A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, fundada em 19 de maio de 1.963, surgiu com a necessidade de unir os agricultores da região e promover a mais ampla defesa de seus interesses econômicos. Em Assembleia de Constituição, foi eleito o primeiro Conselho de Administração da Cooperativa, assim descrito: presidente – Silvio Borsari; secretário – Pedro Strini e gerente – Oswaldo Ortolan. Para o Conselho Fiscal Efetivos, foram eleitos: Manoel Antonio de Carvalho, Walcy Barbosa Machado e Carlos Guidi e Suplentes: Antonio Maximiano Junqueira, Gabriel José Pinto e Rubens Antonio Bighetti.
Após um ano, o Sr. Silvio Borsari solicitou afastamento do cargo de presidente, sendo eleito como seu sucessor, o Sr. Arlindo Antonio Sicchieri, que ocupou este cargo até 1968, quando o então cooperado Fernandes dos Reis assumiu a Presidência da cooperativa.
Foram realizadas as inaugurações dos postos de combustíveis e das lojas de ferragens em Sertãozinho e Pontal.
Nesta época nascia a Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana de Sertãozinho (inicialmente chamada Cocred) a fim do cumprimento da Lei n. 4870/1965, que tratava das taxas de financiamento, assistência social e associativismo que o fornecedor de cana recolhia via usinas de açúcar para o IAA (Instituto do Açúcar e Álcool), criado em 1933 para equilibrar e regulamentar a produção de açúcar e álcool. O instituto foi extinto em 1990.
1960 - 1969
A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, fundada em 19 de maio de 1.963, surgiu com a necessidade de unir os agricultores da região e promover a mais ampla defesa de seus interesses econômicos. Em Assembleia de Constituição, foi eleito o primeiro Conselho de Administração da Cooperativa, assim descrito: presidente – Silvio Borsari; secretário – Pedro Strini e gerente – Oswaldo Ortolan. Para o Conselho Fiscal Efetivos, foram eleitos: Manoel Antonio de Carvalho, Walcy Barbosa Machado e Carlos Guidi e Suplentes: Antonio Maximiano Junqueira, Gabriel José Pinto e Rubens Antonio Bighetti.
Após um ano, o Sr. Silvio Borsari solicitou afastamento do cargo de presidente, sendo eleito como seu sucessor, o Sr. Arlindo Antonio Sicchieri, que ocupou este cargo até 1968, quando o então cooperado Fernandes dos Reis assumiu a Presidência da cooperativa.
Foram realizadas as inaugurações dos postos de combustíveis e das lojas de ferragens em Sertãozinho e Pontal.
Nesta época nascia a Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana de Sertãozinho (inicialmente chamada Cocred) a fim do cumprimento da Lei n. 4870/1965, que tratava das taxas de financiamento, assistência social e associativismo que o fornecedor de cana recolhia via usinas de açúcar para o IAA (Instituto do Açúcar e Álcool), criado em 1933 para equilibrar e regulamentar a produção de açúcar e álcool. O instituto foi extinto em 1990.
1970-1979
No início desta década, o Conselho Fiscal da Copercana começou a contar com a participação de Antonio Eduardo Tonielo e em 1972 assumiu os cargos de diretor gerente da Copercana e da Cocred ao lado do presidente Fernandes dos Reis e do diretor-secretário, Dr. José Domenici, 1º tesoureiro da Canaoeste (fundada em 1945) e diretor representante da Copercana no Hospital Netto Campello. Nesta época a instituição possuía aproximadamente 615 cooperados.
O grande salto para os negócios da Copercana foi o contrato com o IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), realizado através da Cocred por intermédio do Banco do Brasil, para capital de giro e aquisição de equipamentos agrícolas. Na época foi repassado o valor de Cr$ 53 milhões e com isto, mais 300 caminhões, 500 tratores e 2 mil implementos agrícolas foram financiados aos cooperados.
