Comportamento em países vacinados trará a tão sonhada previsibilidade de demanda
Nessa quarta-feira (17), a cotação do açúcar bruto com vencimento para março de 2021 voltou a quebrar barreiras de alta se aproximando dos 17,10 centavos de dólar por libra-preso. Depois de atingir a marca, o preço recuou e fechou o dia cotado a 16,96.
Umas das explicações para a valorização do adoçante está no fato dos fundos com posição comprada estarem rolando seus papéis para os contratos com vencimento para maio de 2021 lhes rendendo interessante margem e tendo como ponto de sustentação do lado da oferta os consumidores industriais, que em decorrência da pandemia estão com seus estoques apertados, comprando a matéria-prima em curtíssimo prazo, fazendo com que não tenham alternativa em pagar o preço.
Aliada a essa situação, há fatos mais palpáveis como quebras de produção nos grandes produtores asiáticos, a expectativa de diminuição da safra de cana brasileira (em decorrência das condições climáticas e também redução de área para soja) e a crise dos contêineres, gerando escassez no transporte do produto, o que pesa na decisão dos importadores na hora de se antecipar no mercado.
Desde maio de 2017 não se via posição igual, contudo ninguém é capaz de apontar se os preços vão superar a casa dos 20 centavos de dólar por libra-peso como há quatro anos ou recuarão, tudo indica que o fiel dessa balança serão os mercados consumidores que voltarem a sua rotina sem a pandemia, o que trará a tão sonhada previsibilidade de demanda.