Cultivando a Língua Portuguesa - outubro e novembro de 2021

17/11/2021 Renata Sborgia POR: RENATA CARONE SBORGIA


"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar." Clarice Lispector

 

1) Qual o correto: decerto ou de certo?

As duas formas estão corretas, porém apresentam significados diferentes.
Veja como usar “decerto” e “de certo” de forma adequada:

Decerto
“Decerto” é advérbio de afirmação e poder ser substituído por certamente.

Exemplos:
Ele, decerto, é um homem feliz no novo trabalho.
Decerto você sabia que seria difícil cumprir esse prazo.
Decerto conseguiremos atravessar esta crise.
Foi decerto uma forma de desconversar.

De Certo
“De certo” significa algo não verdadeiro ou não especificado.

Exemplos:
De certo modo, os problemas estão resolvidos. (não especificado)
O que sabemos de certo sobre este caso não é esclarecedor.(verdadeiro)

2) Parabéns atrasado?

Provavelmente, você já deve ter recebido os “parabéns atrasado”. Afinal, quem nunca? Embora comum, a expressão
apresenta um erro de concordância ignorado.

Entenda:
“Atrasado” é um adjetivo e deve fazer concordância com o substantivo “parabéns”, que está no plural.

Exemplos corretos:
Receba meus parabéns atrasados.
Parabéns atrasados, querido.

3) Tinha impresso ou imprimido?

O correto é “tinha imprimido”. Usamos o particípio regular imprimido na voz ativa com os verbos auxiliares ter ou haver.

O particípio irregular impresso é usado na voz passiva com os verbos auxiliares ser ou estar.

Exemplos: Ele já tinha imprimido esse relatório.
Quando cheguei, eles já tinham imprimido os convites.

Biblioteca “General Álvaro Tavares Carmo”

“Medo, depressão, fragilidade, bloqueio e falta de criatividade são sintomas cada vez mais frequentes entre as mulheres modernas, assoberbadas com o acúmulo de funções na família e na vida profissional. Esse problema, no entanto, não é recente, acredita a psicóloga junguiana Clarissa Pinkola Estés. Ele veio junto com o desenvolvimento de uma cultura que transformou a mulher numa espécie de animal doméstico. Mulheres que correm com os lobos identifica a essência da alma feminina, sua psique instintiva mais profunda, com o arquétipo da Mulher Selvagem, e propõe o resgate desse passado longínquo, como forma de atingir a verdadeira libertação.” (Trecho extraído da contracapa do livro)

Referência:

ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

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