“Cana-de-Açúcar: Fisiologia e Manejo - Prof. João Domingos Rodrigues" foi o tema do curso realizado pela STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil) Regional Sul, no dia 13 de julho, em Piracicaba-SP. Na oportunidade, foram debatidos temas ligados à fisiologia vegetal, como o desenvolvimento da cana, a importância da água no crescimento da cultura, fotossíntese, respiração e biorreguladores, entre outros. Profissionais ligados à cadeia canavieira de várias localidades participaram do evento.
Variedade, luminosidade, temperatura, umidade, maturadores e nutrientes são fatores que afetam a maturação da cana-de-açúcar, portanto um manejo nutricional adequado é indicado, já que eleva o potencial produtivo da cana, afirmou o prof. dr. da FCA/UNESP Botucatu, Carlos Alexandre Crusciol, durante sua palestra. “Tendo em vista o grau de intemperização dos solos brasileiros e a deficiência generalizada de nutrientes e, principalmente, de micronutrientes, a reposição nutricional torna-se prática indispensável para garantir o processo produtivo”, explicou ele, lembrando que o desequilíbrio nutricional nem sempre afeta a produtividade de colmos, mas limita o acúmulo de sacarose.
O professor titular em Fisiologia Vegetal, do Depto. de Botânica da IB/UNESP Botucatu), dr. João Domingos Rodrigues, que deu nome ao curso realizado e foi homenageado no início das atividades do dia, falou sobre biorreguladores em cana-de-açúcar, na ocasião. Segundo ele, para melhorar as respostas da fisiologia da planta, principalmente as relativas à fotossíntese e à produtividade, uma das formas é minimizar o estresse, com utilização de reguladores vegetais ou biorreguladores.
Dados apresentados mostraram que na cana, os biorreguladores induzem a formação de novos brotos, estimulam o crescimento radicular e a formação e o crescimento de novos perfilhos, resultando na precocidade de maturação, nos incrementos no teor de sacarose e no aumento de rendimento. "O biorregulador promove o equilíbrio hormonal adequado para a máxima expressão de potencial genético da planta, permitindo que ela reaja de maneira eficiente às condições adversas do clima, produzindo mais", ensina.
Já “Fisiologia da Produção da Cana-de-Açúcar” foi o tema da palestra do prof. dr. Paulo Alexandre Monteiro de Figueiredo, da UNESP/Dracena. Segundo ele, é possível conseguir produtividades mais altas na cana, mas existe um conjunto de fatores que leva a este aumento de produtividade. “Conhecendo a
fenologia da cana, ou seja, conhecendo a curva de crescimento da planta, para
saber em qual momento nós vamos intervir e como vamos intervir”, afirmou.
O especialista destacou a importância da fase de estabelecimento neste contexto. “É nesta fase que não pode acontecer a competição com plantas daninhas; é aí que o stand tem que aparecer de forma plena, é nesta fase que as plantas têm que encontrar as condições e os espaçamentos adequados, e assim por diante, então a fase de estabelecimento encontrada por este canavial vai nos indicar a produtividade industrial”, definiu.
O professor Marcos Silveira Bernardes, da ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Universidade de São Paulo) falou sobre fotossíntese e modelagem da cana-de-açúcar. “É possível estabelecer uma relação matemática, com parâmetros quantitativos de tolerância, exigência ou resposta de variedades de cana aos tipos e nível de fertilidade de solo”, explicou ele, ao abordar modelos matemáticos que ajudam a entender os processos e a comparação entre a produtividade real e a simulada através de modelo de matemática do solo.
Ao apresentar a palestra "Cana na Indústria: Problemas e Soluções", José Paulo Stupiello, presidente da STAB Nacional, abordou os efeitos dos componentes naturais da matéria-prima nos processos industriais, como ácidos orgânicos, polissacarídeos, amido, compostos fenólicos e oligossacarídeos.
Segundo ele, alguns problemas que ocorrem durante os processamentos não são solucionados por falta de conhecimento do comportamento dos elementos constituintes da cana. “O conhecimento da fisiologia é fundamental para entender a cana”, concluiu. Na ocasião, também foi feito o lançamento do livro Fisiologia aplicada à cana-de-açúcar, de Paulo R.C. Castro, da ESALQ/USP. O especialista foi mediador dos painéis e também apresentou a palestra “Cana-de-açúcar: relações hídricas e estresse”, ressaltando a relevância do equilíbrio hídrico da planta para sua manutenção e para manter e aumentar a produtividade da cana nas condições tropicais.
O evento foi considerado muito positivo pela pesquisadora Raffaella Rossetto, secretária-tesoureira da STAB. “Embora o assunto seja básico, foi abordado pelos diversos palestrantes de uma forma muito aplicada, com as práticas que podem ser feitas para aumentar a fotossíntese e para diminuir as perdas no processo fotossintético. Foi bastante interessante porque não só apresentou toda a parte básica dos conceitos e estudos de fisiologia, como também abordou muito a parte prática e aplicada do que se pode fazer, na prática, para implementar estes conceitos básicos da fisiologia da cana”, afirmou
“Cana-de-Açúcar: Fisiologia e Manejo - Prof. João Domingos Rodrigues" foi o tema do curso realizado pela STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil) Regional Sul, no dia 13 de julho, em Piracicaba-SP. Na oportunidade, foram debatidos temas ligados à fisiologia vegetal, como o desenvolvimento da cana, a importância da água no crescimento da cultura, fotossíntese, respiração e biorreguladores, entre outros. Profissionais ligados à cadeia canavieira de várias localidades participaram do evento.
