Uma mudança de paradigma. É assim que Carlos Ortiz, diretor da divisão de Produtores Rurais do Itaú BBA, define a emissão de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) de R$ 93 milhões por parte do Grupo Scheffer, concluída recentemente pela instituição em parceria com o Rabobank e o Santander.
A operação chama menos a atenção pelo valor o Itaú BBA participou da emissão de um CRA de R$ 1,5 bilhão da BRF no ano passado do que pelo cliente, um grupo familiar do agronegócio dono de uma área de mais de 110 mil hectares ocupada por lavouras de grãos e pastagens no CentroOeste do país.
Daí a mudança de paradigma destacada por Ortiz, que já foi executivo do Rabobank e tem larga experiência no trato com grandes produtores rurais no país. "Esse CRA tem um importante componente educativo. Mostra, entre outras coisas, que, para a agricultura, o mercado de capitais tem outras alternativas", diz.
Ortiz lembra que grandes produtores muitas vezes já não costumam recorrer a intermediários para a compra de insumos e máquinas, por exemplo. E que é preciso que esses grupos também tenham capacidade de ter seu risco percebido e qualificado de forma adequada pelo mercado financeiro, como aconteceu com o Scheffer.
Para isso, Ortiz elenca pontos importantes, tais como a implantação de uma contabilidade compartilhada dobrada, a emissão de relatórios contábeis auditados, a adoção de políticas de risco monitoradas e auditadas internamente e a separação clara entre gestão e propriedade.
Além disso, afirma o executivo do Itaú BBA, é indispensável um bom plano de negócio e muita disciplina. Em seus cálculos, todas essas medidas, traduzidas em boas práticas de governança corporativa, podem ser observadas, em maior ou menor escala mas de forma consistente , em um universo de 50 a 60 produtores rurais no país.
Como nota Martha de Sá, diretora comercial da Vert, que encerrou 2016 como a terceira maior securitizadora de CRA do país e participou da operação do Grupo Scheffer , área plantada, cultura, produtividade e capacidade de dar garantias também estão nessa equação.
Com mais grupos com esse perfil, o potencial de crescimento desse mercado certamente será multiplicado, desde que mantida a isenção tributária do CRA. A Vert, que foi a securitizadora da emissão da BRF, informa que, no total, foram emitidos pouco mais de duas dezenas de CRAs em 2016, que movimentaram, no total, cerca de R$ 10 bilhões.
Uma mudança de paradigma. É assim que Carlos Ortiz, diretor da divisão de Produtores Rurais do Itaú BBA, define a emissão de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) de R$ 93 milhões por parte do Grupo Scheffer, concluída recentemente pela instituição em parceria com o Rabobank e o Santander.
A operação chama menos a atenção pelo valor o Itaú BBA participou da emissão de um CRA de R$ 1,5 bilhão da BRF no ano passado do que pelo cliente, um grupo familiar do agronegócio dono de uma área de mais de 110 mil hectares ocupada por lavouras de grãos e pastagens no CentroOeste do país.
Daí a mudança de paradigma destacada por Ortiz, que já foi executivo do Rabobank e tem larga experiência no trato com grandes produtores rurais no país. "Esse CRA tem um importante componente educativo. Mostra, entre outras coisas, que, para a agricultura, o mercado de capitais tem outras alternativas", diz.
Ortiz lembra que grandes produtores muitas vezes já não costumam recorrer a intermediários para a compra de insumos e máquinas, por exemplo. E que é preciso que esses grupos também tenham capacidade de ter seu risco percebido e qualificado de forma adequada pelo mercado financeiro, como aconteceu com o Scheffer.
Para isso, Ortiz elenca pontos importantes, tais como a implantação de uma contabilidade compartilhada dobrada, a emissão de relatórios contábeis auditados, a adoção de políticas de risco monitoradas e auditadas internamente e a separação clara entre gestão e propriedade.
Além disso, afirma o executivo do Itaú BBA, é indispensável um bom plano de negócio e muita disciplina. Em seus cálculos, todas essas medidas, traduzidas em boas práticas de governança corporativa, podem ser observadas, em maior ou menor escala mas de forma consistente , em um universo de 50 a 60 produtores rurais no país.
Como nota Martha de Sá, diretora comercial da Vert, que encerrou 2016 como a terceira maior securitizadora de CRA do país e participou da operação do Grupo Scheffer , área plantada, cultura, produtividade e capacidade de dar garantias também estão nessa equação.
Com mais grupos com esse perfil, o potencial de crescimento desse mercado certamente será multiplicado, desde que mantida a isenção tributária do CRA. A Vert, que foi a securitizadora da emissão da BRF, informa que, no total, foram emitidos pouco mais de duas dezenas de CRAs em 2016, que movimentaram, no total, cerca de R$ 10 bilhões.