A disparada do dólar ante o real, de 4% só neste ano, pressiona o endividamento das usinas de cana-de-açúcar, que têm boa parte de seu passivo em moeda estrangeira. De acordo com Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro, a dívida do setor sucroenergético já beira os R$ 100 bilhões. "Em dezembro estava em R$ 95 bilhões, com uma dívida de US$ 157 por tonelada de cana", estimou ele em conversa com o Broadcast Agro. Tal montante supera em 35% os R$ 70 bilhões registrados em dezembro de 2014, acrescentou o analista.
O dólar em alta reflete os temores envolvendo a economia global, com a desaceleração da China e a queda do preço do petróleo. O ambiente doméstico também influencia. Ontem, a divisa terminou em R$ 4,17, maior patamar da história do Plano Real. Há pouco, cedia 0,99%, a R$ 4,12.
Conforme Nastari, esse câmbio deve estimular a produção de açúcar na safra 2016/17, que começa oficialmente em abril. O produto é negociado em dólar no mercado internacional e quando a moeda norte-americana se valoriza o produtor brasileiro recebe mais em reais. Nas projeções da Datagro, as usinas e destilarias do Centro-Sul do País devem fabricar de 33,5 a 34,5 milhões de toneladas do alimento na próxima temporada, acima das 30,7 milhões de toneladas estimadas para o atual ciclo. As previsões da consultoria levam em conta um dólar de R$ 4,20 em maio e de R$ 4,50 em dezembro.
"A taxa de câmbio é a variável mais relevante para o setor de açúcar e álcool. É ela que define a defasagem positiva ou negativa da gasolina, que define o endividamento e a competitividade dos produtos", afirmou Nastari.
A disparada do dólar ante o real, de 4% só neste ano, pressiona o endividamento das usinas de cana-de-açúcar, que têm boa parte de seu passivo em moeda estrangeira. De acordo com Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro, a dívida do setor sucroenergético já beira os R$ 100 bilhões. "Em dezembro estava em R$ 95 bilhões, com uma dívida de US$ 157 por tonelada de cana", estimou ele em conversa com o Broadcast Agro. Tal montante supera em 35% os R$ 70 bilhões registrados em dezembro de 2014, acrescentou o analista.
O dólar em alta reflete os temores envolvendo a economia global, com a desaceleração da China e a queda do preço do petróleo. O ambiente doméstico também influencia. Ontem, a divisa terminou em R$ 4,17, maior patamar da história do Plano Real. Há pouco, cedia 0,99%, a R$ 4,12.
Conforme Nastari, esse câmbio deve estimular a produção de açúcar na safra 2016/17, que começa oficialmente em abril. O produto é negociado em dólar no mercado internacional e quando a moeda norte-americana se valoriza o produtor brasileiro recebe mais em reais. Nas projeções da Datagro, as usinas e destilarias do Centro-Sul do País devem fabricar de 33,5 a 34,5 milhões de toneladas do alimento na próxima temporada, acima das 30,7 milhões de toneladas estimadas para o atual ciclo. As previsões da consultoria levam em conta um dólar de R$ 4,20 em maio e de R$ 4,50 em dezembro.
"A taxa de câmbio é a variável mais relevante para o setor de açúcar e álcool. É ela que define a defasagem positiva ou negativa da gasolina, que define o endividamento e a competitividade dos produtos", afirmou Nastari.