O Brasil não passa por uma crise econômica, mas apenas política, disse ontem em Nova York Abilio Diniz, presidente do conselho de administração da BRF. Para o empresário, o país "está em liquidação" porque a taxa de câmbio está "muito, muito alta". Segundo ele, o dólar a R$ 4 é um exagero, resultado das incertezas enfrentadas pelo país, e torna o Brasil atraente para investidores estrangeiros. Em sua opinião, um câmbio a R$ 3,50 seria mais condizente com os fundamentos.
Diniz disse que de fato o Brasil passa por um mau momento, com a economia em retração, mas avaliou que, assim que a situação política for resolvida, os problemas serão superados muito rapidamente. "Todo mundo diz que o Brasil está em crise. Pode ser. Eu amo crises. Em toda a minha vida, eu cresci em crises", afirmou o empresário, que comandou por muitos anos o Grupo Pão de Açúcar e hoje é sócio do francês Carrefour. "Não há nenhuma crise econômica [no Brasil]. Há apenas uma crise política". Segundo ele, devido à falta de confiança, "ninguém está investindo."
Na visão de Diniz, o país já passou por situações muito piores do que a atual, como nos anos 1980, durante a crise da dívida externa. Na época, ele era membro do Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo o empresário, o país vive hoje uma situação "completamente diferente", contando com US$ 370 bilhões em reservas. "A minha confiança no Brasil é total. Não sei o que vai ocorrer no curto prazo, mas sei que será superado", afirmou ele.
Nesse contexto, Diniz afirmou que o "Brasil está em liquidação", dado o nível da taxa de câmbio, que ele classificou como "muito, muito" alta. "Segundo ele, "o Brasil está muito barato", o que permite que os investidores estrangeiros aproveitem a situação.
Questionado sobre o nível justo para a taxa de câmbio, Diniz enfatizou a dificuldade em fazer essa estimativa, mas afirmou que os fundamentos não justificam um dólar na casa de R$ 4, mesmo com uma inflação próxima a 10% no acumulado em 12 meses.
"Acho que é um exagero, que se deve à incerteza", disse Diniz. Para ele, um câmbio no patamar de R$ 3,50 "um pouco mais, um pouco menos" estaria mais adequado aos fundamentos da economia. "É no que eu acredito." Abilio Diniz participou de entrevista a jornalistas e apresentação a investidores e analistas em Nova York, no BRF Day. A companhia completa 15 anos de listagem na bolsa de Nova York.
O Brasil não passa por uma crise econômica, mas apenas política, disse ontem em Nova York Abilio Diniz, presidente do conselho de administração da BRF. Para o empresário, o país "está em liquidação" porque a taxa de câmbio está "muito, muito alta". Segundo ele, o dólar a R$ 4 é um exagero, resultado das incertezas enfrentadas pelo país, e torna o Brasil atraente para investidores estrangeiros. Em sua opinião, um câmbio a R$ 3,50 seria mais condizente com os fundamentos.
Diniz disse que de fato o Brasil passa por um mau momento, com a economia em retração, mas avaliou que, assim que a situação política for resolvida, os problemas serão superados muito rapidamente. "Todo mundo diz que o Brasil está em crise. Pode ser. Eu amo crises. Em toda a minha vida, eu cresci em crises", afirmou o empresário, que comandou por muitos anos o Grupo Pão de Açúcar e hoje é sócio do francês Carrefour. "Não há nenhuma crise econômica [no Brasil]. Há apenas uma crise política". Segundo ele, devido à falta de confiança, "ninguém está investindo."
Na visão de Diniz, o país já passou por situações muito piores do que a atual, como nos anos 1980, durante a crise da dívida externa. Na época, ele era membro do Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo o empresário, o país vive hoje uma situação "completamente diferente", contando com US$ 370 bilhões em reservas. "A minha confiança no Brasil é total. Não sei o que vai ocorrer no curto prazo, mas sei que será superado", afirmou ele.
Nesse contexto, Diniz afirmou que o "Brasil está em liquidação", dado o nível da taxa de câmbio, que ele classificou como "muito, muito" alta. "Segundo ele, "o Brasil está muito barato", o que permite que os investidores estrangeiros aproveitem a situação.
Questionado sobre o nível justo para a taxa de câmbio, Diniz enfatizou a dificuldade em fazer essa estimativa, mas afirmou que os fundamentos não justificam um dólar na casa de R$ 4, mesmo com uma inflação próxima a 10% no acumulado em 12 meses.
"Acho que é um exagero, que se deve à incerteza", disse Diniz. Para ele, um câmbio no patamar de R$ 3,50 "um pouco mais, um pouco menos" estaria mais adequado aos fundamentos da economia. "É no que eu acredito." Abilio Diniz participou de entrevista a jornalistas e apresentação a investidores e analistas em Nova York, no BRF Day. A companhia completa 15 anos de listagem na bolsa de Nova York.