A Copercana, firmou com o Banco do Brasil, através do aval do IAA e recursos oriundos do Decreto Lei 1266 de 26/03/73 artigo 2º item 5, que disponibilizou financiamentos aos cooperados para a aquisição de mais caminhões, tratores, carregadeiras e implementos agrícolas, na ordem de aproximadamente Cr$ 65 milhões. As condições para pagamento oferecidas pelo IAA eram de seis anos, com três anos de carência e juros de 8% ao ano.
Neste período também foram iniciados os trabalhos na Unidade de Armazenamento de Fertilizantes (posteriormente denominado Uname - Unidade de Grãos) à Rua Washington Luiz, em Sertãozinho, que logo passou a atuar em novo endereço, à Rodovia SP 322, km 1 também em Sertãozinho, oferecendo aos cooperados um espaço para o armazenamento, beneficiamento e comercialização da produção de amendoim com equipamentos e serviços exclusivos que foram criados na época e a distribuição e aplicação de calcário, tornando a Copercana a única cooperativa do país a prestar esta assistência até hoje.
A Copercana ainda iniciou o laboratório de solo para os cooperados, oferecendo serviços de análises de solo, fertilizantes, registro de resíduos agrícola, esterco, torta de filtro, calcário e físico de solo.
1980-1989
Vários outros acontecimentos marcaram a história da evolução da Copercana, entre eles a safra 1983/1984, quando houve a implantação do Sistema de Cana pelo teor de sacarose. Ainda nesta mesma época, tanto a cooperativa quanto a associação montaram um departamento técnico, onde engenheiros agrônomos, técnicos e químicos foram contratados para oferecer ferramentas necessárias aos seus cooperados. Aqui a Copercana contava com aproximadamente 2 mil cooperados;
Nesta época aconteceram várias inaugurações, entre elas as lojas de ferragens em Cravinhos, Pitangueiras e Serrana, as lojas de magazine em Cravinhos, Pitangueiras e Sertãozinho e a reinauguração do posto de combustíveis de Sertãozinho.
Outro fato importante para a cooperativa foi o início das atividades da Fazenda Santa Rita, que produz mudas de cana em Terra Roxa e a aquisição do sítio na Água Vermelha (Capril) para a criação de animais (venda e comercialização de matrizes e reprodutores). É um confinamento voltado para os cooperados que criam ovinos na região e ainda há a comercialização de mudas de árvores frutíferas e ornamentais.
Além disso foi realizada a construção do complexo para armazenagem de grãos (soja e milho), com capacidade para 24 mil toneladas e experimentos junto ao IAA de cultura intercalar à cana-de-açúcar, com plantio de feijão, tomate, rabanete, milho, entre outros, com o objetivo de melhorar a rentabilidade do pequeno produtor.
1990-1999
Nesta década a Copercana, mais uma vez, se fez presente na vida dos cooperados e realizou inaugurações, como os Supermercados Copercana em Pitangueiras e Sertãozinho e a loja de ferragens e magazine em Severínia.
Com a morte do presidente Fernandes dos Reis, em 1999, Antonio Eduardo Tonielo assumiu a presidência, dando continuidade ao trabalho realizado até então.
O incentivo aos programas de melhoramento genético em cana-de-açúcar, assim como a organização de movimentos e passeatas para reivindicar melhores condições de trabalho aos produtores rurais fizeram parte da história da cooperativa.
2000-2009
Pensando na comodidade de seus cooperados, na segurança e na garantia de bons preços e produtos, nesta época, a Copercana inaugurou o posto de combustíveis em Pitangueiras, reinaugurou o seu posto de combustíveis em Sertãozinho, abriu um escritório de intermediação de vendas de insumos em Uberaba/MG, inaugurou dois Supermercados, nas cidades de Pontal e Serrana, e ainda reinaugurou a Loja de Departamentos em Serrana. Além disso, se fez presente com lojas de ferragens e magazine nas cidades de Uberaba/MG e Campo Florido/MG.
Neste período também foi realizado o primeiro Agronegócios Copercana, feira exclusiva aos cooperados do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, que reúne as melhores empresas parceiras da cooperativa, proporcionando bons negócios.
