Sinais de que a demanda está firme sustentaram os preços do açúcar ontem na Bolsa de Nova York. O contrato março/13 subiu 3,48%, fechando a 21,13 centavos de dólar por libra-peso.
Depois que 595 mil toneladas de açúcar foram entregues à bolsa na sexta-feira, o mercado voltou a prestar atenção à demanda. Para atendê-la é importante que o Brasil, maior produtor mundial, recupere o ritmo de moagem da cana. A colheita brasileira atrasou por causa da chuva fora de época em maio e junho e o processamento nas usinas está a pleno vapor. Mas se voltar a chover nos próximos meses a recuperação pode não acontecer como no ritmo esperado. Ontem também deram suporte aos preços a desvalorização do dólar, que torna as commodities mais baratas para os compradores internacionais, e o otimismo nos mercados em geral.
Também em Nova York, o café subiu 2,62%. Cafeicultores do Brasil, maior produtor mundial, continuam a segurar as vendas. Segundo o analista Hector Galvan, da corretora RJ O´Brien. os preços podem alcançar até 183 cents a 185 cents por libra-peso antes de ocorrerem novas vendas.
Na Bolsa de Chicago, o milho fechou em ligeira alta (0,07%), conseguindo manter-se em território positivo após subir mais de 5% no último pregão. Em vez da colheita americana, o foco do mercado voltou-se para o aperto da oferta devido à estiagem no país. Vendas de 100 mil toneladas dos EUA para o México indicaram fortalecimento do interesse pelo cereal. Já a soja caiu 2,55% e o trigo, 2,48%.
Paula Moura
