Congresso de Aviação Agrícola reúne especialistas em Sertãozinho-SP

08/09/2023 Noticias POR: Fernanda Clariano

O Brasil possui a segunda maior e uma das mais avançadas aviações agrícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e à frente da Argentina, Austrália, Canadá e outras potências do setor.

Recentemente a cidade de Sertãozinho, no interior de São Paulo, foi pelo terceiro ano palco do Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (Congresso AvAg). O evento reuniu no Pavilhão do Centro de Eventos Zanini, 182 expositores atraindo empresários, pilotos, agrônomos, produtores rurais, pesquisadores, autoridades governamentais e fornecedores do setor do Brasil e do exterior.

Foram três dias de imersão nas necessidades do setor e a programação incluiu palestras, debates e workshops. Dentre as temáticas: economia e política, gestão financeira, digitalização, gestão do tempo, boas práticas de aplicação e comunicação, além de exposição de aeronaves e equipamentos e demonstrações práticas de drones. O evento contou também com a presença de startups do agronegócio e lançamentos.

 

 

Além da atual presidente do Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola), Hoana Almeida Santos, a abertura do Congresso AvAg foi marcada pela presença de renomados nomes do setor, como o presidente da Fearca (Federação Argentina de Câmaras Agroaéreas), Juan Molina; da chefe da DAA (Divisão de Aviação Agrícola) do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, Uéllen Collato, do diretor de Novos Negócios da CSA, Luciano Cruz. Também se fez presente o representante do SNA (Sindicato Nacional das Aeronautas), Moisés Link; a assessora de Relacionamento com o Regulado da Anac,Melina Zaban; o prefeito de Sertãozinho, Wilson Fernandes Pires Filho (dr. Wilsinho), e o representante do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), Luís Antônio Corrêa Lucchesi.

 

A presidente do Sindag, na ocasião, ressaltou a importância do evento para que todos os braços do setor se encontrem, se comuniquem e permaneçam unidos frente ao cenário atual da aviação agrícola. A primeira mulher a assumir a presidência do Sindicato detalhou que a articulação, em casos como a proibição da aviação agrícola pelo Estado do Ceará, tem sido importante para desmitificar ideias falsas sobre o setor. “A feira é o momento para nos conectar, nos capacitar e levar isso aos negócios. Precisamos falar a mesma língua para que a nossa atividade continue crescendo”, comentou.

 

Uéllen Lisoski reforçou a importância do setor para a produção de alimentos no país e frisou que a intenção do poder público federal é estreitar o diálogo com produtores e o sindicato. “Nós literalmente alimentamos o mundo. O Brasil alimenta a si, mas também a outros 200 países. Nosso compromisso é com a sustentabilidade dessas cadeias e com certeza com a segurança alimentar. Estamos em um processo de revisão normativa muito importante e sensível, mas nosso compromisso é com o diálogo. Saibam que estamos sempre cientes do nosso compromisso e da nossa responsabilidade em impulsionar as cadeias produtivas e desenvolver o setor. Todos os anos eu vejo nesse evento muita tecnologia, mas a decisão de aplicar e fazer melhor está nas mãos de cada profissional”, observou.

 

Já Melina Zaban ressaltou que o evento é uma grande oportunidade para trocar experiências, conhecimento, visões de crescimento e afirmou que a Anac quer que a aviação cresça. “A gente vem trabalhando com todo modelo regulatório para possibilitar e auxiliar no crescimento desse setor, mas um crescimento com segurança. Sabemos que têm empresas, oficinas, produtores competentes e a ideia é trabalharmos juntos, conversar, dialogar e tentar levar o Brasil como referência mundial na excelência, na segurança da aviação civil”, disse.

Durante os três dias do evento, o Congresso AvAg recebeu cerca de 3,2 mil visitantes e um volume de transações que pode chegar a R$ 120 milhões, entre negócios fechados e negociações iniciadas.