Maity lança açúcar especial em 2013

16/08/2012 Açúcar POR: Imperatriz Noticias
"Cor morena", rico em minerais e um sabor aveludado no café. Este é o Maity Ouro - novo açúcar desenvolvido pela empresa da Maity Bioenergia com previsão de lançamento para 2013. "É um açúcar nobre! Esse produto foi testado por 25 gourmets de São Paulo e superou todos os açúcares no mercado", comentou Antônio Celso Izar, presidente da Maity.
 
Ainda, no próximo ano, a Maity pretende iniciar um programa para irrigar 10 mil hectares ao final de cinco anos, que equivale a 16 mil hectares de cana de sequeiro. "Este projeto vai custar só de investimento em irrigação R$ 60 milhões. E quando estiver tudo irrigado, a nossa produtividade vai superar a de São Paulo em 30% ou até 40%. Nós vamos competir com cana de 120 toneladas anualmente", revelou Celso Izar.
 
Também, a Maity possui planos de expansão no Estado. A perspectiva é atingir em 2014 uma área produtiva de 12 mil hectares, com uma capacidade de moagem para 1,2 milhão de tonelada de cana e uma produção de 50 mil m³ de etanol e 1,2 milhão de sacas de açúcar.
 

Lavoura
 
Hoje, a Maity possui uma área plantada de 6.500 hectares de cana-de-açúcar, tendo uma meta anual a ser alcançada de 1.800 hectares. Este ano já foram cultivados mil hectares, faltando apenas 800 hectares para atingir o objetivo. A produção deve chegar a 450 mil toneladas de cana, 550 mil toneladas em 2013 e 1,2 milhão em 2014.
 Na lavoura, em período de plantio e colheita, trabalham 900 trabalhadores rurais, com predominância de mulheres no plantio e na colheita, homens. Atualmente, o plantio e colheita são realizados manualmente. No entanto, a Maity caminha para o corte mecanizado da cana. Para o gerente agrícola Leandro Gomes de Oliveira, é um caminho sem volta. "Vamos diminuir a mão-de-obra braçal, mas as pessoas vão se qualificando e um cortador de cana poderá ser o operador de uma máquina, uma colhedora, uma plantadora de cana ou ser mecânico", declara.
 
Com a mecanização, será eliminada a queima do canavial, ainda praticada, para melhorar as condições de trabalho e aumentar o rendimento do colaborador. Entre os trabalhadores rurais que trabalhavam na área de plantio visitada, estava Francisco Edivaldo Santana, conhecido como seu Didi. Ele trabalha na Maity desde 2001 no plantio e colheita da cana e se diz satisfeito com o trabalho e com a empresa. "Aqui tá bom demais, trabalhei muito tempo em cerraria e não recebia direito nenhum, aqui recebo todos os meus direitos certinhos", conta com satisfação.
 Sobre as condições para o bom desempenho da cana na região de Campestre, Leandro Gomes fala que os solos da região são extremamente ricos, o clima é propício, com muito sol, ou seja, muita luminosidade, chove razoavelmente durante o ano e tem muita água para irrigação.
 

Trajetória
 
Localizada em Campestre no Maranhão, a Maity Bioenergia foi fundada em 1985 pelo engenheiro agrônomo Antonio Celso Izar. O projeto é fruto do Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool). Na época, foram financiadas 25 unidades no território brasileiro, porém a Maity é a única que ainda está em funcionamento.
 Segundo o presidente da Maity, Antonio Celso, a escolha do Maranhão e, especificamente a região, se deu por o Estado reunir todas as condições favoráveis para o negócio. "Eu procurei no Brasil inteiro condições de aptidão agrícola, semelhantes às melhores de São Paulo, busquei também um mercado que fosse absolutamente desabastecido e com uma logística perfeita. Então, a escolha do Maranhão foi porque ele reunia todas estas condições. Escolher o local de um projeto é mais da metade do seu sucesso", afirma.
 O nome Maity significa "cana-de-açúcar" na língua indígena dos Carajás e traduz a essência do trabalho desenvolvido pela empresa. Com o slogan "energia que alimenta e movimenta", a usina é a única que produz açúcar no Maranhão, atendendo predominantemente Imperatriz e São Luís.
 
Ao longo de 27 anos de trajetória no Estado, a Maity incrementa a economia de Campestre e região. Além dos empregos diretos, a unidade já possui em seu quadro cerca de 60 profissionais com nível superior.