A demanda global por fertilizantes deve alcançar 200 milhões de toneladas até 2021, ante 182 milhões de toneladas atualmente, disse nesta terça-feira a diretora-geral da Associação Internacional de Fertilizantes (IFA, na sigla em inglês), Charlotte Hebebrand, durante evento sobre o setor em São Paulo.
Segundo a executiva, o consumo desses insumos mundo afora deverá crescer 1,5 por cento ao ano até 2021, enquanto a oferta tende a aumentar mais de 2 por cento ao ano no mesmo período.
Ela disse que a oferta deverá crescer mais que a demanda graças ao aumento de produção em regiões como Estados Unidos e África. Além disso, o avanço tecnológico no campo, com a agricultura de precisão, e mesmo sementes mais produtivas também explicam um crescimento menor na demanda por fertilizantes, que por sua vez também estão ficando mais eficientes.
“As grandes regiões exportadoras serão China, América do Norte e países da Ásia ocidental, que têm grande crescimento em fosfato. Já os maiores importadores serão a Índia, o Brasil e a África, que embora represente apenas 2 por cento do mercado global de fertilizantes, tem uma demanda crescendo muito”, afirmou Charlotte a jornalistas no intervalo do 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes.
Por componente, a diretora-geral da IFA disse que a entidade espera um aumento de demanda de 1,2 por cento ao ano para o nitrogênio até 2021, com a oferta elevando-se em 1,8 por cento ao ano. Isso deve resultar em um superávit mundial de 10 milhões de toneladas do produto daqui a quatro anos, ante 8 milhões de toneladas em 2016.
Quanto ao ácido fosfórico, as projeções da IFA são de incremento de 1,8 por cento ao ano na demanda e de 2,4 por cento ao ano na oferta até 2021, elevando o excedente global desse componente de 2 milhões de toneladas em 2016 para cerca de 3 milhões de toneladas.
No caso do potássio, a demanda deverá crescer em 2,2 por cento ao ano e a oferta, em 3,8 por cento ao ano, com o superávit desse produto dobrando de 3 milhões para 6 milhões de toneladas até 2021 (Reuters, 29/8/17)
2-Brasil seguirá como grande importador de fertilizantes nos próximos anos
O Brasil continuará sendo o principal “player” do mercado de fertilizantes na América Latina pelo menos até 2021, mantendo-se como grande importador, embora haja um potencial de expansão significativo para outras nações da região, afirmou nesta terça-feira a diretora-geral da Associação Internacional de Fertilizantes (IFA, na sigla em inglês), Charlote Hebebrand.
“O grande player continua sendo o Brasil, mas o escopo é grande para crescimento em outros países americanos. A Argentina é um importante mercado, mas nunca terá o mesmo tamanho do Brasil, porque suas terras são mais ricas que as brasileiras”, explicou ela no intervalo do 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo.
“O México também é um país interessante, pois o consumo de fertilizantes por lá ainda é muito baixo”, acrescentou.
Citando projeções da IFA, Hebebrand disse que o consumo de ureia no Brasil deverá saltar de 3,5 milhões de toneladas em 2011 para cerca de 8 milhões de toneladas até 2021 --a entidade trabalha com perspectivas de médio prazo.
Com relação ao fosfato, a demanda brasileira deverá sair de 5 milhões de toneladas em 2011 para 6 milhões de toneladas em 2021, enquanto a de potássio tende a crescer de 8 milhões para 10,5 milhões de toneladas no mesmo período.
Ainda assim, Hebebrand disse esperar que o Brasil permaneça como uma grande importador de fertilizantes --atualmente, o país compra no exterior 80 por cento de suas necessidades.
A diretora não deu perspectivas de percentuais de importações totais de fertilizantes do país nos próximos anos.
O componente mais importado atualmente é o potássio, com 95 por cento da oferta vindo de fora. Para o nitrogênio e para o fosfato, esses percentuais são de 80 por cento e 55 por cento, respectivamente (Reuters, 29/8/17)
3-Indústria de fertilizantes do Brasil vê estabilidade nas vendas em 2017
A comercialização de fertilizantes no Brasil deve fechar 2017 em níveis próximos aos de 2016, quando as vendas atingiram recorde de 34,1 milhões de toneladas, disse nesta terça-feira o presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Carlos Heredia.
Para tal avaliação, o dirigente toma por base o desempenho do setor entre janeiro e julho, com retração de 0,2 por cento nas entregas, em meio a vendas mais lentas de grãos neste ano, diante de preços baixos.
Segundo ele, consultorias especializadas estimam que a comercialização em 2017 ficará entre 33,5 milhões e 35 milhões de toneladas.
“Os números que tivemos até agora, de janeiro a julho, mostram que teremos um ano muito parecido com o ano passado. A comercialização mais lenta (de grãos) e a própria perspectiva de preços inferiores inibem o produtor a se abastecer de insumos... até porque a disponibilidade de capital não é ilimitada”, destacou Heredia, durante intervalo do 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes, promovido pela entidade, em São Paulo.
“A cultura que ele (produtor) produz é a moeda de troca dele”, frisou.
De acordo com Heredia, as compras antecipadas para a segunda safra de milho 2016/17, realizadas ainda no segundo semestre de 2016, e a possibilidade de as aquisições para a “safrinha” 2017/18 ocorrerem no começo do próximo ano, dados os atuais preços baixos do grão, “roubam” um pouco do desempenho do setor de fertilizantes em 2017.
O presidente do conselho da Anda disse ainda que o momento é “desafiador” para o segmento em todo o mundo, pois as cotações desses produtos estão em patamares baixos.
“E essa é uma das razões para a relação de troca (entre adubos e produto agrícola) estar favorável para o produtor. É porque o fertilizante está barato”, concluiu Heredia.