A Copercana também implantou um projeto com a cultura de amendoim, visando atender as necessidades dos produtores, ampliando a capacidade de recebimento, armazenamento e beneficiamento, para atender ao mercado que tornou-se cada vez mais exigente.
A Incorporação da Coopervam (Cooperativa Agropecuária do Vale do Mogi-Guaçú), com sua matriz em Descalvado e filiais nas cidades de Santa Rita do Passa Quatro, Porto Ferreira, Santa Cruz das Palmeiras e Santa Rosa do Viterbo, foi também um dos acontecimentos que marcou esta década. Após a incorporação, a Copercana reinaugurou a loja de ferragens e magazine em Santa Rosa de Viterbo e inaugurou sua loja em Descalvado.
A Copercana consciente da importância de incentivar ações e atividades que promovam o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental dentro da comunidade em que está inserida, fundou em parceria com a Canaoeste e Sicoob Cocred, a BioCoop, departamento responsável pela separação dos resíduos recicláveis descartados pelos colaboradores do Sistema.
Neste período também foi realizado a construção do “biodigestor anaeróbio” seguido de lagoa, destinado ao tratamento dos resíduos líquidos gerados no sistema de esgoto da Uname, que, dentre outras vantagens, tem o atendimento de uma demanda energética (biogás) e produção de biofertilizante. Com os resíduos sólidos resultantes do beneficiamento do amendoim, criou-se o canteiro de compostagem.
Dentre os inúmeros feitos, a Copercana se orgulha em poder contribuir com questões sociais e filantrópicas, realizando inúmeras ações que beneficiam entidades assistenciais, hospitais e famílias carentes. Uma destas ações é o tradicional jantar beneficente realizado desde 2007, em prol do Projeto da Fundação Pio XII (Hospital de Câncer de Barretos).
2010-2013
Buscando sempre consolidar o sistema cooperativista dentro de sua comunidade, através de melhores condições de preço e qualidade no atendimento, neste período, a Copercana iniciou o processo de Certificação de suas Unidades Armazenadoras, inaugurou as lojas de ferragens em Morro Agudo e Ituverava, assim como o Supermercado Copercana de Jaboticabal e o Auto Center em Sertãozinho, para completar os serviços oferecidos pela cooperativa, como: alinhamento e balanceamento, suspensão, freios e escapamento, venda e montagem de pneus, troca de bateria/paleta e prestação de serviços para automóveis da Copercana.
Também realizou a reforma do Data Center (Informática) e a reinauguração das lojas de ferragens e magazine de Sertãozinho, oferecendo aos seus clientes e cooperados um ambiente climatizado e estacionamento próprio. A nova estrutura conta hoje com 2.611 m² de área total, sendo aproximadamente 1.100 m² de área de vendas, área suficiente para deixar expostos todos os produtos disponíveis na loja e também abrigar novos caixas, facilitando a compra dos clientes. No espaço separado para ferragens, cooperados e clientes encontrarão vários produtos para as atividades da lavoura, como: sementes, corretivos, fertilizantes, adubos foliares, ferragens, defensivos, produtos veterinários, selaria, máquinas e implementos. Já no espaço reservado para o magazine estão expostos produtos para casa, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, artigos para cama, mesa e banho, além de uma linha de presentes.
A Copercana valoriza os seus mais de seis mil cooperados porque sabe que eles são os protagonistas dessa história, que prestigiam e contribuem para o crescimento da cooperativa ao se utilizarem de seus produtos e serviços. E é por este motivo que em 2013 a Copercana está comemorando seus 50 anos de existência, com orgulho em poder fazer parte do dia-a-dia dos cooperados, através das benfeitorias que vem realizando ao longo desses anos, fruto de muito trabalho, dedicação e luta constante.
Desta maneira, pretende-se fazer ainda mais para os seus cooperados e através dessa filosofia e idealismo, dar continuidade aos seus trabalhos com muito respeito e transparência, sempre seguindo o propósito de aperfeiçoar o crescimento das atividades e fortalecer a Copercana dentro do cooperativismo.
