Entidade divulgou primeiro levantamento referente à atual temporada e números finais de 2020/21
A primeira estimativa da safra de cana-de-açúcar 2021/22, divulgada pela Conab - Companhia Nacional de Abastecimento indica que o Brasil deve produzir 628,1 milhões de toneladas, volume 4% menor em comparação com 2020/21.
A queda é explicada pela redução de 3% na área de colheita no Sudeste, principal região produtora do país, com 5,2 milhões de hectares, e decréscimo de 6,2% na produção, prevista em 402,2 milhões de toneladas. O Centro-Oeste também diminuiu em 0,8% a área destinada à cultura, atingindo 1,8 milhão de hectares para um total de 137,5 milhões de toneladas de cana, 1,6% menor que a obtida na safra anterior.
Na região Nordeste, mesmo com 0,5% a menos de área, há estimativa de crescimento de 3,2% na produtividade média, o que deverá resultar em 49,7 milhões de toneladas, 2,7% maior que na última safra. O Sul seguiu a tendência, com redução de 2,1% na área, mas crescimento de 2,5% na produção, estimada em 35,1 milhões de toneladas. Já o Norte deve manter a área e aumentar 3,3% a colheita da cultura, com 3,6 milhões de toneladas.
Devido à pandemia, a Conab adiou o estudo da safra de cana e, com isso, a divulgação referente ao quarto levantamento de cana-de-açúcar para 2020/21, encerrada no último mês de março, saiu também nessa semana junto com o primeiro levantamento da safra atual.
A pesquisa mostrou que o volume de cana-de-açúcar neste ciclo totalizou 654,8 milhões de toneladas, 1,8% superior ao de 2019/20. Segundo a Conab, tal crescimento não acompanhou o aumento de 2,1% na área colhida devido às condições climáticas adversas em algumas regiões produtoras.
O Sudeste manteve seu alto padrão, alcançando 428,6 milhões de toneladas colhidas, indicando acréscimo de 3,3% em comparação a 2019/20, sendo São Paulo e Minas Gerais os grandes destaques da região.
O Centro-Oeste também apresentou leve crescimento de 0,2% na área colhida, atingindo 1,8 milhão de hectares, redução de 0,6% na produtividade média e produção 0,5% inferior ao ciclo que a antecedeu, chegando a 139,8 milhões de toneladas.
A região Nordeste colheu 48,4 milhões de toneladas, representando redução de 1,4% e o Sul seguiu a redução, com 2,3% a menos de área e colheita de 34,2 milhões de toneladas.
Nesta safra, o Norte foi responsável por menos de 1% da produção nacional, a área cultivada apresentou leve acréscimo em relação à safra 2019/20 e a produção total foi de 3,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
Com relação aos produtos, o levantamento também sinalizou o milho com papel de destaque na produção de combustível, gerando sustentabilidade aos produtores, particularmente os situados nos estados centrais.
Ainda assim, o número total do etanol, proveniente da cana-de-açúcar e do milho, foi de 32,8 bilhões de litros, uma redução de 8,15% em relação à safra anterior, sendo 29,7 bilhões de litros a partir da cana, enquanto o de milho cresceu 80,35% no ciclo, saindo de 1,68 bilhão de litros em 2019/20 para 3,02 bilhões de litros na temporada 2020/21.
Neste mesmo período, o volume de açúcar chegou a 41,25 milhões de toneladas, crescimento de 38,46% em relação à safra 2019/20. (Com informações da Companhia Nacional de Abastecimento)