Em um cenário em que o impeachment da presidente Dilma Rousseff fosse aprovado e o atual vice-presidente Michel Temer assumisse a presidência da República, o dólar poderia se desvalorizar a R$ 3,10, o que afetaria de diferentes formas importantes commodities agrícolas produzidas pelo Brasil, como açúcar, soja e milho. Com o dólar a R$ 3,10, a gasolina importada chegaria 40,1% mais barata ao País, o que estimularia a redução dos preços pela Petrobras no mercado interno e reduziria a receita das usinas de etanol.
A avaliação foi feita pelo analista da INTL FCStone, Matheus Silva, durante evento realizado em São Paulo. "Já em um cenário de permanência da presidente no governo, o câmbio subira a R$ 4,20 e o preço da gasolina importada ficaria só um pouco abaixo do preço doméstico, 4%", complementou Silva.
A eventual queda do dólar ante o real também estimularia uma menor produção de açúcar no País, alterando o mix de açúcar e etanol das usinas de cana-de-açúcar. Em um cenário considerado de estresse pela consultoria, com o dólar a R$ 3,10 e queda no preço da gasolina, 41,8% da cana seria destinada à produção de açúcar, em comparação com 42,8% hoje e 44,9% em um cenário de dólar cotado a R$ 4,20.
No caso do milho, o câmbio a R$ 3,10 poderia anular a possibilidade de exportação do produto, já que desestimularia a escolha dos produtores por esta opção e elevaria o peso do frete no custo das exportações, segundo a INTL FCStone. Em março, com o dólar em torno de R$ 3,60, o frete era responsável por 35,3% dos custos de exportação no Centro-Oeste, abaixo dos 50,4% do ano passado, em virtude da forte alta dos preços do produto no mercado interno e do avanço menor, de 7,15%, do preço do frete (que não é dolarizado).
Caso o dólar venha a cair para R$ 3,10 (cenário com Michel Temer na presidência), esta participação subiria para 63,2% dos custos. "As exportações do milho dependem muito do custo do frete e a queda nos custos do frete entre 2015 e 2016 foi uma das razões do aumento das exportações do produto", disse Silva.
Uma eventual valorização do real ante o dólar também reduziria a margem de lucros dos produtores de soja do País, na análise da INTL FCStone. Se com o câmbio a R$ 4,10 a margem dos produtores de Mato Grosso subiriam dos atuais R$ 5 por saca para R$ 8 por saca, caso o vice-presidente Michel Temer assumisse a presidência da República e o dólar recuasse a R$ 3,10, a margem do produtor recuaria para R$ 2/saca.
Em um cenário em que o impeachment da presidente Dilma Rousseff fosse aprovado e o atual vice-presidente Michel Temer assumisse a presidência da República, o dólar poderia se desvalorizar a R$ 3,10, o que afetaria de diferentes formas importantes commodities agrícolas produzidas pelo Brasil, como açúcar, soja e milho. Com o dólar a R$ 3,10, a gasolina importada chegaria 40,1% mais barata ao País, o que estimularia a redução dos preços pela Petrobras no mercado interno e reduziria a receita das usinas de etanol.
A avaliação foi feita pelo analista da INTL FCStone, Matheus Silva, durante evento realizado em São Paulo. "Já em um cenário de permanência da presidente no governo, o câmbio subira a R$ 4,20 e o preço da gasolina importada ficaria só um pouco abaixo do preço doméstico, 4%", complementou Silva.
A eventual queda do dólar ante o real também estimularia uma menor produção de açúcar no País, alterando o mix de açúcar e etanol das usinas de cana-de-açúcar. Em um cenário considerado de estresse pela consultoria, com o dólar a R$ 3,10 e queda no preço da gasolina, 41,8% da cana seria destinada à produção de açúcar, em comparação com 42,8% hoje e 44,9% em um cenário de dólar cotado a R$ 4,20.
No caso do milho, o câmbio a R$ 3,10 poderia anular a possibilidade de exportação do produto, já que desestimularia a escolha dos produtores por esta opção e elevaria o peso do frete no custo das exportações, segundo a INTL FCStone. Em março, com o dólar em torno de R$ 3,60, o frete era responsável por 35,3% dos custos de exportação no Centro-Oeste, abaixo dos 50,4% do ano passado, em virtude da forte alta dos preços do produto no mercado interno e do avanço menor, de 7,15%, do preço do frete (que não é dolarizado).
Caso o dólar venha a cair para R$ 3,10 (cenário com Michel Temer na presidência), esta participação subiria para 63,2% dos custos. "As exportações do milho dependem muito do custo do frete e a queda nos custos do frete entre 2015 e 2016 foi uma das razões do aumento das exportações do produto", disse Silva.
Uma eventual valorização do real ante o dólar também reduziria a margem de lucros dos produtores de soja do País, na análise da INTL FCStone. Se com o câmbio a R$ 4,10 a margem dos produtores de Mato Grosso subiriam dos atuais R$ 5 por saca para R$ 8 por saca, caso o vice-presidente Michel Temer assumisse a presidência da República e o dólar recuasse a R$ 3,10, a margem do produtor recuaria para R$ 2/saca.