A recessão econômica aliada às férias escolares tem feito as bombas dos combustíveis nos postos de Sorocaba funcionarem menos. A queda no consumo levou alguns estabelecimentos a reduzir o preço. Conforme o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), o valor médio de cada abastecimento na cidade caiu, o que significa que o consumidor vem usando o automóvel com moderação.
O motorista Benedito Carlos Baptista aproveitou a redução de preço no etanol em um posto da zona norte para abastecer o carro. Esse tipo de gasto, no entanto, não tem sido tão frequente. "Tenho segurado o carro na garagem", afirma. O aumento do preço dos combustíveis que vinha ocorrendo nos últimos meses levou Baptista a andar mais de ônibus e a pé para se dirigir ao trabalho. "Estou fazendo metade (dos deslocamentos) de carro, metade de ônibus", comenta.
Para o presidente regional do Sincopetro, Jorge Alexandre Pereira Marques, existe uma queda natural no consumo de combustível devido às férias escolares, que gira em torno de 20%, todos os anos. "A movimentação urbana escolar é muito intensa, tanto no período da manhã e tarde, quanto à noite, nas faculdades", aponta. Entretanto, agora a recessão econômica contribui ainda mais para a redução das vendas nos postos.
Marques ressalta que os consumidores brasileiros têm sofrido com o aumento de diferentes despesas dentro do orçamento, como mensalidade escolar, combustível, convênio médico. Tudo isso sem ter a reposição salarial na mesma medida. O resultado, ele diz, é a diminuição do uso do automóvel. "A pessoa não deixou de andar de carro, mas está andando menos. Ninguém sai de casa mais para comprar só o pãozinho", ilustra.
O presidente do Sincopetro considera que o valor desembolsado a cada abastecimento está menor agora. "Às vezes o posto está cheio, mas a pessoa abastece pouco." Gerente de um posto de combustível da zona norte de Sorocaba, Priscila Gambacorta também avalia que o sorocabano anda menos de carro atualmente. "Algumas pessoas estão pegando carona para ir ao trabalho, deixam o carro em casa", observa.
Redução de preço
Pouco a pouco, diante do menor consumo, alguns postos estão reduzindo os preços para tentar atrair mais consumidores. "Os postos têm que manter o faturamento e, assim, estão fazendo ofertas em relação a preço", afirma Marques. A principal queda nos preços, segundo ele, foi no começo de abril, mas por conta da safra de cana-de-açúcar.
A gasolina, como tem 27% de álcool anidro, também teve o preço rebaixado, cita a gerente Priscila Gambacorta. Mas não é apenas a produção de etanol durante a safra de cana que refletiu na queda de preço dos combustíveis. A própria redução do consumo levou a reduzir preço. Outro problema é a concorrência. "Tem que baixar, porque com a queda no consumo a concorrência é maior", segundo a gerente.
A redução cai como um alívio para quem precisa utilizar o carro, apesar da vontade de deixá-lo em casa. "A gente até tenta segurar o carro em casa, mas meu pai está com problemas de saúde e a gente precisa correr com ele", diz Marcelo Urbano. Ele, no entanto, ainda espera por preços menores para voltar a circular com mais frequência.
ANP
A pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 26 postos de Sorocaba, na semana passada, indicou valor mínimo de R$ 3,270 para a gasolina, máximo de R$ 3,599 e médio de R$ 3,408. Para o etanol, o valor mínimo era de R$ 2,040, máximo de R$ 2,399 e médio de R$ 2,192. Os preços podem ser consultados, por posto pesquisado, no link www.anp.gov.br/preco.
Anderson Oliveira
A recessão econômica aliada às férias escolares tem feito as bombas dos combustíveis nos postos de Sorocaba funcionarem menos. A queda no consumo levou alguns estabelecimentos a reduzir o preço. Conforme o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), o valor médio de cada abastecimento na cidade caiu, o que significa que o consumidor vem usando o automóvel com moderação.
O motorista Benedito Carlos Baptista aproveitou a redução de preço no etanol em um posto da zona norte para abastecer o carro. Esse tipo de gasto, no entanto, não tem sido tão frequente. "Tenho segurado o carro na garagem", afirma. O aumento do preço dos combustíveis que vinha ocorrendo nos últimos meses levou Baptista a andar mais de ônibus e a pé para se dirigir ao trabalho. "Estou fazendo metade (dos deslocamentos) de carro, metade de ônibus", comenta.
Para o presidente regional do Sincopetro, Jorge Alexandre Pereira Marques, existe uma queda natural no consumo de combustível devido às férias escolares, que gira em torno de 20%, todos os anos. "A movimentação urbana escolar é muito intensa, tanto no período da manhã e tarde, quanto à noite, nas faculdades", aponta. Entretanto, agora a recessão econômica contribui ainda mais para a redução das vendas nos postos.
Marques ressalta que os consumidores brasileiros têm sofrido com o aumento de diferentes despesas dentro do orçamento, como mensalidade escolar, combustível, convênio médico. Tudo isso sem ter a reposição salarial na mesma medida. O resultado, ele diz, é a diminuição do uso do automóvel. "A pessoa não deixou de andar de carro, mas está andando menos. Ninguém sai de casa mais para comprar só o pãozinho", ilustra.
O presidente do Sincopetro considera que o valor desembolsado a cada abastecimento está menor agora. "Às vezes o posto está cheio, mas a pessoa abastece pouco." Gerente de um posto de combustível da zona norte de Sorocaba, Priscila Gambacorta também avalia que o sorocabano anda menos de carro atualmente. "Algumas pessoas estão pegando carona para ir ao trabalho, deixam o carro em casa", observa.
Redução de preço
Pouco a pouco, diante do menor consumo, alguns postos estão reduzindo os preços para tentar atrair mais consumidores. "Os postos têm que manter o faturamento e, assim, estão fazendo ofertas em relação a preço", afirma Marques. A principal queda nos preços, segundo ele, foi no começo de abril, mas por conta da safra de cana-de-açúcar.
A gasolina, como tem 27% de álcool anidro, também teve o preço rebaixado, cita a gerente Priscila Gambacorta. Mas não é apenas a produção de etanol durante a safra de cana que refletiu na queda de preço dos combustíveis. A própria redução do consumo levou a reduzir preço. Outro problema é a concorrência. "Tem que baixar, porque com a queda no consumo a concorrência é maior", segundo a gerente.
A redução cai como um alívio para quem precisa utilizar o carro, apesar da vontade de deixá-lo em casa. "A gente até tenta segurar o carro em casa, mas meu pai está com problemas de saúde e a gente precisa correr com ele", diz Marcelo Urbano. Ele, no entanto, ainda espera por preços menores para voltar a circular com mais frequência.
ANP
A pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 26 postos de Sorocaba, na semana passada, indicou valor mínimo de R$ 3,270 para a gasolina, máximo de R$ 3,599 e médio de R$ 3,408. Para o etanol, o valor mínimo era de R$ 2,040, máximo de R$ 2,399 e médio de R$ 2,192. Os preços podem ser consultados, por posto pesquisado, no link www.anp.gov.br/preco.
Anderson Oliveira