ainda acho que o clima pode ajudar a me manter na média da região, com 52 a 53 sacas por hectare".