PRESTAÇÃO DE CONTAS

22/08/2019 Etanol POR: Revista Canavieiros
Por: Marino Guerra
 
O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar do Setor Sucroenergético, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), esteve na tarde de hoje, acompanhado pelos colegas de câmara e também integrantes do grupo político, Franco Cartafina (Progressistas-MG) e Geninho Zuliani (Democratas-SP), liderando um painel sobre as perspectivas do segmento durante a Fenasucro 2019.
 
Os legisladores falaram das ações, conquistas e metas nas fileiras do parlamento, dentre as quais foram destacadas a aprovação da posse de arma ao longo de toda extensão da propriedade, em votação ocorrida na noite de ontem.
 
Jardim também lembrou da lei do RenovaBio e todo o trabalho de defesa ao longo do processo de regulamentação. Outra conquista destacada foi a inclusão dos incentivos no desenvolvimento de motores a etanol dentro do programa Rota 2030, a qual havia sido excluído o bicombustível do texto original.
 
Sobre o que está por vir, ele enumerou seis metas. A primeira relacionada ao comércio exterior, destacando o importante momento de negociação com os Estados Unidos no vencimento da taxa de importação do etanol (final de agosto), onde a frente defende uma abertura no mercado de açúcar ianque como contrapartida pela não renovação da proteção.
 
Como segunda meta foi destacada a polêmica sobre a venda direta, (sem distribuidora), de etanol, que vem gerando opiniões controvérsias dentro do setor. Perante isso o parlamentar informou que a frente vai trabalhar para estabelecer um sistema que garanta um claro equilíbrio fiscal.
 
A questão ambiental, a qual Jardim apontou que passa por um momento delicado em decorrência da guerra de falta de informação é o terceiro ponto de luta. Nesse cenário de trincheiras ele informou que duas batalhas deverão acontecer em breve em Brasília, as leis dos cultivares e agroquímicos.
 
Para finalizar, ele destacou a questão da eletrificação da frota a qual entusiastas dos carros plugados tentam emplacar incentivos, contudo sem considerar questões ambientais importantes, como a destinação correta das baterias ao final de sua vida útil.
 
Já Franco Cartafina criticou de maneira veemente o fato do Senado ter tirado da Medida Provisória 881 (Liberdade Econômica) a parte que falava sobre o trabalho de domingo. “Eu não consigo entender posturas como essa, num país com essa quantidade de desempregados, eles deixam de contemplar uma lei que criaria mais turnos, ninguém está obrigando o colaborador a trabalhar sem parar”.
 
Ele também abordou o rigor da lei e fiscalização do transporte de cana, em especial no Triângulo Mineiro, que está onerando em demasia o setor, “vamos fazer uma audiência pública em Brasília para mostrar o que está acontecendo na realidade e conto com o apoio de todos vocês para arrumarmos essa deformidade”.
 
Em sua primeira legislatura e também vindo de uma região pouco agrícola (Ribeirão Pires-SP), Geninho Zuliani diz que se considera um aluno do professor Arnaldo Jardim, e que cada voto dele relacionado ao setor, vale por dois, pois segue os ensinamentos de seu mestre.