Variedade, luminosidade, temperatura, umidade, maturadores e nutrientes são fatores que afetam a maturação da cana-de-açúcar, portanto um manejo nutricional adequado é indicado, já que eleva o potencial produtivo da cana, afirmou o prof. dr. da FCA/UNESP Botucatu, Carlos Alexandre Crusciol, durante sua palestra. “Tendo em vista o grau de intemperização dos solos brasileiros e a deficiência generalizada de nutrientes e, principalmente, de micronutrientes, a reposição nutricional torna-se prática indispensável para garantir o processo produtivo”, explicou ele, lembrando que o desequilíbrio nutricional nem sempre afeta a produtividade de colmos, mas limita o acúmulo de sacarose.
O professor titular em Fisiologia Vegetal, do Depto. de Botânica da IB/UNESP Botucatu), dr. João Domingos Rodrigues, que deu nome ao curso realizado e foi homenageado no início das atividades do dia, falou sobre biorreguladores em cana-de-açúcar, na ocasião. Segundo ele, para melhorar as respostas da fisiologia da planta, principalmente as relativas à fotossíntese e à produtividade, uma das formas é minimizar o estresse, com utilização de reguladores vegetais ou biorreguladores.
Dados apresentados mostraram que na cana, os biorreguladores induzem a formação de novos brotos, estimulam o crescimento radicular e a formação e o crescimento de novos perfilhos, resultando na precocidade de maturação, nos incrementos no teor de sacarose e no aumento de rendimento. "O biorregulador promove o equilíbrio hormonal adequado para a máxima expressão de potencial genético da planta, permitindo que ela reaja de maneira eficiente às condições adversas do clima, produzindo mais", ensina.
Já “Fisiologia da Produção da Cana-de-Açúcar” foi o tema da palestra do prof. dr. Paulo Alexandre Monteiro de Figueiredo, da UNESP/Dracena. Segundo ele, é possível conseguir produtividades mais altas na cana, mas existe um conjunto de fatores que leva a este aumento de produtividade. “Conhecendo a fenologia da cana, ou seja, conhecendo a curva de crescimento da planta, para saber em qual momento nós vamos intervir e como vamos intervir”, afirmou.
O especialista destacou a importância da fase de estabelecimento neste contexto. “É nesta fase que não pode acontecer a competição com plantas daninhas; é aí que o stand tem que aparecer de forma plena, é nesta fase que as plantas têm que encontrar as condições e os espaçamentos adequados, e assim por diante, então a fase de estabelecimento encontrada por este canavial vai nos indicar a produtividade industrial”, definiu.
O professor Marcos Silveira Bernardes, da ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Universidade de São Paulo) falou sobre fotossíntese e modelagem da cana-de-açúcar. “É possível estabelecer uma relação matemática, com parâmetros quantitativos de tolerância, exigência ou resposta de variedades de cana aos tipos e nível de fertilidade de solo”, explicou ele, ao abordar modelos matemáticos que ajudam a entender os processos e a comparação entre a produtividade real e a simulada através de modelo de matemática do solo.
Ao apresentar a palestra "Cana na Indústria: Problemas e Soluções", José Paulo Stupiello, presidente da STAB Nacional, abordou os efeitos dos componentes naturais da matéria-prima nos processos industriais, como ácidos orgânicos, polissacarídeos, amido, compostos fenólicos e oligossacarídeos.
Segundo ele, alguns problemas que ocorrem durante os processamentos não são solucionados por falta de conhecimento do comportamento dos elementos constituintes da cana. “O conhecimento da fisiologia é fundamental para entender a cana”, concluiu. Na ocasião, também foi feito o lançamento do livro Fisiologia aplicada à cana-de-açúcar, de Paulo R.C. Castro, da ESALQ/USP. O especialista foi mediador dos painéis e também apresentou a palestra “Cana-de-açúcar: relações hídricas e estresse”, ressaltando a relevância do equilíbrio hídrico da planta para sua manutenção e para manter e aumentar a produtividade da cana nas condições tropicais.
O evento foi considerado muito positivo pela pesquisadora Raffaella Rossetto, secretária-tesoureira da STAB. “Embora o assunto seja básico, foi abordado pelos diversos palestrantes de uma forma muito aplicada, com as práticas que podem ser feitas para aumentar a fotossíntese e para diminuir as perdas no processo fotossintético. Foi bastante interessante porque não só apresentou toda a parte básica dos conceitos e estudos de fisiologia, como também abordou muito a parte prática e aplicada do que se pode fazer, na prática, para implementar estes conceitos básicos da fisiologia da cana”, afirmou.