O Índice Relativo de Precipitações, calculado da DATAGRO, mostra que desde de agosto do ano passado, o índice ficou abaixo da média. Em dezembro de 2013, o índice (que é desvio entre a média ponderada para cada micro-região e a média ponderada de 30 anos de precipitações) foi de -28,6. Além disso, o clima deste ano tem sido muito seco, o que já está afetando não só a cana de açúcar, mas também, por exemplo, café e a oferta de energia.
O presidente da DATAGRO, comentou que as políticas públicas que têm afetado negativamente a indústria de açúcar e etanol brasileira. Para ele, o subsídio direto à gasolina e a política econômica difícil de se justificar, estão entre os entraves. “O governo estimula o consumo de um combustível fóssil, quando o Brasil poderia estar continuando a tendência de aumento de consumo de etanol na frota de transporte, além de estar prejudicando a Petrobras e o setor sucroenergético”, diz.
Outro fator relevante, que afetou a competitividade do etanol brasileiro, foi a eliminação da CIDE, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, que ocorre desde 208, sobre o preço da gasolina. Por fim, Plinio Nastari, completa que a política do Banco Central em evitar a valorização do real, para que não haja ainda mais pressão na inflação, também reduz a competitividade do setor sucroenergético.
O subsídio à gasolina que é refletido na defasagem entre o preço internacional da gasolina e o preço doméstico, que chegou em julho de 2014 a 17,99%, tem sido a maior responsável pela crise da indústria de cana de açúcar do Brasil. Essa política também gerou uma maior dependência do Brasil em importações de gasolina. O que não faz sentido porque o Brasil teria condições em ser auto-suficiente em energia.
Durante o encontro, o Luis Roberto Pogetti, presidente do Conselho da COPERSUCAR e Alexandre Figliolino, Diretor do Banco Itaú BBA, também criticaram duramente a eliminação da dívida e os subsídios à gasolina. Pogetti ressaltou que o governo tem obrigação de reconhecer a importância do etanol, não só como combustível substituto da gasolina, mas como redutor de emissões de gases do efeito estufa. “É necessário recompensar o produtor por isso, o que justifica a defesa do setor para o retorno da CIDE ao preço da gasolina”, diz ele. O Diretor do Banco Itaú, afirmou que o Brasil nunca precisou tanto do etanol e, no entanto, o produto nunca foi tão prejudicado por políticas públicas.
“Enquanto a produção de etanol tem caído, o consumo de combustíveis continua a crescer rapidamente. Apenas em 2014 esse crescimento foi de 11,1%. Infelizmente o percentual de participação das fontes renováveis na matriz energética, que chegou a 45,9% em 2008, tem caído e recuou para 41% em 2013. O etanol é o líder dos renováveis no Brasil”, completa Figliolino.
A frota de veículos flex continua crescendo. Hoje 63,1% dos veículos são flex e a estimativa da DATAGRO é que essa participação chegue a 85,4%, em 2020. Segundo o Plínio Nastari, quando a defasagem do preço da gasolina for corrigida, é necessário observar um aumento da demanda por etanol hidratado. Para a safra 14/15, a DATAGRO prevê uma safra mais alcooleira. Enquanto que para a safra 13/14 a estimativa é que seja mais açucareira. A cogeração de energia nas usinas tem se mostrado, cada vez mais, como uma fonte interessante de renda, o que ajuda a explicar o aumento das impurezas vegetais. “Com a correção do preço da gasolina e um ajuste do câmbio, a equivalência de preços ficará mais importância para a definição do mix entre etanol e açúcar nas usinas”, conclui Plinio Nastari.
