DATAGRO estima déficit de 6,2 mi t de açúcar no mercado global em 2015/16

17/06/2016 Açúcar POR: Reuters
Após cinco ciclos de excedentes, haverá um déficit de 6,21 milhões de toneladas de açúcar no mercado global em 2015/16, afirmou nesta quinta-feira o consultor Guilherme Nastari, da Datagro, ressaltando que este número foi recentemente revisado.
Ele disse também que a consultoria estima um déficit ainda maior no mercado global na temporada 2016/17, de 7,1 milhões de toneladas, o que explica os preços mais sustentados internacionalmente. Na temporada 14/15, houve um excedente de 3,68 milhões de toneladas, segundo a Datagro.
O cenário de déficits globais deverá permitir que o setor no Brasil, o maior produtor e exportador global de açúcar, possa retomar investimentos com os melhores preços, após amargar um período de crise e alta no endividamento, que levou muitas companhias a entrar em recuperação judicial.
"Os melhores preços vão fazer com o setor melhore o nível de alavancagem e possa retomar investimentos", disse o analista, durante a sua palestra.
Ele acredita que a situação poderá voltar a atrair novos investidores globais. "Está proporcionando um ambiente para players internacionais começarem a olhar o Brasil", declarou.
Além da menor oferta no mundo, que eleva os preços internacionais, a indústria brasileira está sendo beneficiada pelo câmbio, que aumenta os preços em reais.
Soja e milho
O dólar forte ante o real também é estímulo para produtores de soja e milho do Brasil, afirmou o diretor da Agroconsult, André Pessôa, lembrando que, embora os preços internacionais estejam mais baixos em dólar do que nos picos históricos, em reais estão tão bons quanto nos melhores momentos do passado.
O câmbio foi um dos fatores, por exemplo, de exportações explosivas do Brasil no começo do ano, o que redundou em uma crise de oferta interna.
Aliás, o analista disse que o milho do Brasil, apesar dos preços altos em reais, segue como o mais competitivo do mundo na exportação, fator de preocupação para a agroindústria local, que precisa do produto para alimentar as criações de aves e suínos.
Para a próxima safra, a Agroconsult espera um crescimento de cerca de 500 mil hectares na área plantada do país, para 33,6 milhões de hectares, um aumento que só não é maior porque muitos produtores vão elevar a semeadura de milho no Sul.
Roberto Samora
Após cinco ciclos de excedentes, haverá um déficit de 6,21 milhões de toneladas de açúcar no mercado global em 2015/16, afirmou na quinta-feira o consultor Guilherme Nastari, da DATAGRO, ressaltando que este número foi recentemente revisado.
Ele disse também que a consultoria estima um déficit ainda maior no mercado global na temporada 2016/17, de 7,1 milhões de toneladas, o que explica os preços mais sustentados internacionalmente. Na temporada 14/15, houve um excedente de 3,68 milhões de toneladas, segundo a DATAGRO.

 
O cenário de déficits globais deverá permitir que o setor no Brasil, o maior produtor e exportador global de açúcar, possa retomar investimentos com os melhores preços, após amargar um período de crise e alta no endividamento, que levou muitas companhias a entrar em recuperação judicial.

 
"Os melhores preços vão fazer com o setor melhore o nível de alavancagem e possa retomar investimentos", disse o analista, durante a sua palestra.

 
Ele acredita que a situação poderá voltar a atrair novos investidores globais. "Está proporcionando um ambiente para players internacionais começarem a olhar o Brasil", declarou.

 
Além da menor oferta no mundo, que eleva os preços internacionais, a indústria brasileira está sendo beneficiada pelo câmbio, que aumenta os preços em reais.

Soja e milho

 
O dólar forte ante o real também é estímulo para produtores de soja e milho do Brasil, afirmou o diretor da Agroconsult, André Pessôa, lembrando que, embora os preços internacionais estejam mais baixos em dólar do que nos picos históricos, em reais estão tão bons quanto nos melhores momentos do passado.

 
O câmbio foi um dos fatores, por exemplo, de exportações explosivas do Brasil no começo do ano, o que redundou em uma crise de oferta interna.

 
Aliás, o analista disse que o milho do Brasil, apesar dos preços altos em reais, segue como o mais competitivo do mundo na exportação, fator de preocupação para a agroindústria local, que precisa do produto para alimentar as criações de aves e suínos.

 
Para a próxima safra, a Agroconsult espera um crescimento de cerca de 500 mil hectares na área plantada do país, para 33,6 milhões de hectares, um aumento que só não é maior porque muitos produtores vão elevar a semeadura de milho no Sul.