Crise afeta pequenas empresas, comércio e a Prefeitura de Sertãozinho

05/01/2015 Geral POR: A Cidade, 4/1/15
As demissões em massa impactam diretamente no setor econômico.
As pequenas metalúrgicas e o comércio local, composto por quase 3 mil estabelecimentos, também estão sofrendo com a falta de novos contratos de unidades produtoras. Nos últimos quatro anos, 44 usinas fecharam as portas no Brasil, 24 só no estado de São Paulo, sendo cinco na região de Sertãozinho. E, para piorar, não há pedidos para construção de novas unidades pelos próximos dois anos.
Em uma pequena indústria de corte de peças que mantém 40 funcionários, a redução nos serviços foi de 85%. “Quase paramos. Ainda bem que conseguimos um contrato neste mês que ajudou a não fechar as portas”, explicou Eduardo Valossi, 30 anos, diretor da metalúrgica.
Com a onda de demissões, o comércio também sofreu os impactos de um ano atípico, que ainda teve a influência da Copa e das eleições. O salário extra no final do ano salvou um dezembro problemáticos para as vendas. “Sem dúvida, o 13º salário segurou as vendas. Com isso, conseguimos manter o movimento que tivemos no ano passado”, disse Geraldo Zanandrea, presidente da Associação Comercial e Industrial de Sertãozinho (Acis).
No executivo municipal, o prefeito José Alberto Gimenez (PSDB) só não entrou no vermelho graças ao superávit de 2013, quando a prefeitura fechou o ano com R$ 10 milhões positivos. Porém, em 2014, com a queda na arrecadação de ICMS em torno de R$ 20 milhões em comparação com 2012, o déficit orçamentário foi de nada menos que R$ 10 milhões.
Zezinho Gimenez diz já ter encontrado a saída para estancar os gastos e equilibrar as contas. “Estou anunciando a demissão de 10% a 15% dos funcionários comissionados de vários setores da prefeitura. Isto representa quase R$ 2 milhões por ano”, argumenta. 
Cidade coloca em prática ‘medidas emergenciais’
Várias entidades de Sertãozinho, em conjunto com a prefeitura, se reuniram e criaram um pacto com medidas emergenciais para amenizar os efeitos das demissões na economia local. Cesta básica de baixo custo, preços de convênios médicos mais em conta e renegociações de dívidas com a prefeitura e estabelecimentos do comércio estão entre as prioridades.
“Na realidade o pacto surgiu em um momento difícil. Sertãozinho se une para enfrentar a situação”, declarou o prefeito Zezinho Gimenez (PSDB).
Em parceria com supermercados da cidade, foi criada uma cesta básica de baixo custo. A cesta oferece 17 produtos diferentes e 21 itens à R$ 69,90. “O custo é bem acessível e atende as necessidades do trabalhador”, disse Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis.
“A cesta não tem lucro nenhum para os supermercados, pelo contrário, é o preço da nota fiscal mais os impostos”, explicou Geraldo Zanandrea, presidente da Acis – que, em parceira com o CeiseBr, custeia as embalagens das cestas.
O documento, que tem validade de 90 dias, prevê ainda uma paralisação geral de Sertãozinho no dia 27 de janeiro. “Nossa tentativa é de comover o governo federal de que ele está jogando fora a tecnologia que foi conquistada com o dinheiro do próprio governo”, disse Zezinho Gimenez.
Segundo o economista Rudinei Toneto Júnior, a saída para crise de Sertãozinho pode estar atrelada à energia gerada por meio da queima do bagaço da cana-de-açúcar. “Tudo vai depender, em primeiro lugar, de qual vai ser a política energética no país”, disse.
As demissões em massa impactam diretamente no setor econômico.
As pequenas metalúrgicas e o comércio local, composto por quase 3 mil estabelecimentos, também estão sofrendo com a falta de novos contratos de unidades produtoras. Nos últimos quatro anos, 44 usinas fecharam as portas no Brasil, 24 só no estado de São Paulo, sendo cinco na região de Sertãozinho. E, para piorar, não há pedidos para construção de novas unidades pelos próximos dois anos.
Em uma pequena indústria de corte de peças que mantém 40 funcionários, a redução nos serviços foi de 85%. “Quase paramos. Ainda bem que conseguimos um contrato neste mês que ajudou a não fechar as portas”, explicou Eduardo Valossi, 30 anos, diretor da metalúrgica.
Com a onda de demissões, o comércio também sofreu os impactos de um ano atípico, que ainda teve a influência da Copa e das eleições. O salário extra no final do ano salvou um dezembro problemáticos para as vendas. “Sem dúvida, o 13º salário segurou as vendas. Com isso, conseguimos manter o movimento que tivemos no ano passado”, disse Geraldo Zanandrea, presidente da Associação Comercial e Industrial de Sertãozinho (Acis).
No executivo municipal, o prefeito José Alberto Gimenez (PSDB) só não entrou no vermelho graças ao superávit de 2013, quando a prefeitura fechou o ano com R$ 10 milhões positivos. Porém, em 2014, com a queda na arrecadação de ICMS em torno de R$ 20 milhões em comparação com 2012, o déficit orçamentário foi de nada menos que R$ 10 milhões.
Zezinho Gimenez diz já ter encontrado a saída para estancar os gastos e equilibrar as contas. “Estou anunciando a demissão de 10% a 15% dos funcionários comissionados de vários setores da prefeitura. Isto representa quase R$ 2 milhões por ano”, argumenta. 
Cidade coloca em prática ‘medidas emergenciais’
Várias entidades de Sertãozinho, em conjunto com a prefeitura, se reuniram e criaram um pacto com medidas emergenciais para amenizar os efeitos das demissões na economia local. Cesta básica de baixo custo, preços de convênios médicos mais em conta e renegociações de dívidas com a prefeitura e estabelecimentos do comércio estão entre as prioridades.
“Na realidade o pacto surgiu em um momento difícil. Sertãozinho se une para enfrentar a situação”, declarou o prefeito Zezinho Gimenez (PSDB).
Em parceria com supermercados da cidade, foi criada uma cesta básica de baixo custo. A cesta oferece 17 produtos diferentes e 21 itens à R$ 69,90. “O custo é bem acessível e atende as necessidades do trabalhador”, disse Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis.
“A cesta não tem lucro nenhum para os supermercados, pelo contrário, é o preço da nota fiscal mais os impostos”, explicou Geraldo Zanandrea, presidente da Acis – que, em parceira com o CeiseBr, custeia as embalagens das cestas.
O documento, que tem validade de 90 dias, prevê ainda uma paralisação geral de Sertãozinho no dia 27 de janeiro. “Nossa tentativa é de comover o governo federal de que ele está jogando fora a tecnologia que foi conquistada com o dinheiro do próprio governo”, disse Zezinho Gimenez.
Segundo o economista Rudinei Toneto Júnior, a saída para crise de Sertãozinho pode estar atrelada à energia gerada por meio da queima do bagaço da cana-de-açúcar. “Tudo vai depender, em primeiro lugar, de qual vai ser a política energética no país”, disse.