Cresce a expectativa de que na reunião marcada para o dia 2 de fevereiro com usinas de etanol e a indústria automotiva, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, confirme o aumento do percentual de mistura de etanol na gasolina dos atuais 25% para até 27,5%. Ontem, em entrevista a agências de notícias internacionais, a ministra da Agricultura Kátia Abreu reforçou essa expectativa ao afirmar que a medida será aprovada "na primeira semana" de fevereiro.
Representantes da indústria alcooleira se reuniram ontem com técnicos do Ministério do Meio Ambiente (MME) para apresentar os "confortáveis" estoques para a entressafra da cana-de-açúcar no Centro-Sul, que vai de dezembro a abril. Conforme fontes do setor que estiveram no encontro, mesmo se houver um aumento do percentual para 27,5% - o que geraria entre fevereiro e início de abril uma demanda de 1 bilhão de litros de anidro - ainda sobrariam estoques de 300 milhões de litros do biocombustível no mercado.
Enquanto isso, o preço do etanol se fortalece com a maior tributação na gasolina anunciada pelo Ministério da Fazenda. O hidratado, que é usado diretamente no tanque dos veículos, teve aumento de 8,03% desde segunda-feira e alcançou ontem R$ 1.330,50 o metro 3 - conforme o indicador Esalq/BM&FBovespa para o biocombustível posto em Paulínia (SP).
Nas contas da consultoria FG Agro, o etanol hidratado teria potencial para subir R$ 0,21 por litro, devido à maior tributação da gasolina. No entanto, o sócio da consultoria, Willian Hernandes, avalia que o ideal seria que esse aumento se limitasse a R$ 0,178 de real por litro, promovendo assim um escoamento dos grandes estoques do mercado.
A demanda por etanol é forte, apesar de a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) ter divulgado ontem que as vendas de hidratado pelas usinas do Centro-Sul na primeira quinzena de janeiro somaram 593,465 milhões de litros, 4,6% de queda na comparação com igual intervalo de 2014. Mas, conforme traders, o recuo se deve ao menor número de dias úteis no período e à estratégia das distribuidoras de comprar "da mão para a boca", dada a oferta abundante de etanol no mercado.
O diretor da JOB Economia e Planejamento, Julio Maria Borges, calcula que, neste momento de entressafra, o "teto" de preço para o etanol anidro no mercado interno transita por uma faixa entre R$ 1,40 e R$ 1,50 por litro - considerando preços médios do etanol nos EUA da semana passada de US$ 550 por metro 3 na bolsa de Chicago. Acima desse patamar, segundo Borges, a importação de etanol de milho passa a ser mais vantajosa.
"Se a decisão de importar dos Estados Unidos for tomada neste momento, o efeito ocorrerá em março, que é quando o produto deve entrar no país", afirma.
Cresce a expectativa de que na reunião marcada para o dia 2 de fevereiro com usinas de etanol e a indústria automotiva, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, confirme o aumento do percentual de mistura de etanol na gasolina dos atuais 25% para até 27,5%. Ontem, em entrevista a agências de notícias internacionais, a ministra da Agricultura Kátia Abreu reforçou essa expectativa ao afirmar que a medida será aprovada "na primeira semana" de fevereiro.
Representantes da indústria alcooleira se reuniram ontem com técnicos do Ministério do Meio Ambiente (MME) para apresentar os "confortáveis" estoques para a entressafra da cana-de-açúcar no Centro-Sul, que vai de dezembro a abril. Conforme fontes do setor que estiveram no encontro, mesmo se houver um aumento do percentual para 27,5% - o que geraria entre fevereiro e início de abril uma demanda de 1 bilhão de litros de anidro - ainda sobrariam estoques de 300 milhões de litros do biocombustível no mercado.
Enquanto isso, o preço do etanol se fortalece com a maior tributação na gasolina anunciada pelo Ministério da Fazenda. O hidratado, que é usado diretamente no tanque dos veículos, teve aumento de 8,03% desde segunda-feira e alcançou ontem R$ 1.330,50 o metro 3 - conforme o indicador Esalq/BM&FBovespa para o biocombustível posto em Paulínia (SP).
Nas contas da consultoria FG Agro, o etanol hidratado teria potencial para subir R$ 0,21 por litro, devido à maior tributação da gasolina. No entanto, o sócio da consultoria, Willian Hernandes, avalia que o ideal seria que esse aumento se limitasse a R$ 0,178 de real por litro, promovendo assim um escoamento dos grandes estoques do mercado.
A demanda por etanol é forte, apesar de a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) ter divulgado ontem que as vendas de hidratado pelas usinas do Centro-Sul na primeira quinzena de janeiro somaram 593,465 milhões de litros, 4,6% de queda na comparação com igual intervalo de 2014. Mas, conforme traders, o recuo se deve ao menor número de dias úteis no período e à estratégia das distribuidoras de comprar "da mão para a boca", dada a oferta abundante de etanol no mercado.
O diretor da JOB Economia e Planejamento, Julio Maria Borges, calcula que, neste momento de entressafra, o "teto" de preço para o etanol anidro no mercado interno transita por uma faixa entre R$ 1,40 e R$ 1,50 por litro - considerando preços médios do etanol nos EUA da semana passada de US$ 550 por metro 3 na bolsa de Chicago. Acima desse patamar, segundo Borges, a importação de etanol de milho passa a ser mais vantajosa.
"Se a decisão de importar dos Estados Unidos for tomada neste momento, o efeito ocorrerá em março, que é quando o produto deve entrar no país", afirma.