Délcidio envolve usinas da Brenco em escândalo de corrupção da Lava Jato

17/03/2016 Cana-de-Açúcar POR: Reuters
O depoimento do senador Delcídio do Amaral na operação Lava Jato trouxe indícios de que a indústria sucroenergética também pode estar envolvida no esquema de lavagem de dinheiro que envolve a Petrobras.
A denúncia envolvendo usinas de etanol foi destacado pela Reuters e ganhou espaço ontem no norte-americano The New York Times com o título: Delação de senador arrasta indústria brasileira de etanol para escândalo de propinas.
No documento de delação premiada com 250 páginas, Amaral explica como fundos da estatal petroleira foram desviados para uma start-up do setor de etanol. O senador já havia sido preso em novembro por obstruir uma investigação federal.
De acordo com o testemunho, Philippe Reichstul, presidente da Petrobras de 1999 a 2001, ajudou a direcionar fundos da estatal para a Brenco, empresa de biocombustíveis fundada em 2006 com foco no mercado de etanol. A empresa teve como investidores o indiano Vinod Khosla, um dos fundadores da Sun Microsystems; o americano Steve Case, fundador da AOL, e a investidora Tarpon.
Reichstul negou as acusações do senador e considerou o depoimento absurdo, além de alegar desconhecer projetos de financiamento e formação de capital de lançamento para a Brenco durante seu período na petroleira.
Diante de dificuldades financeiras a Brenco foi comprada pela divisão de cana-de-açúcar da Odebrecht em 2010. A empreiteira é o maior conglomerado de engenharia da América Latina e a figura central do esquema de propinas e contratos superfaturados com a Petrobras.
Além da Brenco, o senador citou a família Bumlai 111 vezes no depoimento. José Carlos Bumlai ficou conhecido pelo relacionamento com o ex-presidente Lula. O pecuarista é controlador da usina São Fernando, que teve a falência solicitada pelo BNDES. Ele também foi preso em novembro do ano passado devido ao envolvimento no esquema de propinas e lavagem de dinheiro. 
O depoimento do senador Delcídio do Amaral na operação Lava Jato trouxe indícios de que a indústria sucroenergética também pode estar envolvida no esquema de lavagem de dinheiro que envolve a Petrobras.
A denúncia envolvendo usinas de etanol foi destacado pela Reuters e ganhou espaço ontem no norte-americano The New York Times com o título: Delação de senador arrasta indústria brasileira de etanol para escândalo de propinas.

 
No documento de delação premiada com 250 páginas, Amaral explica como fundos da estatal petroleira foram desviados para uma start-up do setor de etanol. O senador já havia sido preso em novembro por obstruir uma investigação federal.
De acordo com o testemunho, Philippe Reichstul, presidente da Petrobras de 1999 a 2001, ajudou a direcionar fundos da estatal para a Brenco, empresa de biocombustíveis fundada em 2006 com foco no mercado de etanol. A empresa teve como investidores o indiano Vinod Khosla, um dos fundadores da Sun Microsystems; o americano Steve Case, fundador da AOL, e a investidora Tarpon.
Reichstul negou as acusações do senador e considerou o depoimento absurdo, além de alegar desconhecer projetos de financiamento e formação de capital de lançamento para a Brenco durante seu período na petroleira.

Diante de dificuldades financeiras a Brenco foi comprada pela divisão de cana-de-açúcar da Odebrecht em 2010. A empreiteira é o maior conglomerado de engenharia da América Latina e a figura central do esquema de propinas e contratos superfaturados com a Petrobras.
Além da Brenco, o senador citou a família Bumlai 111 vezes no depoimento. José Carlos Bumlai ficou conhecido pelo relacionamento com o ex-presidente Lula. O pecuarista é controlador da usina São Fernando, que teve a falência solicitada pelo BNDES. Ele também foi preso em novembro do ano passado devido ao envolvimento no esquema de propinas e lavagem de dinheiro.