Copercana e Canaoeste mostram sinergia na recomposição florestal

01/07/2021 Noticias POR: MARINO GUERRA

Com o fornecimento de mudas da Copercana e assessoria ambiental da Canaoeste, produtor de Jardinópolis executa projeto de recomposição de APP

 

No final de 2020, o produtor de Jardinópolis, Gustavo Guimarães Lamonato, iniciou um projeto de recuperação de APP (Área de Preservação Permanente) de 3,5 hectares cuja maior parte da área planejada está localizada às margens de um córrego que corta a propriedade dominada até então pela presença de um denso matagal.

Com a assistência jurídica da Canaoeste, para deixar tudo correto perante a lei antes de executar o trabalho (metragem da área de preservação permanete e aceiros), e posteriormente do time de consultores técnicos ambientais, foram mapeadas as áreas de reforma e definidos os manejos.

Posteriormente, os profissionais realizaram a escolha das espécies que seriam plantadas baseados no estudo do bioma em que a propriedade está inserida, definido como área de transição entre mata atlântica e cerrado, e conforme o seu grupo ecológico sucessional (espécies pioneiras, de crescimento rápido; espécies secundárias, que tem capacidade de germinar na sombra; e espécies climáticas, de crescimento mais lento).

Finalizado o projeto, foi a hora de colocar a mão na massa, executando o preparo do solo, a adubação, o coroamento das mudas plantadas (remoção da vegetação rasteira exótica), o controle das formigas cortadeiras, a construção e manutenção dos aceiros, o plantio das mudas de espécies nativas regionais (que consiste na formação das covas) e o controle do capim exótico com e sem potencial de invasão.

Lembrando que o produtor precisa trabalhar na manutenção da área até que as árvores atinjam determinado tamanho e consigam se desenvolver sozinhas.

Para cobrir toda área (até o mês de maio havia sido feita quase metade do planejado, ficando o restante para quando as águas voltarem) serão necessárias quase seis mil mudas que serão plantadas obedecendo o espaçamento 3x2, ou seja, três metros entre as linhas e dois entre as covas da mesma linha.

 

Os profissionais da Canaoeste, Fábio Soldera e Artur Tufi ao lado do produtor Gustavo Guimarães Lamonato e seu filho Lucas Brauer Guimarães Lamonato

 

E, segundo o assistente ambiental da Canaoeste, Artur Tufi, a busca de mudas sadias e resistentes é um dos grandes desafios na hora de fazer recomposição florestal de uma área. No caso da Fazenda Paraíso, em três áreas distintas ele fez uso de materiais vindos de três viveiros diferentes, plantados quase de maneira simultânea.

Ao observar o desempenho, a área preenchida com as plantas adquiridas na Copercana, estão apresentando um desenvolvimento muito acima se comparada com as outras duas.

Segundo o gerente de geotecnologia da Canaoeste, Fábio Soldera, além da qualidade com que a planta é trabalhada no viveiro, a Copercana realiza um trabalho de rusticidade dela, que nada mais é que sua ambientação das condições encontradas quando ela for plantada, fazendo com que fique mais resistente às adversidades climáticas.

Além de controlar a volta do mato e as formigas, o produtor também precisa estar atento quanto a irrigação da área, em seu estágio pós-plantio as plantas necessitam de bastante água até conseguirem criar raízes do tamanho suficiente para encontrar umidade a distâncias mais longas.

Além das obrigações legais

Cuidar da mata da fazenda é um trabalho presente por gerações da família Lamonato. Na propriedade adquirida pelo avô de Gustavo, a quantidade de reserva (tanto legal como APP) é muito acima do percentual que ele teria a obrigação de preservar segundo a lei.

Por isso, ao caminhar pela propriedade, percebe-se um capricho especial na manutenção dos aceiros e na execução de um serviço de qualidade de recomposição das APPs.

Mas, mesmo com todos os cuidados, o produtor conta que já foi vítima de incêndios e que infelizmente, por ter muita área verde, não conseguiu proteger ela por completo. Porém, em virtude do preparo preventivo evitou problemas mais graves.

Para se corrigir essa grande injustiça que acontece nas fazendas Brasil afora, a expectativa é de que em breve produtores como Lamonato transformem o patrimônio ambiental que mantêm, sem obrigação nenhuma, em suas propriedades, de um passivo, que lhe pode gerar punições exorbitantes, num ativo que lhe traria uma renda pelo CO2 que sua mata retira da atmosfera, isso sem contar a cana.

O mesmo cuidado com que cuida da lavoura, os Lamonato também tem com as áreas de reserva