Desafio do etanol celulósico é baixar custos

26/10/2012 Etanol POR: UDOP
Cientistas de todo o mundo estão em busca de uma tecnologia para a produção em escala industrial do etanol derivado da celulose da cana-de-açúcar. Atualmente, só se pode fabricar etanol a partir da sacarose. Avanços científicos tornaram a produção de etanol celulósico realidade, mas ainda é preciso um esforço grande na área de pesquisa para torná-lo economicamente viável em escala industrial, já que o processo é muito caro.
Segundo o CEO do Centro de Tecnologias Canavieira (CTC), Gustavo Leite, o etanol celulósico não é uma novidade, na primeira Guerra Mundial, os alemães já usavam o etanol celulósico. "Nós já fazemos o etanol celulósico há algum tempo mas a corrida agora é contra o custo de implantação de uma unidade e do custo de produção de um litro de etanol de segunda geração", explica Leite.
Para o CEO, o processo de produção do etanol celulósico tem pelo menos duas peculiaridades importantes que é o pré-tratamento, - que cada biomassa requer um pré-tratamento específico - e a integração com o biocombustível de primeira geração. "Se a gente está falando que o grande impasse do etanol de segunda geração é o custo, quanto mais carona você pegar na primeira geração - mesmo canavial, mesmo equipamento, máximo equipamento repetido possível - mais barato vai ser o custo de produção do seu etanol", comenta.
Leite ainda comenta que o CTC trabalha há mais 40 anos com cana-de-açúcar, por isso conhece as mais de 400 usinas do Brasil, o que pode facilitar o processo de implantação do novo etanol. "Boa parte do processo fomos nós mesmos que desenhamos, sabemos ao certo como acoplar esse módulo e que ele tenha um preço marginal do processo existente e não com preço que concorra com o existente", finaliza o CEO, Gustavo Leite