O futuro da Usina São Fernando, em recuperação judicial desde 12 de abril de 2013, será decidido pelos credores da empresa no dia 9 de março, quando acontece a Assembleia Geral determinada pelo juiz Jonas Hass da Silva Júnior, da 5ª Vara Cível da Comarca de Dourados. Os credores vão se reunir a partir das 9h no Cerrado Brasil, na Avenida Albino Sotolani, 2480, para decidir, entre outras coisas, se aceitam uma proposta de venda da empresa.
No plano de recuperação judicial estão presentes as empresas São Fernando Açúcar e Álcool Ltda; São Fernando Energia I Ltda; São Fernando Energia II Ltda; São Marcos Energia e Participações Ltda; São Pio Empreendimentos Participações Ltda e Vinicius Coutinho Consultoria e Perícia S/A Ltda, esta última administradora do processo por ordem da Justiça.
A assembleia de credores já havia sido convocada para o dia 17 de novembro de 2016, quando iria decidir os rumos da usina que está mergulhada em dívidas que já beiram os R$ 3 bilhões em juros e empréstimos bancários, encargos trabalhistas, fiscais, com fornecedores e com parceiros em arrendamento de terras para o cultivo da cana-de-açúcar. No entanto, um dos credores conseguiu cancelar a assembleia através de um Mandado de Segurança e uma nova data foi marcada, agora para o dia 9 de março.
A situação da empresa está cada vez mais complicada porque a São Fernando, de propriedade da família Bumlai, está no olho da Operação Lava Jato, sobretudo em virtude da facilidade que encontrou no governo de Luiz Inácio Lula da Silva para receber gigantescos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), hoje o principal credor da empresa.
Especialista no setor sucroenergético ouvidos pela reportagem afirmam que a situação da usina é insustentável. Pedindo para não ser identificado, um desses especialistas, que mantém negócios com a São Fernando, explicou que a usina soma hoje dívida de cerca de R$ 3 bilhões, enquanto seria possível instalar uma plataforma do mesmo nível com investimentos de R$ 1 bilhão, ou seja, o valor da dívida equivale a três vezes o preço de mercado da Usina São Fernando.
A mesma fonte revela que no auge da produção, a usina chegou a cultivar 50 mil hectares com cana-de-açúcar e hoje planta menos de 30 mil hectares. Os mais de 20 mil hectares se perderam depois que parceiros em contrato de arrendamento bateram às portas do Judiciário em busca de liminares de reintegração de posse, já que a empresa não paga os contratos de arrendamento. "Somente com os parceiros, a dívida da São Fernando está entre R$ 45 e R$ 50 milhões", explica um dos proprietários de terra que tem elevada soma para receber da usina.
Com capacidade de moagem de 20 mil toneladas dia, a São Fernando está moendo hoje entre 6 e 7 mil toneladas, gerando receita suficiente apenas para pagar os trabalhadores. No auge da produção, a usina empregava cerca de 3.500 pessoas e hoje emprega menos de 1.500 trabalhadores. "O maior problema é que a usina está sendo sucateada, já que não sobra dinheiro para investimentos e, tampouco, para manutenção da estrutura existente", revela a fonte que pediu anonimato. "É comum a usina ficar dias sem moer porque precisa fazer reparos no maquinário ", completa. Ainda segundo esta fonte, o mesmo ocorre com a máquinas de colheita e com os caminhões de transporte de cana. "Tudo está sucateado e operando com capacidade mínima para não gerar mais danos", finaliza.
O futuro da Usina São Fernando, em recuperação judicial desde 12 de abril de 2013, será decidido pelos credores da empresa no dia 9 de março, quando acontece a Assembleia Geral determinada pelo juiz Jonas Hass da Silva Júnior, da 5ª Vara Cível da Comarca de Dourados. Os credores vão se reunir a partir das 9h no Cerrado Brasil, na Avenida Albino Sotolani, 2480, para decidir, entre outras coisas, se aceitam uma proposta de venda da empresa.
No plano de recuperação judicial estão presentes as empresas São Fernando Açúcar e Álcool Ltda; São Fernando Energia I Ltda; São Fernando Energia II Ltda; São Marcos Energia e Participações Ltda; São Pio Empreendimentos Participações Ltda e Vinicius Coutinho Consultoria e Perícia S/A Ltda, esta última administradora do processo por ordem da Justiça.
A assembleia de credores já havia sido convocada para o dia 17 de novembro de 2016, quando iria decidir os rumos da usina que está mergulhada em dívidas que já beiram os R$ 3 bilhões em juros e empréstimos bancários, encargos trabalhistas, fiscais, com fornecedores e com parceiros em arrendamento de terras para o cultivo da cana-de-açúcar. No entanto, um dos credores conseguiu cancelar a assembleia através de um Mandado de Segurança e uma nova data foi marcada, agora para o dia 9 de março.
A situação da empresa está cada vez mais complicada porque a São Fernando, de propriedade da família Bumlai, está no olho da Operação Lava Jato, sobretudo em virtude da facilidade que encontrou no governo de Luiz Inácio Lula da Silva para receber gigantescos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), hoje o principal credor da empresa.
Especialista no setor sucroenergético ouvidos pela reportagem afirmam que a situação da usina é insustentável. Pedindo para não ser identificado, um desses especialistas, que mantém negócios com a São Fernando, explicou que a usina soma hoje dívida de cerca de R$ 3 bilhões, enquanto seria possível instalar uma plataforma do mesmo nível com investimentos de R$ 1 bilhão, ou seja, o valor da dívida equivale a três vezes o preço de mercado da Usina São Fernando.
A mesma fonte revela que no auge da produção, a usina chegou a cultivar 50 mil hectares com cana-de-açúcar e hoje planta menos de 30 mil hectares. Os mais de 20 mil hectares se perderam depois que parceiros em contrato de arrendamento bateram às portas do Judiciário em busca de liminares de reintegração de posse, já que a empresa não paga os contratos de arrendamento. "Somente com os parceiros, a dívida da São Fernando está entre R$ 45 e R$ 50 milhões", explica um dos proprietários de terra que tem elevada soma para receber da usina.
Com capacidade de moagem de 20 mil toneladas dia, a São Fernando está moendo hoje entre 6 e 7 mil toneladas, gerando receita suficiente apenas para pagar os trabalhadores. No auge da produção, a usina empregava cerca de 3.500 pessoas e hoje emprega menos de 1.500 trabalhadores. "O maior problema é que a usina está sendo sucateada, já que não sobra dinheiro para investimentos e, tampouco, para manutenção da estrutura existente", revela a fonte que pediu anonimato. "É comum a usina ficar dias sem moer porque precisa fazer reparos no maquinário ", completa. Ainda segundo esta fonte, o mesmo ocorre com a máquinas de colheita e com os caminhões de transporte de cana. "Tudo está sucateado e operando com capacidade mínima para não gerar mais danos", finaliza.