Decretada a falência da usina Albertina

13/06/2015 Cana-de-Açúcar POR: Valor Econômico
Em recuperação judicial há quase seis anos, a tradicional Companhia Albertina, de Sertãozinho (SP), teve sua
falência decretada pela Justiça. No despacho, datado de 5 de junho, a juíza Daniela Regina de Souza argumenta
que não lhe restou outra alternativa, dado o laudo do administrador judicial que atesta a impossibilidade de a
Albertina cumprir seu plano de pagamento. Outra tradicional empresa do setor, a Usina Carolo, que segue em
recuperação judicial, terá parte de seus ativos leiloados neste mês.
Juntos, os dois grupos sucroalcooleiros têm dívidas sujeitas à recuperação judicial de R$ 1 bilhão (em torno de R$
200 milhões da Albertina) e seus problemas são anteriores à crise de 2008. A Albertina, até então sob a gestão da
empresária Viviane Carolo, vinha enfrentando problemas financeiros desde o início dos anos 2000, ainda em
decorrência da queda dos preços do açúcar e do etanol nos anos 1990.
Em 2005/06, a empresa chegou a processar cerca de 2,2 milhões de toneladas de cana. A unidade encerrou
definitivamente as operações no início de 2012, quando repassou à antiga LDC­SEV ­ atual Biosev, controlada
pela francesa Louis Dreyfus ­ o direito de assumir 8 mil hectares em contratos de arrendamento de cana na região
de Sertãozinho, onde a multinacional opera duas unidades. À época, a Cosan que é um credor quirografário da
Albertina, questionou o acordo na Justiça, o que se tornou um empecilho para aprovação de um segundo plano de
pagamentos, dificultando a recuperação da companhia, dizem fontes.
A magistrada Daniela Regina de Souza determinou que a Biosev deposite em juízo todo o valor referente à cessão
de contratos de arrendamento de cana. Em nota, a multinacional informou que a decisão que decretou a falência
da Albertina manteve válidos todos os contratos celebrados com a Biosev.
Em recuperação judicial há menos tempo do que a Albertina ­ desde o início de 2014 ­, o grupo Carolo terá seus
ativos de Minas Gerais ­ a usina Planalto e a fazenda Manchúria ­ levados a leilão no próximo dia 24. Avaliados
em R$ 56,909 milhões, os ativos, localizados no município de Ibiá, serão leiloados pelo preço inicial de R$ 25
milhões.
Conforme o leiloeiro da Superbid Judicial, Renato Moysés, só a fazenda foi avaliada em R$ 21,6 milhões. São 1.271
hectares de área total, com 100 hectares cultivados com eucalipto e 600 hectares com cana­de­açúcar. A
propriedade tem sede, galpão de máquinas, energia elétrica, pista de pouso e duas represas. Já os ativos
industriais incluem um conjunto de moendas, caldeiras e destilaria com capacidade para fabricar 300 metros
cúbicos por dia do biocombustível. "No leilão, será negociado o pacote todo", diz Moyses.
O grupo Carolo, que começou a operar com cana na década de 30 em São Paulo, tem dívidas de R$ 835 milhões.
Conforme o administrador judicial, Alexandre Borges Leite, os recursos arrecadados no leilão serão usados para
quitar a fazenda, pagar credores que haviam liberado a propriedade mineira da alienação fiduciária para irem a
leilão. Além disso, servirão como caixa para fomentar a operação da principal unidade do grupo, a Usina Carolo.
Localizada em Pontal (SP), a usina processou em 2014/15, 1,2 milhão de toneladas de cana. Já a usina Planalto,
que vai a leilão, estava até a última safra arrendada para uma usina local, a Araguari.
Em recuperação judicial há quase seis anos, a tradicional Companhia Albertina, de Sertãozinho (SP), teve sua falência decretada pela Justiça. No despacho, datado de 5 de junho, a juíza Daniela Regina de Souza argumenta que não lhe restou outra alternativa, dado o laudo do administrador judicial que atesta a impossibilidade de a Albertina cumprir seu plano de pagamento. Outra tradicional empresa do setor, a Usina Carolo, que segue em recuperação judicial, terá parte de seus ativos leiloados neste mês.

 
Juntos, os dois grupos sucroalcooleiros têm dívidas sujeitas à recuperação judicial de R$ 1 bilhão (em torno de R$ 200 milhões da Albertina) e seus problemas são anteriores à crise de 2008. A Albertina, até então sob a gestão da empresária Viviane Carolo, vinha enfrentando problemas financeiros desde o início dos anos 2000, ainda em decorrência da queda dos preços do açúcar e do etanol nos anos 1990.

 
Em 2005/06, a empresa chegou a processar cerca de 2,2 milhões de toneladas de cana. A unidade encerrou definitivamente as operações no início de 2012, quando repassou à antiga LDC­SEV ­ atual Biosev, controlada pela francesa Louis Dreyfus ­ o direito de assumir 8 mil hectares em contratos de arrendamento de cana na região
de Sertãozinho, onde a multinacional opera duas unidades. À época, a Cosan que é um credor quirografário da Albertina, questionou o acordo na Justiça, o que se tornou um empecilho para aprovação de um segundo plano de pagamentos, dificultando a recuperação da companhia, dizem fontes.

 
A magistrada Daniela Regina de Souza determinou que a Biosev deposite em juízo todo o valor referente à cessão de contratos de arrendamento de cana. Em nota, a multinacional informou que a decisão que decretou a falência da Albertina manteve válidos todos os contratos celebrados com a Biosev.

 
Em recuperação judicial há menos tempo do que a Albertina ­ desde o início de 2014 ­, o grupo Carolo terá seus ativos de Minas Gerais ­ a usina Planalto e a fazenda Manchúria ­ levados a leilão no próximo dia 24. Avaliados em R$ 56,909 milhões, os ativos, localizados no município de Ibiá, serão leiloados pelo preço inicial de R$ 25 milhões.

 
Conforme o leiloeiro da Superbid Judicial, Renato Moysés, só a fazenda foi avaliada em R$ 21,6 milhões. São 1.271 hectares de área total, com 100 hectares cultivados com eucalipto e 600 hectares com cana­de­açúcar. A propriedade tem sede, galpão de máquinas, energia elétrica, pista de pouso e duas represas. Já os ativos industriais incluem um conjunto de moendas, caldeiras e destilaria com capacidade para fabricar 300 metros cúbicos por dia do biocombustível. "No leilão, será negociado o pacote todo", diz Moyses.

 
O grupo Carolo, que começou a operar com cana na década de 30 em São Paulo, tem dívidas de R$ 835 milhões.

 
Conforme o administrador judicial, Alexandre Borges Leite, os recursos arrecadados no leilão serão usados para quitar a fazenda, pagar credores que haviam liberado a propriedade mineira da alienação fiduciária para irem a leilão. Além disso, servirão como caixa para fomentar a operação da principal unidade do grupo, a Usina Carolo.
 
Localizada em Pontal (SP), a usina processou em 2014/15, 1,2 milhão de toneladas de cana. Já a usina Planalto, que vai a leilão, estava até a última safra arrendada para uma usina local, a Araguari.