Depoimento
Antônio Matheus Benelli – 77 anos
“Naquela época as coisas eram mais difíceis. A nossa maior dificuldade eram os problemas com cana nas usinas, pois elas eram bem mais exigentes. A usina não moía e a gente dependia da cooperativa, que estava ao nosso lado e realizava financiamentos, o que nos ajudou muito.
Ver tudo isso hoje é motivo de alegria, é bom ver esse crescimento, pois a cooperativa desde sua fundação, nos ajuda, nos dá crédito e apoio. Somos sempre bem atendidos e conquistamos a amizade e a confiança desde os mais antigos até os mais novos dentro da cooperativa”.
Nelson Matheus Benelli – 88 anos
“Antigamente tudo era barato, porém mais difícil de ganhar, vivíamos “apertado”, mas precisávamos de ajuda, sabíamos que podíamos contar com o banco (atual Sicoob Cocred) e, logo depois, começamos a trabalhar com a cooperativa. Tivemos muitas dificuldades para vencer, mas não foi tão ruim assim. As maiores dificuldades eram os financiamentos próprios. Depois que a cooperativa engrenou melhorou muito para nós.
Uma vez precisei de um caminhão e a Copercana arrumou para mim, facilitando a minha atividade. Foi e é muito bom ter participado do começo da cooperativa e ver que hoje não temos dificuldades de vender a nossa produção, pois ela nos ajuda muito. Antigamente precisávamos sair procurando para vender e era difícil, hoje eu entrego minha produção para a cooperativa e posso dormir tranquilo”.
Remoaldo Dândaro – 78 anos
“A cooperativa tem sido muito legal e honesta com a gente. Os funcionários sempre foram bons e nos atendem com muito carinho e respeito. Lembro-me que na época, em que o ex-presidente, Fernandes dos Reis faleceu, muita gente achava que a cooperativa iria acabar e graças a Deus não acabou. O Toninho Tonielo quando assumiu, levou a Copercana para frente com muita raça e esta aí até hoje, pelo jeito vai permanecer, porque time que está ganhando não se mexe.
Recordo-me que uma vez precisei comprar um trator e fui falar com o Toninho e, sem pensar, me arrumou o direito total do trator, o que me possibilitou fazer uma boa colheita de amendoim e conseguir quitar minha dívida.
Teve uma época em que tínhamos que receber, além do pagamento da cana, um reajuste, e encontramos dificuldades para conseguir receber este dinheiro, mas o Fernandes dos Reis, muito exigente, lutou pelos fornecedores e conseguiu fazer com que todos recebessem o valor que lhe cabia. E desde essa época vi que a Copercana era algo confiável e que tinha alguém para nos representar e nos ajudar a lutar pelos nossos direitos”.
“No ano de 1964, (um ano após ser fundada), nós passamos por um período de dificuldade, pois as usinas estavam prejudicando os fornecedores, mas apesar de tudo, pudemos contar com o auxílio da Copercana.
O Fernando dos Reis e o Toninho Tonielo fizeram muitas coisas boas, além de nos apoiarem, eles trouxeram o Hospital que dava atendimento aos fornecedores e seus funcionários. Quando começamos a plantar amendoim, ela nos incentivou com produtos e comprando a nossa produção.
Nessa época já contávamos com o apoio de agrônomos e isso foi e é muito bom.
Passados esses 50 anos eu acredito que obtivemos o sucesso na cooperativa porque ela se desenvolveu bastante, fez e continua fazendo tudo o que pode pelos seus cooperados. Hoje somos uma família”.
Zequim Vanzella -
90 anos
Eu me lembro de quando a cooperativa funcionava num barracão na rua Epitácio Pessoa, era bem pequeno e hoje está enorme. Eu gostava muito de comprar roupas e cobertores na Copercana. Hoje quando preciso de algo, sempre peço para os meus netos buscarem no supermercado da Copercana. É muito bonito ver que está crescendo a cada dia e tomara a Deus que ela cresça ainda mais.