A Smar Equipamentos Industriais, que já foi referência em automação industrial do país, fechou um acordo com credores na tentativa de eliminar as dívidas e recapitalizar a empresa, em recuperação judicial desde setembro do ano passado. O plano foi aprovado em assembleia no dia 19 de setembro, em Sertãozinho (SP), com a participação de fornecedores e mais de 100 ex-funcionários, que esperam receber parte dos débitos trabalhistas a partir de dezembro.
Fundada em 1974, a Smar já chegou a ter clientes em 77 países. Entre os destaques produzidos pela empresa, por exemplo, está um sistema de injeção que movimenta os motores de alguns porta-aviões da marinha norte-americana. Atualmente, no entanto, a indústria amarga a baixa demanda de serviços, devido às dificuldades enfrentadas pelo setor sucroenergético, além dos constantes escândalos envolvendo sua diretoria.
Em setembro do ano passado, a Smar havia entrado com pedido de recuperação judicial, declarando à Justiça uma dívida de R$ 32,5 milhões, sendo R$ 24 milhões com ações trabalhistas. Só o Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho representa cerca de 100 processos de ex-funcionários contra a empresa, sem contar as ações individuais.
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Um dos representantes do Sindicato, o advogado Jorge Albuquerque, explicou que o plano de recuperação da Smar prevê o pagamento de 60% dos débitos trabalhistas em 12 parcelas, com a venda de um imóvel da empresa em Sertãozinho, avaliado em aproximadamente R$ 12 milhões. A unidade será leiloada e, caso o leilão não seja suficiente para atingir o valor necessário, a empresa arcará com a completar o restante. “A gente acredita que isso aconteça em três ou quatro meses.”
O restante da dívida com os ex-funcionários será pago em notas promissórias, com bônus de 10%, ou seja, o equivalente a 44%, em até quatro anos após a última parcela dos 60%. As notas serão garantidas por unidades produtivas isoladas (UPIs): duas unidades da Smar ganharão independência e se tornarão ativos da empresa. Isso significa que o lucro dessas UPIs será destinado exclusivamente ao pagamento do plano de recuperação judicial. Posteriormente, essas unidades poderão ser vendidas.
Albuquerque afirmou que o acordo foi positivo para os trabalhadores, tendo em vista que evitou a falência da Smar e garantirá o recebimento dos débitos. “Caso a falência acontecesse, todo mundo perderia. A dívida só aumentaria e os bens continuariam os mesmos. Então, foi um bom negócio, se tudo se concretizar.”
Fornecedores
O advogado da Smar, Fernando De Luizi, explicou que os fornecedores receberão 70% do valor da dívida original corrigidos pela taxa de juros de longo prazo (TJLP), a partir da data de homologação do plano, com carência de 18 meses. A amortização acontecerá da seguinte forma: 1% do débito no primeiro ano, 5% do segundo ao quarto ano, 6% até oitavo ano, 7% no nono e décimo ano, 8% nos dois anos seguintes e 10% até o décimo quinto anos.
Os pagamentos serão trimestrais e feitos através de depósito em conta. “Tudo será pago com a capacidade de caixa da empresa. A Smar continuará ativa e atuando no mercado. Por isso, vai honrar com esse compromisso. O plano viabiliza a continuidade da empresa da forma como ela é hoje”, afirmou De Luizi.
O plano de recuperação judicial depende agora da homologação por parte da Justiça, para que comece a ser executado.
A Smar Equipamentos Industriais, que já foi referência em automação industrial do país, fechou um acordo com credores na tentativa de eliminar as dívidas e recapitalizar a empresa, em recuperação judicial desde setembro do ano passado. O plano foi aprovado em assembleia no dia 19 de setembro, em Sertãozinho (SP), com a participação de fornecedores e mais de 100 ex-funcionários, que esperam receber parte dos débitos trabalhistas a partir de dezembro.
Fundada em 1974, a Smar já chegou a ter clientes em 77 países. Entre os destaques produzidos pela empresa, por exemplo, está um sistema de injeção que movimenta os motores de alguns porta-aviões da marinha norte-americana. Atualmente, no entanto, a indústria amarga a baixa demanda de serviços, devido às dificuldades enfrentadas pelo setor sucroenergético, além dos constantes escândalos envolvendo sua diretoria.
Em setembro do ano passado, a Smar havia entrado com pedido de recuperação judicial, declarando à Justiça uma dívida de R$ 32,5 milhões, sendo R$ 24 milhões com ações trabalhistas. Só o Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho representa cerca de 100 processos de ex-funcionários contra a empresa, sem contar as ações individuais.
Um dos representantes do Sindicato, o advogado Jorge Albuquerque, explicou que o plano de recuperação da Smar prevê o pagamento de 60% dos débitos trabalhistas em 12 parcelas, com a venda de um imóvel da empresa em Sertãozinho, avaliado em aproximadamente R$ 12 milhões. A unidade será leiloada e, caso o leilão não seja suficiente para atingir o valor necessário, a empresa arcará com a completar o restante. “A gente acredita que isso aconteça em três ou quatro meses.”
O restante da dívida com os ex-funcionários será pago em notas promissórias, com bônus de 10%, ou seja, o equivalente a 44%, em até quatro anos após a última parcela dos 60%. As notas serão garantidas por unidades produtivas isoladas (UPIs): duas unidades da Smar ganharão independência e se tornarão ativos da empresa. Isso significa que o lucro dessas UPIs será destinado exclusivamente ao pagamento do plano de recuperação judicial. Posteriormente, essas unidades poderão ser vendidas.
Albuquerque afirmou que o acordo foi positivo para os trabalhadores, tendo em vista que evitou a falência da Smar e garantirá o recebimento dos débitos. “Caso a falência acontecesse, todo mundo perderia. A dívida só aumentaria e os bens continuariam os mesmos. Então, foi um bom negócio, se tudo se concretizar.”
Fornecedores
O advogado da Smar, Fernando De Luizi, explicou que os fornecedores receberão 70% do valor da dívida original corrigidos pela taxa de juros de longo prazo (TJLP), a partir da data de homologação do plano, com carência de 18 meses. A amortização acontecerá da seguinte forma: 1% do débito no primeiro ano, 5% do segundo ao quarto ano, 6% até oitavo ano, 7% no nono e décimo ano, 8% nos dois anos seguintes e 10% até o décimo quinto anos.
Os pagamentos serão trimestrais e feitos através de depósito em conta. “Tudo será pago com a capacidade de caixa da empresa. A Smar continuará ativa e atuando no mercado. Por isso, vai honrar com esse compromisso. O plano viabiliza a continuidade da empresa da forma como ela é hoje”, afirmou De Luizi.
O plano de recuperação judicial depende agora da homologação por parte da Justiça, para que comece a ser executado.