Durante o 3º Ethanol and Sugar Summit – Brazil Day, em Londres, Plínio Nastari, presidente da DATAGRO, apresentou as condições atuais da safra 13/14 e as estimativas para a safra 14/15. Mostrou que o setor tem passado por um terreno acidentado tendo chegado a uma moagem recorde de cana na safra 10/11 de 620 milhões de toneladas. A safra de 13/14 chegou a 652,2 milhões de toneladas, no entanto a quantidade de açúcares totais recuperáveis (ATR) foi de 86,4 e 86,2 milhões de toneladas respectivamente. Sendo assim, o recorde de ATR da safra de 10/11 continua sem ser superado pelo setor. “O principal motivo para o menor nível de ATR apesar do volume de cana moído é o avanço do processo de mecanização que aumenta o nível de impurezas vegetais. A produção de açúcar tem caído desde 2012”, explica Plinio Nastari.
O Índice Relativo de Precipitações, calculado da DATAGRO, mostra que desde de agosto do ano passado, o índice ficou abaixo da média. Em dezembro de 2013, o índice (que é desvio entre a média ponderada para cada micro-região e a média ponderada de 30 anos de precipitações) foi de -28,6. Além disso, o clima deste ano tem sido muito seco, o que já está afetando não só a cana de açúcar, mas também, por exemplo, café e a oferta de energia.
O presidente da DATAGRO, comentou que as políticas públicas que têm afetado negativamente a indústria de açúcar e etanol brasileira. Para ele, o subsídio direto à gasolina e a política econômica difícil de se justificar, estão entre os entraves. “O governo estimula o consumo de um combustível fóssil, quando o Brasil poderia estar continuando a tendência de aumento de consumo de etanol na frota de transporte, além de estar prejudicando a Petrobras e o setor sucroenergético”, diz.
Outro fator relevante, que afetou a competitividade do etanol brasileiro, foi a eliminação da CIDE, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, que ocorre desde 208, sobre o preço da gasolina. Por fim, Plinio Nastari, completa que a política do Banco Central em evitar a valorização do real, para que não haja ainda mais pressão na inflação, também reduz a competitividade do setor sucroenergético.
O subsídio à gasolina que é refletido na defasagem entre o preço internacional da gasolina e o preço doméstico, que chegou em julho de 2014 a 17,99%, tem sido a maior responsável pela crise da indústria de cana de açúcar do Brasil. Essa política também gerou uma maior dependência do Brasil em importações de gasolina. O que não faz sentido porque o Brasil teria condições em ser auto-suficiente em energia.
Durante o encontro, o Luis Roberto Pogetti, presidente do Conselho da COPERSUCAR e Alexandre Figliolino, Diretor do Banco Itaú BBA, também criticaram duramente a eliminação da dívida e os subsídios à gasolina. Pogetti ressaltou que o governo tem obrigação de reconhecer a importância do etanol, não só como combustível substituto da gasolina, mas como redutor de emissões de gases do efeito estufa. “É necessário recompensar o produtor por isso, o que justifica a defesa do setor para o retorno da CIDE ao preço da gasolina”, diz ele. O Diretor do Banco Itaú, afirmou que o Brasil nunca precisou tanto do etanol e, no entanto, o produto nunca foi tão prejudicado por políticas públicas.
“Enquanto a produção de etanol tem caído, o consumo de combustíveis continua a crescer rapidamente. Apenas em 2014 esse crescimento foi de 11,1%. Infelizmente o percentual de participação das fontes renováveis na matriz energética, que chegou a 45,9% em 2008, tem caído e recuou para 41% em 2013. O etanol é o líder dos renováveis no Brasil”, completa Figliolino.
A frota de veículos flex continua crescendo. Hoje 63,1% dos veículos são flex e a estimativa da DATAGRO é que essa participação chegue a 85,4%, em 2020. Segundo o Plínio Nastari, quando a defasagem do preço da gasolina for corrigida, é necessário observar um aumento da demanda por etanol hidratado. Para a safra 14/15, a DATAGRO prevê uma safra mais alcooleira. Enquanto que para a safra 13/14 a estimativa é que seja mais açucareira. A cogeração de energia nas usinas tem se mostrado, cada vez mais, como uma fonte interessante de renda, o que ajuda a explicar o aumento das impurezas vegetais. “Com a correção do preço da gasolina e um ajuste do câmbio, a equivalência de preços ficará mais importância para a definição do mix entre etanol e açúcar nas usinas”, conclui Plinio Nastari.