Cofco faz hedge do açúcar no Brasil por previsão pessimista

02/06/2017 Açúcar POR: Bloomberg, 1/6/17
A Cofco International, uma unidade da maior empresa de alimentos da China, fez hedge de 90 por cento de sua produção de açúcar de quatro usinas no Brasil em meio à perspectiva pessimista para os preços da commodity.
A produção das usinas nessa safra provavelmente será de cerca de 1,3 milhão de toneladas, disse Marcelo de Andrade, presidente global da Cofco para o açúcar, na segunda-feira, em entrevista no escritório da companhia em São Paulo. Na próxima temporada, que começa em 1o de abril, a empresa já fez hedge de 55 por cento da produção, disse ele. O Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar do mundo.
A maior parte da produção desta safra foi protegida de setembro a fevereiro, disse Andrade, que preferiu não revelar preços específicos nem médios. Durante esses meses, o açúcar chegou a subir a 24,1 centavos a libra e registrou média de 20,9 centavos na ICE Futures U.S., em Nova York. Na terça-feira, a commodity registrou a maior baixa em 13 meses, fechando a 14,73 centavos.
O preço pode cair para apenas 13 centavos se Brasil, Índia e União Europeia tiverem clima favorável, disse Andrade. A commodity provavelmente não excederá os 18 centavos mesmo que condições adversas nos países produtores gerem um cenário otimista.
"Estamos reafirmando nossa estimativa para a nossa produção de açúcar" mesmo depois que a chuva reduziu o teor de açúcar da cana, disse Andrade. A produção no Centro-Sul do Brasil será de 35 milhões de toneladas nesta safra e o esmagamento de cana, de 580 milhões de toneladas, disse ele.
O açúcar caiu na semana passada depois que a Petrobras reduziu o preço médio da gasolina para as refinarias, prejudicando as perspectivas para a demanda pelo etanol feito à base de cana e elevando a perspectiva para a produção de açúcar. A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) afirmou em 26 de maio que a produção da commodity no Centro-Sul cresceu 1,7 por cento na primeira quinzena de maio em relação ao mesmo período do ano anterior, surpreendendo os analistas, que esperavam declínio.
Os preços do etanol hidratado brasileiro caíram 25 por cento neste ano devido à falta de demanda doméstica e ao aumento das importações dos EUA.
"Continuaremos destinando o máximo possível de caldo de cana para fabricar açúcar" devido à erosão dos preços do etanol, disse Andrade.
A produção de açúcar das quatro usinas de São Paulo na safra passada foi de 1,1 milhão de toneladas.
Na terça-feira, os futuros do açúcar bruto para entrega em julho tiveram declínio de 0,2 por cento e fecharam em 15,02 centavos após chegarem a cair 2,1 por cento. O preço acumula queda de 23 por cento neste ano devido à perspectiva de abundância global.
A Cofco International, uma unidade da maior empresa de alimentos da China, fez hedge de 90 por cento de sua produção de açúcar de quatro usinas no Brasil em meio à perspectiva pessimista para os preços da commodity.
A produção das usinas nessa safra provavelmente será de cerca de 1,3 milhão de toneladas, disse Marcelo de Andrade, presidente global da Cofco para o açúcar, na segunda-feira, em entrevista no escritório da companhia em São Paulo. Na próxima temporada, que começa em 1o de abril, a empresa já fez hedge de 55 por cento da produção, disse ele. O Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar do mundo.
A maior parte da produção desta safra foi protegida de setembro a fevereiro, disse Andrade, que preferiu não revelar preços específicos nem médios. Durante esses meses, o açúcar chegou a subir a 24,1 centavos a libra e registrou média de 20,9 centavos na ICE Futures U.S., em Nova York. Na terça-feira, a commodity registrou a maior baixa em 13 meses, fechando a 14,73 centavos.
O preço pode cair para apenas 13 centavos se Brasil, Índia e União Europeia tiverem clima favorável, disse Andrade. A commodity provavelmente não excederá os 18 centavos mesmo que condições adversas nos países produtores gerem um cenário otimista.
"Estamos reafirmando nossa estimativa para a nossa produção de açúcar" mesmo depois que a chuva reduziu o teor de açúcar da cana, disse Andrade. A produção no Centro-Sul do Brasil será de 35 milhões de toneladas nesta safra e o esmagamento de cana, de 580 milhões de toneladas, disse ele.
O açúcar caiu na semana passada depois que a Petrobras reduziu o preço médio da gasolina para as refinarias, prejudicando as perspectivas para a demanda pelo etanol feito à base de cana e elevando a perspectiva para a produção de açúcar. A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) afirmou em 26 de maio que a produção da commodity no Centro-Sul cresceu 1,7 por cento na primeira quinzena de maio em relação ao mesmo período do ano anterior, surpreendendo os analistas, que esperavam declínio.
Os preços do etanol hidratado brasileiro caíram 25 por cento neste ano devido à falta de demanda doméstica e ao aumento das importações dos EUA.
"Continuaremos destinando o máximo possível de caldo de cana para fabricar açúcar" devido à erosão dos preços do etanol, disse Andrade.
A produção de açúcar das quatro usinas de São Paulo na safra passada foi de 1,1 milhão de toneladas.
Na terça-feira, os futuros do açúcar bruto para entrega em julho tiveram declínio de 0,2 por cento e fecharam em 15,02 centavos após chegarem a cair 2,1 por cento. O preço acumula queda de 23 por cento neste ano devido à perspectiva de abundância global.