O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda não fechou o volume desembolsado ao setor sucroenergético em 2014, mas representantes das usinas e analistas de mercado acreditam que o total ficará abaixo dos R$ 6,9 bilhões de 2013. O endividamento das usinas por conta da crise e o fato de a produção em 2014/15 ter sido menor, devido à estiagem, fizeram com que a demanda por recursos diminuísse.
De janeiro a novembro, a instituição liberou R$ 5,7 bilhões a áreas agrícola, industrial e de cogeração de energia via linhas de financiamento, como a do Prorenova, para renovação de canaviais, e a de estocagem de etanol. O montante representa uma retração de 10% ante os R$ 6,3 bilhões observados nos 11 meses do ano passado. Como em dezembro a maior parte das unidades produtoras já encerra a safra, a perspectiva é de que esse possa ser o porcentual de queda dos desembolsos do BNDES para o ano de 2014, ou um muito próximo.
"O crédito do BNDES passa por bancos intermediários e acaba não liberado, pois todo mundo sabe que a situação das usinas é crítica, com endividamento grande", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Tarcilo Rodrigues, diretor-executivo da comercializadora de etanol Bioagência, em referência aos vários requisitos que as empresas precisam cumprir para conseguir o dinheiro.
Em dificuldades desde a crise do crédito de 2008, as unidades produtoras viram os problemas se agravarem neste ano em virtude da seca que reduziu a disponibilidade de matéria-prima para processamento, impactando nos rendimentos de todo o setor. O endividamento estimado para as usinas e destilarias do Centro-Sul, a região mais afetada pela seca, é de R$ 65 bilhões na atual safra, R$ 10 bilhões superior ao total de dívidas do ciclo passado, que terminou em março.
Para o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool/MT), Jorge dos Santos, o desembolso neste ano também reflete a maturação de investimentos feito por usinas em anos anteriores. "Aquelas que tinham competência já concluíram seus projetos e agora não conseguem mais, para não elevar o endividamento", explicou.
O desembolso do BNDES em 2013, de R$ 6,9 bilhões, foi o maior desde 2010, quando o banco financiou R$ 7,6 bilhões. Em outubro último, durante evento em São Paulo, o chefe do Departamento de Biocombustíveis da instituição, Carlos Eduardo Cavalcanti, disse que os recursos deveriam superar os R$ 7 bilhões em 2014. Procurada pelo Broadcast, a assessoria de imprensa do banco disse que não havia porta-voz no momento para comentar o assunto. Os dados fechados deste ano serão apresentados pelo BNDES em janeiro, mas ainda sem data definida.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda não fechou o volume desembolsado ao setor sucroenergético em 2014, mas representantes das usinas e analistas de mercado acreditam que o total ficará abaixo dos R$ 6,9 bilhões de 2013. O endividamento das usinas por conta da crise e o fato de a produção em 2014/15 ter sido menor, devido à estiagem, fizeram com que a demanda por recursos diminuísse.
De janeiro a novembro, a instituição liberou R$ 5,7 bilhões a áreas agrícola, industrial e de cogeração de energia via linhas de financiamento, como a do Prorenova, para renovação de canaviais, e a de estocagem de etanol. O montante representa uma retração de 10% ante os R$ 6,3 bilhões observados nos 11 meses do ano passado. Como em dezembro a maior parte das unidades produtoras já encerra a safra, a perspectiva é de que esse possa ser o porcentual de queda dos desembolsos do BNDES para o ano de 2014, ou um muito próximo.
"O crédito do BNDES passa por bancos intermediários e acaba não liberado, pois todo mundo sabe que a situação das usinas é crítica, com endividamento grande", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Tarcilo Rodrigues, diretor-executivo da comercializadora de etanol Bioagência, em referência aos vários requisitos que as empresas precisam cumprir para conseguir o dinheiro.
Em dificuldades desde a crise do crédito de 2008, as unidades produtoras viram os problemas se agravarem neste ano em virtude da seca que reduziu a disponibilidade de matéria-prima para processamento, impactando nos rendimentos de todo o setor. O endividamento estimado para as usinas e destilarias do Centro-Sul, a região mais afetada pela seca, é de R$ 65 bilhões na atual safra, R$ 10 bilhões superior ao total de dívidas do ciclo passado, que terminou em março.
Para o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool/MT), Jorge dos Santos, o desembolso neste ano também reflete a maturação de investimentos feito por usinas em anos anteriores. "Aquelas que tinham competência já concluíram seus projetos e agora não conseguem mais, para não elevar o endividamento", explicou.
O desembolso do BNDES em 2013, de R$ 6,9 bilhões, foi o maior desde 2010, quando o banco financiou R$ 7,6 bilhões. Em outubro último, durante evento em São Paulo, o chefe do Departamento de Biocombustíveis da instituição, Carlos Eduardo Cavalcanti, disse que os recursos deveriam superar os R$ 7 bilhões em 2014. Procurada pelo Broadcast, a assessoria de imprensa do banco disse que não havia porta-voz no momento para comentar o assunto. Os dados fechados deste ano serão apresentados pelo BNDES em janeiro, mas ainda sem data definida.