A demanda global por fertilizantes deve alcançar 200 milhões de toneladas até 2021, ante 182 milhões de toneladas atualmente, disse na terça-feira (29) a diretora-geral da Associação Internacional de Fertilizantes (IFA, na sigla em inglês), Charlotte Hebebrand, durante evento sobre o setor em São Paulo.
Segundo a executiva, o consumo desses insumos mundo afora deverá crescer 1,5 por cento ao ano até 2021, enquanto a oferta tende a aumentar mais de 2 por cento ao ano no mesmo período.
Ela disse que a oferta deverá crescer mais que a demanda graças ao aumento de produção em regiões como Estados Unidos e África. Além disso, o avanço tecnológico no campo, com a agricultura de precisão, e mesmo sementes mais produtivas também explicam um crescimento menor na demanda por fertilizantes, que por sua vez também estão ficando mais eficientes.
“As grandes regiões exportadoras serão China, América do Norte e países da Ásia ocidental, que têm grande crescimento em fosfato. Já os maiores importadores serão a Índia, o Brasil e a África, que embora represente apenas 2 por cento do mercado global de fertilizantes, tem uma demanda crescendo muito”, afirmou Charlotte a jornalistas no intervalo do 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes.
Por componente, a diretora-geral da IFA disse que a entidade espera um aumento de demanda de 1,2 por cento ao ano para o nitrogênio até 2021, com a oferta elevando-se em 1,8 por cento ao ano. Isso deve resultar em um superávit mundial de 10 milhões de toneladas do produto daqui a quatro anos, ante 8 milhões de toneladas em 2016.
Quanto ao ácido fosfórico, as projeções da IFA são de incremento de 1,8 por cento ao ano na demanda e de 2,4 por cento ao ano na oferta até 2021, elevando o excedente global desse componente de 2 milhões de toneladas em 2016 para cerca de 3 milhões de toneladas.
No caso do potássio, a demanda deverá crescer em 2,2 por cento ao ano e a oferta, em 3,8 por cento ao ano, com o superávit desse produto dobrando de 3 milhões para 6 milhões de toneladas até 2021 (Reuters, 29/8/17)
2-Brasil seguirá como grande importador de fertilizantes nos próximos anos
O Brasil continuará sendo o principal “player” do mercado de fertilizantes na América Latina pelo menos até 2021, mantendo-se como grande importador, embora haja um potencial de expansão significativo para outras nações da região, afirmou nesta terça-feira a diretora-geral da Associação Internacional de Fertilizantes (IFA, na sigla em inglês), Charlote Hebebrand.
“O grande player continua sendo o Brasil, mas o escopo é grande para crescimento em outros países americanos. A Argentina é um importante mercado, mas nunca terá o mesmo tamanho do Brasil, porque suas terras são mais ricas que as brasileiras”, explicou ela no intervalo do 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo.
“O México também é um país interessante, pois o consumo de fertilizantes por lá ainda é muito baixo”, acrescentou.
Citando projeções da IFA, Hebebrand disse que o consumo de ureia no Brasil deverá saltar de 3,5 milhões de toneladas em 2011 para cerca de 8 milhões de toneladas até 2021 --a entidade trabalha com perspectivas de médio prazo.
Com relação ao fosfato, a demanda brasileira deverá sair de 5 milhões de toneladas em 2011 para 6 milhões de toneladas em 2021, enquanto a de potássio tende a crescer de 8 milhões para 10,5 milhões de toneladas no mesmo período.
Ainda assim, Hebebrand disse esperar que o Brasil permaneça como uma grande importador de fertilizantes --atualmente, o país compra no exterior 80 por cento de suas necessidades.
A diretora não deu perspectivas de percentuais de importações totais de fertilizantes do país nos próximos anos.
O componente mais importado atualmente é o potássio, com 95 por cento da oferta vindo de fora. Para o nitrogênio e para o fosfato, esses percentuais são de 80 por cento e 55 por cento, respectivamente (Reuters, 29/8/17)
3-Indústria de fertilizantes do Brasil vê estabilidade nas vendas em 2017
A comercialização de fertilizantes no Brasil deve fechar 2017 em níveis próximos aos de 2016, quando as vendas atingiram recorde de 34,1 milhões de toneladas, disse nesta terça-feira o presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Carlos Heredia.
Para tal avaliação, o dirigente toma por base o desempenho do setor entre janeiro e julho, com retração de 0,2 por cento nas entregas, em meio a vendas mais lentas de grãos neste ano, diante de preços baixos.
Segundo ele, consultorias especializadas estimam que a comercialização em 2017 ficará entre 33,5 milhões e 35 milhões de toneladas.
“Os números que tivemos até agora, de janeiro a julho, mostram que teremos um ano muito parecido com o ano passado. A comercialização mais lenta (de grãos) e a própria perspectiva de preços inferiores inibem o produtor a se abastecer de insumos... até porque a disponibilidade de capital não é ilimitada”, destacou Heredia, durante intervalo do 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes, promovido pela entidade, em São Paulo.
“A cultura que ele (produtor) produz é a moeda de troca dele”, frisou.
De acordo com Heredia, as compras antecipadas para a segunda safra de milho 2016/17, realizadas ainda no segundo semestre de 2016, e a possibilidade de as aquisições para a “safrinha” 2017/18 ocorrerem no começo do próximo ano, dados os atuais preços baixos do grão, “roubam” um pouco do desempenho do setor de fertilizantes em 2017.
O presidente do conselho da Anda disse ainda que o momento é “desafiador” para o segmento em todo o mundo, pois as cotações desses produtos estão em patamares baixos.
“E essa é uma das razões para a relação de troca (entre adubos e produto agrícola) estar favorável para o produtor. É porque o fertilizante está barato”, concluiu Heredia.