Copercana desenvolve campo de ensaio de novas cultivares de amendoim

26/02/2021 Noticias do Sistema POR: MARINO GUERRA

O pesquisador do IAC, Ignacio José de Godoy, analisa o clone IAC 1120, variedade com potencial para vir a se transformar na futura OL 7

Sabendo que a melhoria genética é uma das principais vertentes na busca constante pelo avanço da qualidade e produtividade na cultura do amendoim, a Copercana, através de seu corpo técnico, implementa todos os anos um campo de testes com as variedades mais promissoras.

Nele entram basicamente materiais que ainda não foram lançados comercialmente, sendo seu desempenho fundamental na decisão de dar continuidade ao processo passando para a fase de multiplicação de sementes.

Segundo o agrônomo e responsável técnico do “Projeto Amendoim” da Copercana, Edgard Matrangolo Júnior, são observados o caráter produtivo, de resistência (tanto ao stress hídrico como ao ataque de pragas e doenças), o formato (seguindo os padrões industriais) e a qualidade de cada perfil genético.

“A OL-03, variedade mais cultivada pelos participantes do projeto, passou por esse processo, mesma coisa da OL-05, uma cultivar que já está em processo de multiplicação de semente a qual eu vejo muito potencial para ajudar os produtores na sua missão de crescer a produtividade sem esquecer da qualidade”, completou Matrangolo.

Todo trabalho tem o apoio e acompanhamento dos programas de melhoramento que fornecem as sementes e contribuem com o conhecimento científico de seus respectivos times, orientando na metodologia de formação dos canteiros, cultivo e colheita, além de também analisar a expressão das potencialidades esperadas.

Como é o caso do pesquisador científico do IAC, Ignacio José de Godoy, que ao visitar a área da Copercana comentou que o trabalho está inclinado em elevar a resistência principalmente quanto a suscetibilidade aos fungos, o que refletiria positivamente na planilha de custos dos produtores.

Outro centro de desenvolvimento presente é o da Embrapa, que busca, além de encontrar variedades para as regiões tradicionais, plantas que se adaptem melhor ao Cerrado, o que abriria uma janela importante no sentido de ganho de áreas em outros estados, tendo em vista que hoje a lavoura ocupa cerca de 170 mil hectares, sendo 90% deles no Estado de São Paulo.

IAC OL 5 que já está no estágio de multiplicação de sementes e possivelmente na safra que vem ganhará novas áreas

Cultivares da Embrapa, que além de focar no desenvolvimento genético para as regiões tradicionais, também trabalha para inserir a cultura no cerrado