O consumo de etanol hidratado em Minas Gerais cresceu 48% em janeiro de 2016, frente a igual período do ano anterior. De acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram consumidos 114,4 milhões de litros no Estado.
Apesar da alta anual, na comparação com dezembro de 2015, o volume de etanol comercializado recuou 25,83%, já que no último mês do ano anterior a demanda foi de 154,26 milhões de litros.
A queda se deve ao período de entressafra da cana-de-açúcar, o que elevou os preços do combustível renovável. A expectativa é de preços mais atrativos a partir de abril, quando começa a moagem da nova safra.
“Entramos no último mês da entressafra de cana-de-açúcar, ou seja, ainda estamos trabalhando com os estoques da produção de 2015/16. A nova safra de Minas Gerais vai engrenar a partir de 1º de abril. A expectativa é de redução dos preços ao produtor e, consequentemente, conforme esta redução for repassada pelos demais elos da cadeia, vai chegar ao consumidor”, explicou o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos (Foto).
O maior consumo em janeiro, na comparação com igual mês de 2015, se deve à redução de 19% para 14% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e dos reajustes nos preços do combustível fóssil, que passou a vigorar em março de 2015.
Antes da redução do imposto, o consumo de etanol era bem menor que o potencial produtivo instalado em Minas Gerais. Para se ter ideia, em janeiro de 2015 o volume de hidratado negociado era de 77,3 milhões de litros e agora alcançou 114,4 milhões de litros.
Devido ao período de entressafra, a paridade entre o etanol hidratado e a gasolina está desfavorável para o biocombustível, mas a tendência é que a partir de abril, os valores se tornem mais competitivos, com o início da safra de cana-de-açúcar.
Em janeiro, o valor médio do litro de etanol praticado nos postos de combustíveis em Minas Gerais, segundo os dados da ANP, foi de R$ 2,781, alta de 2,69% quando comparado com os R$ 2,708 praticados em dezembro. O preço mínimo registrado em janeiro foi de R$ 2,459 e o máximo de R$ 3,299 por litro.
Em relação a gasolina, o preço do etanol encerrou o período representando 75% do valor médio do litro do combustível fóssil, que foi de R$ 3,707. Para se tornar competitivo, o preço do etanol deve representar no máximo 70% dos valores pagos pela gasolina.
“Nossa expectativa é de um retorno expressivo do consumo de etanol no Estado. Hoje, a relação de preços entre a gasolina e o etanol está em torno de 78% em Minas e em Belo Horizonte em 80%. A relação não é muito diferente das demais regiões do País, como, por exemplo, São Paulo, maior produtor nacional, onde a paridade está em 77%. Estamos passando pelo final da entressafra onde etanol não está viável, mas temos consumo bem interessante e consistente, acima de 100 milhões de litros ao mês”, explicou Campos.
Mesmo com os preços menos competitivos que os da gasolina, Campos atribui o maior consumo de etanol a alguns fatores, como a renda familiar menor em função da crise econômica, o que faz com que os consumidores comprem um combustível de menor valor.
Também favorece o consumo do etanol, a percepção dos consumidores em relação ao desempenho dos veículos, que podem ser mais eficientes com o etanol que a relação estabelecida de 70% entre os valores do biocombustível e a gasolina. Além disso, existe uma parcela de consumidores que, independente do preço, priorizam o consumo do biocombustível pela consciência ambiental e social.
Em relação à safra 2016/17, o clima está favorável ao desenvolvimento da cana-de-açúcar. “Esperamos que o ano seja positivo para o setor, para que as empresas se recuperem dos prejuízos acumulados nos últimos anos”, disse Campos.
O consumo de etanol hidratado em Minas Gerais cresceu 48% em janeiro de 2016, frente a igual período do ano anterior. De acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram consumidos 114,4 milhões de litros no Estado.
Apesar da alta anual, na comparação com dezembro de 2015, o volume de etanol comercializado recuou 25,83%, já que no último mês do ano anterior a demanda foi de 154,26 milhões de litros.
A queda se deve ao período de entressafra da cana-de-açúcar, o que elevou os preços do combustível renovável. A expectativa é de preços mais atrativos a partir de abril, quando começa a moagem da nova safra.
“Entramos no último mês da entressafra de cana-de-açúcar, ou seja, ainda estamos trabalhando com os estoques da produção de 2015/16. A nova safra de Minas Gerais vai engrenar a partir de 1º de abril. A expectativa é de redução dos preços ao produtor e, consequentemente, conforme esta redução for repassada pelos demais elos da cadeia, vai chegar ao consumidor”, explicou o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos (Foto).
O maior consumo em janeiro, na comparação com igual mês de 2015, se deve à redução de 19% para 14% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e dos reajustes nos preços do combustível fóssil, que passou a vigorar em março de 2015.
Antes da redução do imposto, o consumo de etanol era bem menor que o potencial produtivo instalado em Minas Gerais. Para se ter ideia, em janeiro de 2015 o volume de hidratado negociado era de 77,3 milhões de litros e agora alcançou 114,4 milhões de litros.
Devido ao período de entressafra, a paridade entre o etanol hidratado e a gasolina está desfavorável para o biocombustível, mas a tendência é que a partir de abril, os valores se tornem mais competitivos, com o início da safra de cana-de-açúcar.
Em janeiro, o valor médio do litro de etanol praticado nos postos de combustíveis em Minas Gerais, segundo os dados da ANP, foi de R$ 2,781, alta de 2,69% quando comparado com os R$ 2,708 praticados em dezembro. O preço mínimo registrado em janeiro foi de R$ 2,459 e o máximo de R$ 3,299 por litro.
Em relação a gasolina, o preço do etanol encerrou o período representando 75% do valor médio do litro do combustível fóssil, que foi de R$ 3,707. Para se tornar competitivo, o preço do etanol deve representar no máximo 70% dos valores pagos pela gasolina.
“Nossa expectativa é de um retorno expressivo do consumo de etanol no Estado. Hoje, a relação de preços entre a gasolina e o etanol está em torno de 78% em Minas e em Belo Horizonte em 80%. A relação não é muito diferente das demais regiões do País, como, por exemplo, São Paulo, maior produtor nacional, onde a paridade está em 77%. Estamos passando pelo final da entressafra onde etanol não está viável, mas temos consumo bem interessante e consistente, acima de 100 milhões de litros ao mês”, explicou Campos.
Mesmo com os preços menos competitivos que os da gasolina, Campos atribui o maior consumo de etanol a alguns fatores, como a renda familiar menor em função da crise econômica, o que faz com que os consumidores comprem um combustível de menor valor.
Também favorece o consumo do etanol, a percepção dos consumidores em relação ao desempenho dos veículos, que podem ser mais eficientes com o etanol que a relação estabelecida de 70% entre os valores do biocombustível e a gasolina. Além disso, existe uma parcela de consumidores que, independente do preço, priorizam o consumo do biocombustível pela consciência ambiental e social.
Em relação à safra 2016/17, o clima está favorável ao desenvolvimento da cana-de-açúcar. “Esperamos que o ano seja positivo para o setor, para que as empresas se recuperem dos prejuízos acumulados nos últimos anos”, disse Campos.