Consultor da FAO considera Compromisso Nacional do setor sucroenergético ´exemplo` para outros países

07/11/2012 Geral POR: Unica
O Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, desenvolvido no Brasil pela indústria da cana em parceria com representantes dos trabalhadores e do governo federal, demonstra que “é possível investir no social, sem comprometer a economia.” A afirmação é do consultor da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Emílio Klein, durante o seminário “Políticas de mercado de trabalho e pobreza rural”, realizado nos dias 10 e 11 de outubro em Montevidéu, Uruguai.
No evento, que também teve a participação da consultora para Assuntos Trabalhistas da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elimara Assad Sallum, Klein enfatizou que a iniciativa setorial brasileira tem aspectos que valorizam o trabalho organizacional, podendo ser usado como exemplo para combater a pobreza agrária verificada na maioria dos países da América Latina.
 
Para a consultora da UNICA que representou o setor sucroenergético brasileiro no painel “Diálogo social, organizações de empregadores e trabalhadores - Papel do Estado,” o Compromisso é um modelo de padronização das melhores práticas trabalhistas no cultivo manual da cana-de-açúcar e representa significativa evolução nas relações de trabalho.

“O Compromisso é uma experiência aplicável em qualquer país, mas para tanto é necessário que exista amadurecimento e pró-atividade para que ocorra o diálogo entre os representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores. É a soma da experiência entre as partes envolvidas que faz da iniciativa um projeto bem sucedido,” destacou Sallum.
Promovido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), o Seminário teve como objetivo estimular o intercâmbio de políticas públicas entre Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Peru e Uruguai, de forma a superar a pobreza na área rural e permitir um melhor funcionamento do mercado de trabalho no campo.